[ANTES DE COMEÇAR A CRÍTICA, FIQUE CIENTE QUE ELA CONTÉM SPOILERS]
Se você ainda não assistiu o último episódio da segunda temporada de What If…?, evite esta matéria, pois ela contém revelações sobre a trama.
A segunda temporada de What If…? chegou ao fim em um episódio-evento de tirar o fôlego. Após os acontecimentos da Terra-1602, o Strange Multiversal (Benedict Cumberbatch) conversa com a Capitã Carter (Hayley Atwell) e pede sua ajuda para resolver uma questão antes de conseguir mandá-la de volta para seu universo.
O Strange ainda segue de luto pela perda da Christine e está capturando potenciais destruidores de universos para alimentar uma forja que será capaz de recriar sua realidade de origem, a qual ele mesmo destruiu enquanto tentava impedir a morte da amada. Só que ele convence Peggy de que está apenas evitando novos apocalipses e precisa da ajuda dela para capturar uma dessas criaturas: a Kahhori (Devery Jacobs). Na realidade da super-heroína indígena, a Capitã Carter descobre o plano maligno do amigo e se junta a Kahhori para detê-lo, dando início a uma das mais espetaculares batalhas do MCU.
No episódio todo centrado na Capitã, dissemos aqui que ela era o maior acerto de toda a série. E agora, vendo o que fizeram com ela, já dá pra dizer que a Marvel parece ter grandes planos para ela. A Capitã Carter já provou diversas vezes ter um senso de liderança sobre-humano, tendo comandado equipes e parcerias em praticamente todos os universos em que esteve. Além disso, ela consegue ver, ouvir e falar com o Vigia, meio que estando alheia aos conceitos básicos da existência. Mais do que isso, agora ela conseguiu portar, usar e manejar as seis Joias do Infinito de uma só vez. Existem boatos de que o vindouro Vingadores: Guerras Secretas (previsto para 2027) terá a reunião de um “Avengers Prime”, que seria um time reunindo as versões mais poderosas dos heróis mais poderosos do Multiverso. Diante de tudo pelo que a Capitã Carter já passou e pelo sucesso dela com os fãs, sinceramente, parece que é apenas uma questão de tempo para que ela seja usada no filme. E certamente vão justificar que a versão assassinada em Doutor Estranho no Multiverso da Loucura (2022) era uma variante dessa da série.
Ao mesmo tempo, Kahhori é uma excelente personagem. Seu episódio solo foi visualmente sensacional e criou uma personagem durona e extremamente poderosa. Ela é praticamente a Joia do Espaço viva, e vê-la usando seus poderes de super velocidade e teletransporte desse jeito foi realmente fora de série. E caso ela venha a ser adaptada para o universo live action, já ficamos na expectativa, porque o efeito de sua corrida é muito legal.
E o que falar do vilão? Strange já havia conquistado os fãs na temporada passada. Sua versão obcecada pela amada e destruída pelo luto foi sucesso entre os fãs, ainda mais com aquele tanto de demônio e entidade que ele absorveu tentando tomar o controle do Mago Supremo o tempo todo. Aqui, ele usa praticamente todas as suas habilidades para chegar ao seu objetivo e, em seu último ato, abre mão da própria vida para restaurar seu universo. Sua versão demoníaca é incrível, mas não tanto quando a cena da Peggy usando as seis joias pra expulsar os demônios na base da porrada.
A ideia de trazer praticamente todos os vilões possíveis, permitindo que eles entregassem as armas mais poderosas do MCU para Peggy e Kahhori é batida/ previsível, só que muito bem executada. É entretenimento purinho ver a dupla usando os Dez Anéis, a espada de Heimdall e o Mjölnir pra espancar o Estranho. É aquela típica conclusão de série que não sabe se terá nova temporada e Decidiu partir para o tudo ou nada. Entretanto, a terceira temporada já foi confirmada – só falta anunciarem a data de lançamento. De fato, um episódio sensacional.
A segunda temporada de What If…? está disponível no Disney+.
