domingo , 22 dezembro , 2024

Crítica | Amor de Redenção – Nina Dobrev e Famke Janssen em superficial romance de época

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Em tempos de romance histórico em alta na cinematografia e na literatura, a estreia de ‘Amor de Redenção’ nos cinemas realmente vem bem a calhar: enquanto nos Estados Unidos o longa foi disponibilizado direto para aluguel sob demanda, no Brasil o romance conquistou seu espaço nas telonas dos cinemas a partir dessa quinta-feira, 9 de junho, – para a alegria das fãs dos romances de época, que finalmente poderão curtir essa estreia.



Califórnia, 1850. Enquanto muitos homens migram para a costa sol dos EUA em busca de ouro, há pessoas que precisam sobreviver de outras maneiras, e que também fizeram parte dessa estrutura da corrida do ouro. É nesse contexto que conhecemos a jovem e bela Angel (Abigail Cowen), a prostituta mais disputada do bordel Pair-A-Dice, gerenciado pela Duquesa (Famke Janssen). Longe da cidade, o jovem Michael (Tom Lewis) se sente sozinho em sua fazenda e pede a Deus que encontre uma mulher para ele se casar. Quando vai à cidade entregar seus produtos no armazém, ele vê Angel passar e sente amor à primeira vista. Certo de que é com ela com quem deve se casar, Michael fará de tudo para tirá-la da vida de meretrício, sem ter a menor ideia das muitas dívidas que Angel carrega em sua vida.

Baseado no romance de sucesso de Francine Rivers (primeiramente publicado em 1991 e lançado no Brasil em 2010, ou seja, são doze anos que as fãs brasileiras estão esperando por essa adaptação!), o filme de duas horas de duração consegue acomodar bem os principais elementos do romance de quinhentas páginas, ainda que o roteiro da escritora com D. J. Caruso não se demore muito nas explicações ou cenas mais violentas, resumindo os episódios para o espectador sem se aprofundar. Se por um lado isso é uma boa escolha da dupla (por exemplo, em não evidenciar de maneira gráfica a violência contra a mulher), por outra deixa a sensação de ser tudo superficial demais, como se nenhum personagem devesse se entregar a seus sentimentos.

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Curiosamente, o filme de D. J. Caruso elenca um time de nomes reconhecidos no mercado – a X-Men Famke Janssen, a mocinha dos vampiros Nina Dobrev e o galã de ‘Grey’s AnatomyEric Dane – para apenas participações especiais, o que é uma pena pois cada uma dessas franquias tem um fandom de peso. Por outro lado, a produção elege um casal protagonista em que Abigail Cowen convence como uma mocinha desiludida da vida na mesma proporção que Tom Lewis parece faltar um pouco de músculo (afinal, ele trabalha numa fazenda) e de vigor para um personagem por quem nós precisamos nos apaixonar.

Amor de Redenção’ aponta que Deus olha por todos os seus filhos, inclusive os mais necessitados e nos momentos em que menos se espera, constituindo-se como um romance cristão de época. Sem excessos de nudez nem de violência e valendo-se do herói salvador da mocinha, o filme deve agradar aos fãs do livro, ainda que a história do livro tenha sido melhor desenvolvida do que no longa.

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Janda Montenegrohttp://cinepop.com.br
Escritora, autora de 6 livros, roteirista, assistente de direção. Doutora em Literatura Brasileira Indígena UFRJ.

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Em tempos de romance histórico em alta na cinematografia e na literatura, a estreia de ‘Amor de Redenção’ nos cinemas realmente vem bem a calhar: enquanto nos Estados Unidos o longa foi disponibilizado direto para aluguel sob demanda, no Brasil o romance conquistou seu espaço nas telonas dos cinemas a partir dessa quinta-feira, 9 de junho, – para a alegria das fãs dos romances de época, que finalmente poderão curtir essa estreia.

Califórnia, 1850. Enquanto muitos homens migram para a costa sol dos EUA em busca de ouro, há pessoas que precisam sobreviver de outras maneiras, e que também fizeram parte dessa estrutura da corrida do ouro. É nesse contexto que conhecemos a jovem e bela Angel (Abigail Cowen), a prostituta mais disputada do bordel Pair-A-Dice, gerenciado pela Duquesa (Famke Janssen). Longe da cidade, o jovem Michael (Tom Lewis) se sente sozinho em sua fazenda e pede a Deus que encontre uma mulher para ele se casar. Quando vai à cidade entregar seus produtos no armazém, ele vê Angel passar e sente amor à primeira vista. Certo de que é com ela com quem deve se casar, Michael fará de tudo para tirá-la da vida de meretrício, sem ter a menor ideia das muitas dívidas que Angel carrega em sua vida.

Baseado no romance de sucesso de Francine Rivers (primeiramente publicado em 1991 e lançado no Brasil em 2010, ou seja, são doze anos que as fãs brasileiras estão esperando por essa adaptação!), o filme de duas horas de duração consegue acomodar bem os principais elementos do romance de quinhentas páginas, ainda que o roteiro da escritora com D. J. Caruso não se demore muito nas explicações ou cenas mais violentas, resumindo os episódios para o espectador sem se aprofundar. Se por um lado isso é uma boa escolha da dupla (por exemplo, em não evidenciar de maneira gráfica a violência contra a mulher), por outra deixa a sensação de ser tudo superficial demais, como se nenhum personagem devesse se entregar a seus sentimentos.

Curiosamente, o filme de D. J. Caruso elenca um time de nomes reconhecidos no mercado – a X-Men Famke Janssen, a mocinha dos vampiros Nina Dobrev e o galã de ‘Grey’s AnatomyEric Dane – para apenas participações especiais, o que é uma pena pois cada uma dessas franquias tem um fandom de peso. Por outro lado, a produção elege um casal protagonista em que Abigail Cowen convence como uma mocinha desiludida da vida na mesma proporção que Tom Lewis parece faltar um pouco de músculo (afinal, ele trabalha numa fazenda) e de vigor para um personagem por quem nós precisamos nos apaixonar.

Amor de Redenção’ aponta que Deus olha por todos os seus filhos, inclusive os mais necessitados e nos momentos em que menos se espera, constituindo-se como um romance cristão de época. Sem excessos de nudez nem de violência e valendo-se do herói salvador da mocinha, o filme deve agradar aos fãs do livro, ainda que a história do livro tenha sido melhor desenvolvida do que no longa.

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