domingo , 17 novembro , 2024

Crítica | Boa Sorte, Leo Grande – Emma Thompson desperdiça seu talento em comédia com premissa sex-positive

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A sexualidade feminina no auge da melhor idade por si só rende discussões indispensáveis e Boa Sorte, Leo Grande (Good Luck to You, Leo Grande) tenta surfar nessa vertente, com uma comédia sobre a feminilidade e a sensualidade de uma mulher que – teoricamente – não deveria mais desejar por essa área em sua vida. Mas ainda que as intenções sejam boas, o longa de Sophie Hyde caminha por uma rota cafona e blasé, se apropriando do talento nato de Emma Thompson para entregar uma história que se esforça demais para se provar, que de fato não nos convence.

Na trama, Nancy Stokes (Thompson) é uma mulher que viveu todo o seu casamento sob uma submissão incorreta, onde seus direitos e desejos sempre foram abafados e até mesmo negados. Agora, viúva e com seus filhos bem encaminhados, ela se compromete a tentar ter um orgasmo pela sua primeira vez na vida. Para vencer o desafio, ela recorre a um jovem michê, o que tornará o íntimo processo de autodescoberta em uma tumultuada jornada.



Como conceito, Boa Sorte, Leo Grande parece ser uma boa ideia, ao tentar expandir as discussões relacionadas à sexualidade de mulheres na casa dos 60-70 anos – que majoritariamente foram educadas desde a juventude a aceitar que a vida íntima no casamento não seria tão favorável para a mulher, como para o homem. Mas com Katy Brand entregando um roteiro simplista demais que apenas cumpre todos os itens da agenda militante, a produção não entrega a reflexão que tanto promete e ainda desperdiça a performance de Thompson, que é a única coisa realmente genuína na curta duração do longa.

Com a veterana completamente comprometida com sua personagem Nancy, ela é um sopro de vigor diante do ator Daryl McCormack, que peleja em meio à expressões faciais fracas e uma atuação medíocre e pobre, que se torna cansativa em apenas 20 minutos de filme. Fora isso, a martirização exagerada da vida conjugal não apenas subverte algo tão precioso – que é o casamento – como tenta reduzi-lo a um “erro”, sugerindo que seria impossível a mulher ser tão intimamente satisfeita nesta união, como o homem é.

Com discussões tão rasas e vazias, a comédia se torna um filme qualquer, aleatório e pouco tem a acrescentar para a audiência. Não levantando fundamentos bem pautados, a produção de Hyde perece no ar como um desperdício de reflexão e, principalmente, de entretenimento. Irrelevante para o debate e pouco engraçado, Boa Sorte, Leo Grande ainda tenta se aproveitar de uma forte cena de nudez de Thompson, que corajosamente se despede no auge dos seus 63 anos, apenas para ver sua poderosa cena se perder em um filme tão fraco, que sequer deveria ser lembrado.

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Na trama, Nancy Stokes (Thompson) é uma mulher que viveu todo o seu casamento sob uma submissão incorreta, onde seus direitos e desejos sempre foram abafados e até mesmo negados. Agora, viúva e com seus filhos bem encaminhados, ela se compromete a tentar ter um orgasmo pela sua primeira vez na vida. Para vencer o desafio, ela recorre a um jovem michê, o que tornará o íntimo processo de autodescoberta em uma tumultuada jornada.

Como conceito, Boa Sorte, Leo Grande parece ser uma boa ideia, ao tentar expandir as discussões relacionadas à sexualidade de mulheres na casa dos 60-70 anos – que majoritariamente foram educadas desde a juventude a aceitar que a vida íntima no casamento não seria tão favorável para a mulher, como para o homem. Mas com Katy Brand entregando um roteiro simplista demais que apenas cumpre todos os itens da agenda militante, a produção não entrega a reflexão que tanto promete e ainda desperdiça a performance de Thompson, que é a única coisa realmente genuína na curta duração do longa.

Com a veterana completamente comprometida com sua personagem Nancy, ela é um sopro de vigor diante do ator Daryl McCormack, que peleja em meio à expressões faciais fracas e uma atuação medíocre e pobre, que se torna cansativa em apenas 20 minutos de filme. Fora isso, a martirização exagerada da vida conjugal não apenas subverte algo tão precioso – que é o casamento – como tenta reduzi-lo a um “erro”, sugerindo que seria impossível a mulher ser tão intimamente satisfeita nesta união, como o homem é.

Com discussões tão rasas e vazias, a comédia se torna um filme qualquer, aleatório e pouco tem a acrescentar para a audiência. Não levantando fundamentos bem pautados, a produção de Hyde perece no ar como um desperdício de reflexão e, principalmente, de entretenimento. Irrelevante para o debate e pouco engraçado, Boa Sorte, Leo Grande ainda tenta se aproveitar de uma forte cena de nudez de Thompson, que corajosamente se despede no auge dos seus 63 anos, apenas para ver sua poderosa cena se perder em um filme tão fraco, que sequer deveria ser lembrado.

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