domingo , 22 dezembro , 2024

Crítica | Bar Doce Lar – Ben Affleck estrela longa de George Clooney sobre Positivo Universo Masculino

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Em tempos de repensar a educação da humanidade – tanto dos adultos já crescidos quanto das crianças, e as gerações por vir –, fazemos muita crítica e autocrítica sobre como as mulheres e homens foram educados dentro de determinados modelos que nos foram passados como certos e, de maneira inconsciente, reproduzimos por serem aquilo que entendemos como socialmente aceito… até esse modelo ser questionado. E um desses modelos é o que está se chamando de masculinidade tóxica. Consequentemente, devemos perguntar também o que se vem fazendo – na vida em sociedade e, particularmente, na indústria do entretenimento, que é a nossa praia – para criar novos exemplos positivos? Uma boa solução nesse quesito é o longa ‘Bar Doce Lar’, novíssimo lançamento da Prime Video para abrir sua temporada 2022.



JR (Daniel Ranieri) e a mãe (Lily Rabe) acabam de se mudar de volta para a casa do avô (Christopher Lloyd), onde também vive o Tio Charlie (Ben Affleck) e uma penca de outros parentes, que vão e vem com muita frequência porque a casa do avô é o porto seguro. E é através do Tio Charlie que JR recebe uma figura masculina positiva em sua vida, uma vez que seu próprio pai abandonara sua mãe há tempos e, para ele, o pai é apenas uma voz no rádio. Enquanto observa Tio Charlie gerenciar o bar Dickens, JR vai aprendendo todos os bons exemplos que ele lhe passa sobre ser homem, e, aos poucos, vai ganhando a simpatia de outros homens adultos que frequentam o bar. Com o passar do tempo, JR (agora Tye Sheridan) entra para a faculdade e descobrirá os verdadeiros desafios de ser um bom homem fora de casa.

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Inspirado no livro de memórias do próprio J.R. Moehringer, ‘Bar Doce Lar’ é um filme de história simples, sobre um menino que se torna homem e toda a influência que ele teve para se tornar um homem de bem. Desde o início o roteiro de William Monahan pontua o quanto o tempo todo o protagonista é bem influenciado, especialmente pela figura do tio Charlie, sempre preocupado em tornar o menino um homem que seja bom pelo que é. Assim, ao contrário de muitas produções hollywoodianas (e de outros países), em ‘Bar Doce Lar’ os personagens centrais não estimulam experiências com prostitutas, ou com maus tratos às mulheres, nem com jogatinas e/ou situações que coloquem o homem como superior. Dá gosto de ver a interação de Ben Affleck com o jovem ator Daniel Ranieri – e essa atuação talvez renda alguma indicação de coadjuvante ao nosso Batman.

Com uma história simples, linear e sem nenhuma reviravolta, ‘Bar Doce Lar’ traz uma história de crescimento e amadurecimento de um rapaz contemplado por uma rede de apoio masculina positiva, que não reforça machismos. E ainda traz o querido Christopher Lloyd (o Doc, de ‘De Volta para o Futuro’), já velhinho, no elenco, o que também ajuda a dar um calorzinho no coração. Filme para ver já apostando na temporada de premiações, ainda que o destaque fique mesmo na parte em que o protagonista ainda é um infante, dando uma cansada no espectador quando ele entra na vida adulta.

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Janda Montenegrohttp://cinepop.com.br
Escritora, autora de 6 livros, roteirista, assistente de direção. Doutora em Literatura Brasileira Indígena UFRJ.

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Em tempos de repensar a educação da humanidade – tanto dos adultos já crescidos quanto das crianças, e as gerações por vir –, fazemos muita crítica e autocrítica sobre como as mulheres e homens foram educados dentro de determinados modelos que nos foram passados como certos e, de maneira inconsciente, reproduzimos por serem aquilo que entendemos como socialmente aceito… até esse modelo ser questionado. E um desses modelos é o que está se chamando de masculinidade tóxica. Consequentemente, devemos perguntar também o que se vem fazendo – na vida em sociedade e, particularmente, na indústria do entretenimento, que é a nossa praia – para criar novos exemplos positivos? Uma boa solução nesse quesito é o longa ‘Bar Doce Lar’, novíssimo lançamento da Prime Video para abrir sua temporada 2022.

JR (Daniel Ranieri) e a mãe (Lily Rabe) acabam de se mudar de volta para a casa do avô (Christopher Lloyd), onde também vive o Tio Charlie (Ben Affleck) e uma penca de outros parentes, que vão e vem com muita frequência porque a casa do avô é o porto seguro. E é através do Tio Charlie que JR recebe uma figura masculina positiva em sua vida, uma vez que seu próprio pai abandonara sua mãe há tempos e, para ele, o pai é apenas uma voz no rádio. Enquanto observa Tio Charlie gerenciar o bar Dickens, JR vai aprendendo todos os bons exemplos que ele lhe passa sobre ser homem, e, aos poucos, vai ganhando a simpatia de outros homens adultos que frequentam o bar. Com o passar do tempo, JR (agora Tye Sheridan) entra para a faculdade e descobrirá os verdadeiros desafios de ser um bom homem fora de casa.

Inspirado no livro de memórias do próprio J.R. Moehringer, ‘Bar Doce Lar’ é um filme de história simples, sobre um menino que se torna homem e toda a influência que ele teve para se tornar um homem de bem. Desde o início o roteiro de William Monahan pontua o quanto o tempo todo o protagonista é bem influenciado, especialmente pela figura do tio Charlie, sempre preocupado em tornar o menino um homem que seja bom pelo que é. Assim, ao contrário de muitas produções hollywoodianas (e de outros países), em ‘Bar Doce Lar’ os personagens centrais não estimulam experiências com prostitutas, ou com maus tratos às mulheres, nem com jogatinas e/ou situações que coloquem o homem como superior. Dá gosto de ver a interação de Ben Affleck com o jovem ator Daniel Ranieri – e essa atuação talvez renda alguma indicação de coadjuvante ao nosso Batman.

Com uma história simples, linear e sem nenhuma reviravolta, ‘Bar Doce Lar’ traz uma história de crescimento e amadurecimento de um rapaz contemplado por uma rede de apoio masculina positiva, que não reforça machismos. E ainda traz o querido Christopher Lloyd (o Doc, de ‘De Volta para o Futuro’), já velhinho, no elenco, o que também ajuda a dar um calorzinho no coração. Filme para ver já apostando na temporada de premiações, ainda que o destaque fique mesmo na parte em que o protagonista ainda é um infante, dando uma cansada no espectador quando ele entra na vida adulta.

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