quinta-feira , 21 novembro , 2024

Crítica | Cavaleiros do Zodíaco – Saint Seiya: O Começo: Adaptação tem boas intenções, mas não sai do óbvio

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Um ícone dos tempos áureos da TV Manchete, a animação de Cavaleiros do Zodíaco teve papel fundamental na construção cultural da geração millennial. Exibida no Brasil entre os anos de 1994 e 1997, a popular adaptação do mangá lançado nos anos 80 rapidamente se tornou uma das grandes nostalgias que cautelosamente tenta ressurgir das sombras do passado diretamente para as telonas.



Mas ao contrário da divertida aventura Dungeons & Dragons: Honra Entre Rebeldes, que abraça o saudosismo da clássica série animada A Caverna do Dragão e as campanhas do jogo D&D, combinando-os em um excelente resultado, Cavaleiros do ZodíacoSaint Seiya: O Começo peca demais por levar seu título muito ao pé da letra. Com algumas conexões ao passado da franquia e ciclos narrativos viciosos, o longa patina muito e tem dificuldades de justamente sair do começo.

E o filme tem boas intenções e uma proposta ambiciosa. Com ótimos efeitos visuais na maior parte do tempo, o longa roteirizado por Josh Campbell, Matt Stuecken e Kiel Murray apresenta o universo da franquia de forma didática, tomando a audiência pelas mãos a fim de envolvê-la na essência central da trama: um habilidoso jovem com poderes cósmicos incubido de proteger Sienna, uma linda garota que carrega em si a divindade Atena. E como um filme de origem, todos esses detalhes não passam em vão e servem genuinamente como uma bússola para o que almeja ser o início de uma franquia cinematográfica.

Abraçando tanto os fãs do mangá e das animações, bem como os leigos, Cavaleiros do ZodíacoSaint Seiya: O Começo visa cativar uma audiência mais ampla e jovem, mantendo sempre algumas referências tanto ao clássico dos anos 80, bem como à polêmica recente série realizada pela Netflix. Mas por novelizar demais a relação entre Seiya e Sienna, sempre andando em círculos no que diz respeito ao desenvolvimento da trama, o filme vai perdendo o seu brilho e – consequentemente – nosso interesse.

Mas o filme não é uma oportunidade perdida. Com um ato de abertura forte e convidativo, a adaptação consegue nos cativar em seus primeiros 15 minutos, sob a promessa cumprida de que seremos recompensados com um vasto leque de cenas de ação. Dito e feito. Com coreografias belíssimas e uma direção que abusa da teatralidade e do performático, Tomasz Bagunski honra as raízes orientais da saga, com takes que exageram em efeitos dramáticos – que destacam ainda mais as lutas corporais. E com uma bela fotografia que mistura o misticismo cósmico com a arquitetura grega, Cavaleiros do Zodíaco tem um visual atraente e particular.

Mas o maior problema do filme é sua incapacidade de desenvolver sua trama de forma mais eficiente. Tornando os demais cavaleiros de bronze uma nota de rodapé nos dois minutos finais de filme, Saint Seiya: O Começo peca por não explorar toda a riqueza que o universo em si possui. Com um elenco bom, formado pelos veteranos Sean Bean e Famke Janssen, além dos jovens Madison Iseman e Mackenyu, Cavaleiros do Zodíaco tem os elementos certos para um sucesso, mas padece em um roteiro mediano e óbvio. Ainda assim, com grande potencial para se expandir a longo prazo, a franquia tem chances de construir seu futuro nas telonas. Entre erros e acertos, a adaptação é promissora o bastante para lhe garantir uma nova chance de se alinhar aos anseios dos fãs.

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Mas ao contrário da divertida aventura Dungeons & Dragons: Honra Entre Rebeldes, que abraça o saudosismo da clássica série animada A Caverna do Dragão e as campanhas do jogo D&D, combinando-os em um excelente resultado, Cavaleiros do ZodíacoSaint Seiya: O Começo peca demais por levar seu título muito ao pé da letra. Com algumas conexões ao passado da franquia e ciclos narrativos viciosos, o longa patina muito e tem dificuldades de justamente sair do começo.

E o filme tem boas intenções e uma proposta ambiciosa. Com ótimos efeitos visuais na maior parte do tempo, o longa roteirizado por Josh Campbell, Matt Stuecken e Kiel Murray apresenta o universo da franquia de forma didática, tomando a audiência pelas mãos a fim de envolvê-la na essência central da trama: um habilidoso jovem com poderes cósmicos incubido de proteger Sienna, uma linda garota que carrega em si a divindade Atena. E como um filme de origem, todos esses detalhes não passam em vão e servem genuinamente como uma bússola para o que almeja ser o início de uma franquia cinematográfica.

Abraçando tanto os fãs do mangá e das animações, bem como os leigos, Cavaleiros do ZodíacoSaint Seiya: O Começo visa cativar uma audiência mais ampla e jovem, mantendo sempre algumas referências tanto ao clássico dos anos 80, bem como à polêmica recente série realizada pela Netflix. Mas por novelizar demais a relação entre Seiya e Sienna, sempre andando em círculos no que diz respeito ao desenvolvimento da trama, o filme vai perdendo o seu brilho e – consequentemente – nosso interesse.

Mas o filme não é uma oportunidade perdida. Com um ato de abertura forte e convidativo, a adaptação consegue nos cativar em seus primeiros 15 minutos, sob a promessa cumprida de que seremos recompensados com um vasto leque de cenas de ação. Dito e feito. Com coreografias belíssimas e uma direção que abusa da teatralidade e do performático, Tomasz Bagunski honra as raízes orientais da saga, com takes que exageram em efeitos dramáticos – que destacam ainda mais as lutas corporais. E com uma bela fotografia que mistura o misticismo cósmico com a arquitetura grega, Cavaleiros do Zodíaco tem um visual atraente e particular.

Mas o maior problema do filme é sua incapacidade de desenvolver sua trama de forma mais eficiente. Tornando os demais cavaleiros de bronze uma nota de rodapé nos dois minutos finais de filme, Saint Seiya: O Começo peca por não explorar toda a riqueza que o universo em si possui. Com um elenco bom, formado pelos veteranos Sean Bean e Famke Janssen, além dos jovens Madison Iseman e Mackenyu, Cavaleiros do Zodíaco tem os elementos certos para um sucesso, mas padece em um roteiro mediano e óbvio. Ainda assim, com grande potencial para se expandir a longo prazo, a franquia tem chances de construir seu futuro nas telonas. Entre erros e acertos, a adaptação é promissora o bastante para lhe garantir uma nova chance de se alinhar aos anseios dos fãs.

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