sábado, abril 27, 2024

Crítica | Alice no País das Trevas – Nova Versão Traz Terror Psicológico para o Clássico da Literatura

Alice no País das Maravilhas’ é um dos clássicos da literatura mundial, cuja história é passada de geração em geração fazendo com que as crianças sonhem e os adultos fiquem especulando os mil significados da história e de seus personagens.

Alice já ganhou adaptações pelas mãos de Tim Burton, com produção da Disney, já foi tema de videoclipe musical, de fantasia de Carnaval, já virou conteúdo pop nas lojinhas e agora, por que não, chega aos cinemas brasileiros através de uma leitura mais aterrorizante, com o título ‘Alice no País das Trevas’, filme que estreia hoje em todo o país.

Alice (Lizzy Willis) é uma jovem adolescente que acaba de perder a mãe em um terrível incêndio na própria casa e cujo pai já não participava de sua vida. Diante do abismo que é perder toda a sua família ela vai morar com a sua avó (Rula Lenska) em um casarão no interior da Inglaterra. Ao chegar lá fica sabendo que o casarão anteriormente pertenceu à Lewis Caroll, autor do clássico da literatura ‘Alice no País das Maravilhas’ – história que Alice nunca leu, mas que ganhou o nome a partir dessa protagonista. O convívio com a avó ainda está engatinhando, uma vez que as duas não tinham contato antes, mas, repentinamente, Alice começa a se sentir muito mal. Para curá-la, sua avó lhe oferece um chá caseiro e muito repouso, enquanto lê a aventura de Alice para a neta. Porém, em vez de descansar Alice começa a ter pesadelos muito sinistros e começa a entrar em dúvida sobre o que é real e o que é imaginação naquilo que está vivendo.

Em ‘Alice no País das Trevas’ somos convidados a ver uma versão mais sombria da história, mas, mesmo assim, mantendo não só os personagens, como também os elementos e a trama principal como um todo. Por ser uma história que abre brecha para todo tipo de interpretação psicológica, consequentemente uma leitura que se inspira no suspense psicológico encontra espaço para ser desenvolvida a partir da mente criativa de Richard John Taylor, que dirigiu e roteirizou o longa.

Já de início fica evidente que se trata de uma produção de baixo orçamento e é interessante observar as soluções criativas encontradas pela produção para manter a identificação visual dos personagens e, ao mesmo tempo, se manter dentro da previsão orçamentária. Uma dessas soluções foi gravar basicamente numa única locação – a casa -, o que reduz os custos de produção e desprodução. Outra solução inteligente foi se fortalecer na maquiagem para pintar esteticamente os personagens fictícios sem ter que recorrer a efeitos especiais de pós-produção, que são caros.

Com pouco mais de uma hora de duração, ‘Alice no País das Trevas’ se apoia na narrativa da história: durante boa parte do filme a avó está contando a história para a neta; isso ocorre de maneira direta e também em off, ambientando os pesadelos de Alice entre realidade e sonho. Assim, a narração e os diálogos entre as duas personagens são basicamente o que conduzem a história para o espectador.

Alice no País das Trevas’ é uma interessante leitura da história da menina que vai para um local fantasioso, que mescla terror com suspense psicológico. Certamente entrará no rol underground dos clássicos da literatura desconstruídos numa versão proibida para crianças.

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