quinta-feira, abril 25, 2024

Crítica | Como Hackear Seu Chefe – ÓTIMA comédia brasileira com Thati Lopes retrata a tragicomédia do home office

Depois de um ano e meio em casa, muitas pessoas que ainda estão trabalhando de suas casas andam dando uma pirada. O excesso de lives, reuniões virtuais e de computador está bastante cansativo, a ponto de, às vezes, bater uma vontade de fazer ou falar umas bobagens para os colegas de trabalho. Mas às vezes… isso sai sem querer, e voltar atrás para corrigir tudo pode se transformar numa missão quase impossível. Assim é ‘Como Hackear Seu Chefe’, nova comédia nacional que estreia nessa sexta-feira para aluguel nas plataformas digitais.

Victor (Victor Lamoglia) é funcionário da AN&N que, junto com João (Esdras Saturnino) é designado para fazer hora extra depois da reunião, pois o chefe Zeca Britto (Augusto Madeira) quer modernizar a empresa e, para isso, precisa de uma apresentação jovem e descolada. Porém, Victor e João estão de saco cheio, e, num ímpeto de zoação, João acaba montando uma apresentação crucificando o chefe. Só que diante da pressa do prazo atrasado para o envio do trabalho, Victor acaba anexando no e-mail a apresentação errada, e, para tentar salvar seu emprego, ele irá fazer de tudo para hackear o chefe, nem que para isso tenha que contar com métodos não tão convencionais e com a ajuda de sua colega de firma, Mariana (Thati Lopes).

Como Hackear Seu Chefe’ é uma ótima comédia. Original (dentro do universo pandêmico), pois consegue pensar e elaborar as situações cotidianas redefinidas em 2020 e usufruir desse novo cenário para construir situações absurdas e coerentes. Escrito por Vinicius Perez e Fabrício Bittar, o roteiro parte da situação improvável do erro do funcionário para colocá-lo numa situação estilo ‘Se Beber Não Case’, em que as coisas acontecem à sua revelia, só que com um toque muito brasileiro no humor – e, mais especificamente, com um toque ácido de quem está em casa há muito tempo e já não aguenta mais lidar com os colegas à distância.

Dirigido por Fabrício Bittar, o longa de uma hora e vinte e cinco de duração tem seus três arcos dramáticos bem marcadinhos, porém, com ritmos diferentes. Logo de cara somos surpreendidos pela estética virtual com a qual muitos de nós se relaciona, e, só por isso, já rimos. Toda a apresentação do plot é bastante ágil e lança mão em diversos elementos que passaram a fazer parte do cotidiano pandêmico, como as dancinhas, as chamadas de vídeo, as revelações sem querer, os uniformes da cintura pra cima, etc. O desenvolvimento do drama do protagonista é onde o ritmo cai, especialmente com o personagem João, com quem Victor antes tinha bom entrosamento e que nessa segunda parte é colocado de escanteio, com um propósito meio perdido. Essa desaceleração, entretanto, não é nada que faça com que ‘Como Hackear Seu Chefe’ perca seu vigor cômico.

Fruto da situação trágica que estamos vivendo, ‘Como Hackear Seu Chefe’ é a perlaboração da angústia em forma de comédia. Um filme inspirado e feito por pessoas que, como muitos de nós, também está vivendo essa realidade surreal e, apesar de tudo, conseguiu enxergar um viés divertido. Uma comédia leve, engraçada e totalmente atual.

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