sexta-feira , 22 novembro , 2024

Crítica | A Mansão – Blumhouse entrega TERROR psicológico paranormal no Amazon Prime

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Envelhecer é assustador. A sétima arte já abordou este tema inúmeras vezes, afinal, ainda hoje o ser humano não tem respostas sobre como é o pós-morte, se é que há um. Porém, pior do que não saber o que acontece depois é perceber o lento retrocesso do corpo humano dia após dia à medida que envelhecemos na vida. Partindo deste mote vem o lançamento da Blumhouse para a Amazon Prime neste mês de Halloween, ‘A Mansão’ (The Manor), que chega para entreter os assinantes no feriadão prolongado.



Tudo ia bem na vida de Judith (Barbara Hershey), uma senhora superativa que dava aulas de dança às crianças do bairro. Quando em sua festa de aniversário Judith tem um derrame, sua filha (Kate A. Keane) entende que não tem mais condições de cuidar da mãe em sua própria casa, e, com a concordância dela, a interna em uma casa de repouso para idosos. A casa, afastada de tudo, é meio esquisita, com internos cujas saúdes parecem bem frágeis. Entretanto, Judith conhece três idosos que a fazem se sentir bem vinda no local: Ronald (Bruce Davison), Ruth (Fran Bennett) e Trish (Jill Larson). Apesar da boa impressão inicial, eventos sinistros começam a acontecer na mansão, e, para tentar salvar a própria vida Judith terá que convencer seu neto, Josh (Nicholas Alexander), a acreditar que tudo que ela fala é verdade, e não delírio.

Com uma abertura muito legal com um estilo de animação, ‘A Mansão’ é um filme que infelizmente promete mais do que entrega. Em cerca de uma hora e meia de duração, passamos a maior parte do tempo acompanhando o dia a dia da protagonista nesta casa de repouso, onde os maiores terrores são na verdade sintomas de doenças reais – o que é de fato assustador, porém, quando não usados diretamente no enredo, acaba sobrando na trama, levando-nos a concluir que essa parte da história funcionaria melhor em uma produção dramática, não em uma que se apresenta como filme de terror.

Apesar da demora em engatar no terror, o roteiro de Axelle Carolyn (que também dirigiu o longa) vai inserindo lentamente, especialmente no segundo arco, elementos cujas funções são tentar assustar o espectador – como o surgimento repentino de um personagem, uma sombra que dá a entender outra coisa, enfim, provocações suaves nesse estilo. O terror só engata mesmo no terceiro e último ato, e, embora seja uma conclusão interessante para a trama, pouco da história indicou o caminho escolhido pelo roteiro, de modo que quando a coisa toda se resolve ficamos com uma sensação de uma ligeira forçada de barra.

A Mansão’ é um filme de terror suave da Blumhouse, cujo maior mérito é centrar sua história no universo da terceira idade, fazendo-nos pensar no horrível que poderia ser termos essa idade e sermos ao mesmo tempo acometidos por sintomas de doenças terríveis e assombrações sobrenaturais as quais não temos certeza se existem. Com um final interessante para sua história, ‘A Mansão’ se configura mais como um filme de terror psicológico paranormal para aqueles espectadores que possuem baixa tolerância a cenas de susto e de suspense prolongado.

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Janda Montenegrohttp://cinepop.com.br
Escritora, autora de 6 livros, roteirista, assistente de direção. Doutora em Literatura Brasileira Indígena UFRJ.

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Tudo ia bem na vida de Judith (Barbara Hershey), uma senhora superativa que dava aulas de dança às crianças do bairro. Quando em sua festa de aniversário Judith tem um derrame, sua filha (Kate A. Keane) entende que não tem mais condições de cuidar da mãe em sua própria casa, e, com a concordância dela, a interna em uma casa de repouso para idosos. A casa, afastada de tudo, é meio esquisita, com internos cujas saúdes parecem bem frágeis. Entretanto, Judith conhece três idosos que a fazem se sentir bem vinda no local: Ronald (Bruce Davison), Ruth (Fran Bennett) e Trish (Jill Larson). Apesar da boa impressão inicial, eventos sinistros começam a acontecer na mansão, e, para tentar salvar a própria vida Judith terá que convencer seu neto, Josh (Nicholas Alexander), a acreditar que tudo que ela fala é verdade, e não delírio.

Com uma abertura muito legal com um estilo de animação, ‘A Mansão’ é um filme que infelizmente promete mais do que entrega. Em cerca de uma hora e meia de duração, passamos a maior parte do tempo acompanhando o dia a dia da protagonista nesta casa de repouso, onde os maiores terrores são na verdade sintomas de doenças reais – o que é de fato assustador, porém, quando não usados diretamente no enredo, acaba sobrando na trama, levando-nos a concluir que essa parte da história funcionaria melhor em uma produção dramática, não em uma que se apresenta como filme de terror.

Apesar da demora em engatar no terror, o roteiro de Axelle Carolyn (que também dirigiu o longa) vai inserindo lentamente, especialmente no segundo arco, elementos cujas funções são tentar assustar o espectador – como o surgimento repentino de um personagem, uma sombra que dá a entender outra coisa, enfim, provocações suaves nesse estilo. O terror só engata mesmo no terceiro e último ato, e, embora seja uma conclusão interessante para a trama, pouco da história indicou o caminho escolhido pelo roteiro, de modo que quando a coisa toda se resolve ficamos com uma sensação de uma ligeira forçada de barra.

A Mansão’ é um filme de terror suave da Blumhouse, cujo maior mérito é centrar sua história no universo da terceira idade, fazendo-nos pensar no horrível que poderia ser termos essa idade e sermos ao mesmo tempo acometidos por sintomas de doenças terríveis e assombrações sobrenaturais as quais não temos certeza se existem. Com um final interessante para sua história, ‘A Mansão’ se configura mais como um filme de terror psicológico paranormal para aqueles espectadores que possuem baixa tolerância a cenas de susto e de suspense prolongado.

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