sábado , 2 novembro , 2024

Crítica | A Ilha – Nicolas Cage volta INTENSO em Suspense da Netflix

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Nicolas Cage é aquele docinho da festa que uns amam, outros odeiam. Com uma carreira recheada de sucessos e fracassos, é difícil definir exatamente em qual categoria ele se enquadra. Fato é, entretanto, que o ator hollywoodiano está de volta e com tudo, estrelando um longa atrás do outro seja nos cinemas, seja nos streamings, trazendo ao público tanto novos trabalhos quanto alguns não tão recentes assim, como o filme ‘A Ilha’, de 2019, mas que recém chegou à plataforma da Netflix e, desde então, não sai do Top 10 mais assistidos pelos usuários.

Buddy (Luke Benward, de ‘Dumplin’) está precisando de grana. Jovem, com uma esposa que não trabalha e uma filha recém-nascida, ele precisa prover o sustento da casa, e está buscando qualquer tipo de serviço. Quando um colega o indica para consertar a cerca de um cliente, Buddy não pensa duas vezes, afinal, isso significaria dinheiro vivo na mão e, quem sabe, garantiria uma noite de sexo com sua esposa, que anda insatisfeita com a própria vida. Porém, um furacão está a caminho da cidade, e Buddy não consegue acabar o conserto a tempo, ficando, assim, preso na casa do casal Fancy (KaDee Strickland) e Walter (Nicolas Cage). O problema é que, embora cheios da grana, esse casal esconde segredos muito sombrios…

Gravado em Grand Isle, Louisiana, ao sul dos EUA (aliás, este é o nome original do filme), o título de ‘A Ilha’ não faz o menor sentido em português, uma vez que em nenhum momento deixa parecer que a trama se passa em alguma parte de um arquipélago. Além desse problema básico de marketing, o roteiro de Rich Ronat com Iver William Jallah é por muitas vezes confuso, especialmente no início e no fim. É como se os dois tivessem tido uma grande ideia (vamos botar um sujeito comum preso na casa de um casal psicopata cheio de armas) e não soubessem muito bem como desenvolvê-la, arrumando um início fraco para justificar as atitudes do protagonista (como a informação gratuita de que a esposa não sente vontade de fazer sexo com ele há seis meses tão somente para autorizar que Buddy tenha relações sexuais com outra pessoa mais pra frente na história), e um final ainda mais confuso, com um personagem que se diz ex-marinheiro mas que no fim aparece com um uniforme que não é nem da Marinha, nem do Exército, nem de lugar algum.

Mas se tirarmos de lado a motivação e a resolução, o meio de ‘A Ilha’, que é o suspense propriamente dito, é um bocado envolvente, e faz a gente meio que esquecer o que levou o protagonista até lá e querer descobrir o que rola naquela mansão de horrores. Stephen S. Campanelli dirige um filme que entrega certo nível de tensão, mas que se cerca de tantos elementos aleatórios, que acaba confundindo a gente. Curiosamente, o diretor alega que algumas cenas foram, inclusive, gravas com iPhone!

Entre excessos e faltas, ‘A Ilha’ é um suspense dramático irregular que vale por um Nicolas Cage canastrão e psicótico, que agradará tanto aos fãs quanto aos haters, entregando uma atuação que nos faz lembrar dos clássicos papéis de sua carreira.

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Janda Montenegrohttp://cinepop.com.br
Escritora, autora de 6 livros, roteirista, assistente de direção. Doutora em Literatura Brasileira Indígena UFRJ.

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Buddy (Luke Benward, de ‘Dumplin’) está precisando de grana. Jovem, com uma esposa que não trabalha e uma filha recém-nascida, ele precisa prover o sustento da casa, e está buscando qualquer tipo de serviço. Quando um colega o indica para consertar a cerca de um cliente, Buddy não pensa duas vezes, afinal, isso significaria dinheiro vivo na mão e, quem sabe, garantiria uma noite de sexo com sua esposa, que anda insatisfeita com a própria vida. Porém, um furacão está a caminho da cidade, e Buddy não consegue acabar o conserto a tempo, ficando, assim, preso na casa do casal Fancy (KaDee Strickland) e Walter (Nicolas Cage). O problema é que, embora cheios da grana, esse casal esconde segredos muito sombrios…

Gravado em Grand Isle, Louisiana, ao sul dos EUA (aliás, este é o nome original do filme), o título de ‘A Ilha’ não faz o menor sentido em português, uma vez que em nenhum momento deixa parecer que a trama se passa em alguma parte de um arquipélago. Além desse problema básico de marketing, o roteiro de Rich Ronat com Iver William Jallah é por muitas vezes confuso, especialmente no início e no fim. É como se os dois tivessem tido uma grande ideia (vamos botar um sujeito comum preso na casa de um casal psicopata cheio de armas) e não soubessem muito bem como desenvolvê-la, arrumando um início fraco para justificar as atitudes do protagonista (como a informação gratuita de que a esposa não sente vontade de fazer sexo com ele há seis meses tão somente para autorizar que Buddy tenha relações sexuais com outra pessoa mais pra frente na história), e um final ainda mais confuso, com um personagem que se diz ex-marinheiro mas que no fim aparece com um uniforme que não é nem da Marinha, nem do Exército, nem de lugar algum.

Mas se tirarmos de lado a motivação e a resolução, o meio de ‘A Ilha’, que é o suspense propriamente dito, é um bocado envolvente, e faz a gente meio que esquecer o que levou o protagonista até lá e querer descobrir o que rola naquela mansão de horrores. Stephen S. Campanelli dirige um filme que entrega certo nível de tensão, mas que se cerca de tantos elementos aleatórios, que acaba confundindo a gente. Curiosamente, o diretor alega que algumas cenas foram, inclusive, gravas com iPhone!

Entre excessos e faltas, ‘A Ilha’ é um suspense dramático irregular que vale por um Nicolas Cage canastrão e psicótico, que agradará tanto aos fãs quanto aos haters, entregando uma atuação que nos faz lembrar dos clássicos papéis de sua carreira.

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