sábado, abril 27, 2024

Crítica | Caçando Ava Bravo – Suspense Genérico da Prime Video Traz Mais do Mesmo em Bela Paisagem

Depois que a franquia ‘Jogos Mortais’ elevou o sarrafo das bizarrices torturantes que um ser humano pode fazer com o outro, ficou difícil para os produtores conseguir vender um título que colocasse uma pessoa num limite tão desafiador e convencesse o público, pois, quando o mais cruel já foi feito, qualquer coisa que não seja tão terrível simplesmente fica parecendo fraco demais. Mas, vez ou outra aparecem algumas tentativas interessantes, com algum elemento diferente, como é o caso de ‘Caçando Ava Bravo’, suspense de ação que acaba de estrear na Prime Video.

Ana Bravo (Kate del Castilho) acorda e se vê dentro de um casebre que desconhece. Ela olha ao redor e vê um fio amarrado em seu pé, tocando sininhos, e um rádio, com uma mensagem pedindo para ser tocado. Confusa, ela obedece o bilhete, e ouve uma voz desconhecida dizer que ela fora sequestrada e que, para sobreviver, deve pegar uma espingarda que contém apenas três balas e se dirigir para a parte leste da montanha, do lado de fora, onde haverá uma tenda com uma moto especial para neve para ela poder fugir. Só que a voz avisa que ela tem apenas poucos segundos de vantagem, pois o sequestrador (Marc Blucas) está no porão e irá subir em breve. Desesperada e sem tempo para pensar, Ana obedece à mensagem, sem saber que naquele momento tem início mais uma experiência de vida ou morte que ela deverá enfrentar.

Resumidamente, ‘Caçando Ava Bravo’ pode até não trazer nada de original em seu enredo, mas tem lá sua boa ideia. Porém, o problema parece ser que essa boa ideia não se sustenta por tanto tempo. Tivesse sido desenvolvido em formato de curta ou de média-metragem com menos duração (o filme tem 71 minutos), talvez a produção passasse maior intensidade ao espectador. Mas, com tanto tempo e um elenco muito reduzido – de basicamente apenas cinco atores, quatro dos quais, homens – , falta assunto, falta acontecimento para a trama se desenvolver, de modo que após dez minutos de projeção o espectador se sente tal qual a protagonista: andando em círculos.

Alguns elementos do roteiro de Julie Auerbach, Kevin Tavolaro e Marc Blucas não servem para nada na trama, preenchendo apenas a vastidão da neve das montanhas canadenses, como o constante uivar de lobos que se ouve com frequência, mas que não surgem como ameaça. Os próprios protagonistas não têm justificativas para seus principais atos, e um dos personagens que influencia na história entra e sai de cena sem ser devidamente explicado.

Claramente com orçamento reduzido, há de se dar o valor na direção de Gary Auerbach, especialmente nas tomadas de plano aberto e de drone, mostrando a vastidão do inverno sem fim. Porém, com um início superrápido, que já coloca a protagonista em atividade na primeira cena, o resto do filme se arrasta sem propósito, o que aponta desequilíbrio da produção. Novamente: se fosse mais curto, talvez a história ficasse mais intensa. Do jeito que está, é só mais um suspense genérico que traz uma pessoa sequestrada para servir de caça viva para alguém entediado. Você já viu isso antes.

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