sábado , 23 novembro , 2024

Crítica | Borg vs McEnroe – Batalha de gênios

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Antes de Sampras vs Agassi, antes de Nadal vs Federer, o universo dos esportes, não só do tênis, conheceu uma das mais expostas rivalidades, muito por conta das inúmeras diferenças entre os dois jeitos de ser. ‘Borg vs McEnroe analisa as emoções e o lado psicológico em esportes de alto rendimento mostrando o início de um duelo que ficou marcado como uma das melhores finais de Grand Slam da história do tênis. Dirigido pelo cineasta dinamarquês Janus Metz Pedersen realiza um trabalho primoroso na direção e conta ainda com uma atuação inspirada do ator sueco, pouco conhecido no Brasil, Sverrir Gudnason que interpreta o complexo Björn Borg na fase adulta.

Na trama, voltamos a década de 80, no célebre dia da final de um dos torneios mais midiáticos de todos os esportes, a final de Wimbledon entre o sueco e tetra campeão do torneio Björn Borg (Sverrir Gudnason) e o nada carismático tenista norte americano John McEnroe (Shia Lebouf). A construção de como eles chegaram até esse grande momento da vida deles é passada a limpa em flashbacks que preenchem as lacunas de personalidade e criação que os levam a serem como são dentro de quadra. Assim, aos poucos vamos entendendo a mente de um verdadeiro campeão em um esporte onde a vitória e a derrota precisam ser aceitas sem perder a elegância.



Nada é ganho por acaso. Nessa verdadeira batalha épica do tênis que foi essa decisão de Wimbledon, com um Borg totalmente consumido pela exposição que tem por sua carreira e a pressão de estar sempre no topo e McEnroe usando e abusando de uma imaturidade constante, o filme navega na mente de um homem conhecido por ser gelado em momentos chaves, ser um adepto de manias, que não sabe lidar com a pressão midiática imposta pelo seu sucesso em contraponto a outro totalmente inconseqüente que se descontrola em entrevistas e exagera dentro de quadra.

Muito mais focado em Borg do que no seu rival canhoto das Américas, as dificuldades no seu relacionamento com a noiva e com seu técnico, esse último interpretado pelo gigante ator sueco Stellan Skarsgård, são melhor compreendidos por conta de como tudo começou, sua vida de origem humilde onde sua mãe sempre o defendia de um pai um pouco afastado. Quando era jovem e fora escolhido para representar a Suécia no mundialmente torneio conhecido como Copa Davis (uma espécie de copa do mundo do tênis, onde um grupo de tenistas representa seu país em simples e duplas), sua vida ganha novos ares e ele passa a percorrer torneios importantes e a ganhar fama e dinheiro se tornando um verdadeiro iceberg. Nos constantes momentos de crise, cresce a atuação de Sverrir Gudnason que além de tudo é deveras parecido com o ídolo sueco.

John McEnroe era um rebelde desde sempre, que buscava a todo instante a atenção do pai que quase nunca acontecera. Entrou no tênis mostrando um talento técnico e uma falta de preparo emocional, brigando quase sempre com juízes, com outros tenistas e com o próprio público. Borg e McEnroe tem duas maneiras distintas para buscar suas glórias. E esse é o grande mérito do filme: detalhar cada uma dessas personalidades do esporte de maneira transparente, objetiva mas sem perder o ritmo.

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Na trama, voltamos a década de 80, no célebre dia da final de um dos torneios mais midiáticos de todos os esportes, a final de Wimbledon entre o sueco e tetra campeão do torneio Björn Borg (Sverrir Gudnason) e o nada carismático tenista norte americano John McEnroe (Shia Lebouf). A construção de como eles chegaram até esse grande momento da vida deles é passada a limpa em flashbacks que preenchem as lacunas de personalidade e criação que os levam a serem como são dentro de quadra. Assim, aos poucos vamos entendendo a mente de um verdadeiro campeão em um esporte onde a vitória e a derrota precisam ser aceitas sem perder a elegância.

Nada é ganho por acaso. Nessa verdadeira batalha épica do tênis que foi essa decisão de Wimbledon, com um Borg totalmente consumido pela exposição que tem por sua carreira e a pressão de estar sempre no topo e McEnroe usando e abusando de uma imaturidade constante, o filme navega na mente de um homem conhecido por ser gelado em momentos chaves, ser um adepto de manias, que não sabe lidar com a pressão midiática imposta pelo seu sucesso em contraponto a outro totalmente inconseqüente que se descontrola em entrevistas e exagera dentro de quadra.

Muito mais focado em Borg do que no seu rival canhoto das Américas, as dificuldades no seu relacionamento com a noiva e com seu técnico, esse último interpretado pelo gigante ator sueco Stellan Skarsgård, são melhor compreendidos por conta de como tudo começou, sua vida de origem humilde onde sua mãe sempre o defendia de um pai um pouco afastado. Quando era jovem e fora escolhido para representar a Suécia no mundialmente torneio conhecido como Copa Davis (uma espécie de copa do mundo do tênis, onde um grupo de tenistas representa seu país em simples e duplas), sua vida ganha novos ares e ele passa a percorrer torneios importantes e a ganhar fama e dinheiro se tornando um verdadeiro iceberg. Nos constantes momentos de crise, cresce a atuação de Sverrir Gudnason que além de tudo é deveras parecido com o ídolo sueco.

John McEnroe era um rebelde desde sempre, que buscava a todo instante a atenção do pai que quase nunca acontecera. Entrou no tênis mostrando um talento técnico e uma falta de preparo emocional, brigando quase sempre com juízes, com outros tenistas e com o próprio público. Borg e McEnroe tem duas maneiras distintas para buscar suas glórias. E esse é o grande mérito do filme: detalhar cada uma dessas personalidades do esporte de maneira transparente, objetiva mas sem perder o ritmo.

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