Ainda que tenha todas as referências e homenagens à clássica trilogia, ‘Rogue One‘ é o Star Wars mais diferente de todos. E é muito bom!
Com uma trama que antecede o Episódio 4 (‘Uma Nova Esperança‘), tudo começa com a tentativa de roubar os planos para destruir a Estrela da Morte e levar até a Aliança Rebelde – o grupo liderado pela Princesa Lea. Mas os roteiristas (entre eles, o veterano Tony Gilroy, da trilogia Bourne) e a direção sensacional de Gareth Edwards (Godzilla) transforma tudo em um verdadeiro filme de Guerra!
Todos os elementos do gênero estão lá: os soldados se formando, as estratégias sendo feitas, as mortes dolorosas e muitos ataques em primeira pessoa que remete até mesmo aos games da LucasArts. Mas tudo tão bem feito que é impossível não se sentir em campo de batalha. E apesar de ter 2 horas e 15 minutos de duração, a narrativa se desenvolve tão bem que, pelo menos pra mim, não senti um segundo do tempo se arrastando.
No entanto, o grande desafio desse atual filme era justamente envolver o espectador no universo tão icônico de Star Wars sem nos fazer acompanhar nenhum dos mocinhos famosos do original. Tudo bem que o vilão-mor está lá, e alguns outros personagens conhecidos dos fãs dão as caras, mas colocar Felicity Jones e Diego Luna como o casal principal era um risco… e por incrível que pareça, ambos foram bons.
Felicity, apesar de toda a sua feição meiga e doce, passa valentia e determinação em muitos momentos. Assim como o franzino Diego Luna (que parece ter o mesmo porte e aparência, há mais de uma década!), convencendo como um quase Han Solo juvenil, embora, mais sério e concentrado do que o famoso dono da Millenium Falcon.
Há também Forest Whitaker e Mads Mikkelsen, que já dispensam comentários; e um competente Ben Mendelsohn transmitindo uma vilania na medida certa. Mas quem rouba as cenas é a dupla de orientais Chirrut (Donnie Yen) e Baze Malbus (Wen Jiang), passando toda a credibilidade e emoção de uma amizade de longos tempos, mesmo sendo tão contrastantes… aliás, é Chirrut o personagem que nos faz lembrar a todo momento do poder da Força!
E se falo dos humanos, não posso esquecer de K2-SO, o novo dróide apresentado pelo filme que funciona como uma mistura de C3-PO com Chewbacca, mas tendo uma personalidade bem única e cativante.
Dinâmico, ágil, com situações novas e inventivas (uma nave com propulsão máxima forçando a mudança de direção de um Destroyer foi para me deixar de queixo caído), ‘Rogue One‘ é um dos melhores filmes da franquia trilionária de Lucas… e Edwards ainda cria uma das melhores sequências com o vilão-mor da saga; afinal, um corredor escuro com a porta emperrada jamais será o mesmo depois desse filme!
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