quarta-feira , 20 novembro , 2024

Crítica | Bizarros Peixes das Fossas Abissais – Animação é o Filme Mais Doido do Festival do Rio 2023

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Uma das coisas mais legais de qualquer festival ou mostra de cinema é se permitir assistir a filmes que provavelmente você não teria acesso no grande circuito ou nas plataformas de streaming. De alguma forma esses eventos dedicam um espaço para produções experimentais, doidas e que de alguma forma não se enquadram nos moldes comuns de uma narrativa padrão do cinema. Muitas das vezes o espectador que gosta desse tipo de desafio escolhe o filme a partir do seu título – ou melhor, do quão estranho este título seja. Assim podemos dizer de ‘Bizarros Peixes das Fossas Abissais, longa de animação exibido durante o Festival do Rio 2023 que surpreendentemente lotou várias salas de cinema, comprovando o interesse do público nesse tipo de formato.



Uma mulher (na voz original dela Natália Lage) com superpoderes bastante curiosos percorre os quatro cantos do universo atrás de pedaços de um jarro em cuja superfície supostamente poderia ser encontrado um mapa muito especial, que levaria a pessoa à localização exata de uma planta de propriedades medicinais importantes. Porém, esta mulher não é a única nessa busca, e, no caminho, ela terá que enfrentar criaturas animalescas que farão de tudo para impedir a reunião de todos os pedaços. Felizmente para ela sua jornada poderá contar com a ajuda de uma nuvem fofa (dublado por ninguém menos que Rodrigo Santoro) e uma tartaruguinha (Guilherme Briggs)  bastante invocada e com transtorno obsessivo-compulsivo, que a todo momento interrompe seus afazeres para ajeitar alguma coisa ou alinhar algum objeto.

Com apenas uma hora e quinze de duração, ‘Bizarros Peixes das Fossas Abissais’ cumpre a expectativa de quem o escolhe para assistir: é, com certeza, um dos filmes mais doidos da edição deste ano do Festival do Rio.

Partindo de uma história um bocado sem pé nem cabeça (e que lá no fundo se assemelha ao mote apresentado na série ‘Ahsoka’), o diretor Marão comanda o filme com o intuito de fazer confluir as histórias paralelas desses três personagens – a mulher, a nuvem e a tartaruga – para, por fim, direcioná-las ao local que dá título à produção. Por conta disso o filme tem ritmos diferentes, começando com a ação já em andamento, deixando de lado qualquer ambientação ou introdução da trama (que vai ser explicada já depois da metade da produção); indo para uma pegada mais dramática, quando os personagens são aprofundados; para depois ficar longos minutos nas tais fossas abissais, apresentando um panorama infinito de peixes e outras criaturas marinhas.

Cria de outro festival, o Anima Mundi, ‘Bizarros Peixes das Fossas Abissais’ é o primeiro longa-metragem de Marão, que trouxe para o seu projeto nomes reconhecidos do grande público para dar voz a seus personagens – os atores Natália Lage e Rodrigo Santoro e o famoso dublador Guilherme Briggs. É uma felicidade ver projetos de animação brasileiras não só sendo feitos, mas também conseguindo espaço em grandes festivais. Com seu jeitinho meio doido e totalmente nonsense, ‘Bizarros Peixes das Fossas Abissais’ provoca o riso e agrada ao público jovem sedento por doideiras.

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Janda Montenegrohttp://cinepop.com.br
Escritora, autora de 6 livros, roteirista, assistente de direção. Doutora em Literatura Brasileira Indígena UFRJ.

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Uma mulher (na voz original dela Natália Lage) com superpoderes bastante curiosos percorre os quatro cantos do universo atrás de pedaços de um jarro em cuja superfície supostamente poderia ser encontrado um mapa muito especial, que levaria a pessoa à localização exata de uma planta de propriedades medicinais importantes. Porém, esta mulher não é a única nessa busca, e, no caminho, ela terá que enfrentar criaturas animalescas que farão de tudo para impedir a reunião de todos os pedaços. Felizmente para ela sua jornada poderá contar com a ajuda de uma nuvem fofa (dublado por ninguém menos que Rodrigo Santoro) e uma tartaruguinha (Guilherme Briggs)  bastante invocada e com transtorno obsessivo-compulsivo, que a todo momento interrompe seus afazeres para ajeitar alguma coisa ou alinhar algum objeto.

Com apenas uma hora e quinze de duração, ‘Bizarros Peixes das Fossas Abissais’ cumpre a expectativa de quem o escolhe para assistir: é, com certeza, um dos filmes mais doidos da edição deste ano do Festival do Rio.

Partindo de uma história um bocado sem pé nem cabeça (e que lá no fundo se assemelha ao mote apresentado na série ‘Ahsoka’), o diretor Marão comanda o filme com o intuito de fazer confluir as histórias paralelas desses três personagens – a mulher, a nuvem e a tartaruga – para, por fim, direcioná-las ao local que dá título à produção. Por conta disso o filme tem ritmos diferentes, começando com a ação já em andamento, deixando de lado qualquer ambientação ou introdução da trama (que vai ser explicada já depois da metade da produção); indo para uma pegada mais dramática, quando os personagens são aprofundados; para depois ficar longos minutos nas tais fossas abissais, apresentando um panorama infinito de peixes e outras criaturas marinhas.

Cria de outro festival, o Anima Mundi, ‘Bizarros Peixes das Fossas Abissais’ é o primeiro longa-metragem de Marão, que trouxe para o seu projeto nomes reconhecidos do grande público para dar voz a seus personagens – os atores Natália Lage e Rodrigo Santoro e o famoso dublador Guilherme Briggs. É uma felicidade ver projetos de animação brasileiras não só sendo feitos, mas também conseguindo espaço em grandes festivais. Com seu jeitinho meio doido e totalmente nonsense, ‘Bizarros Peixes das Fossas Abissais’ provoca o riso e agrada ao público jovem sedento por doideiras.

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