domingo , 22 dezembro , 2024

Crítica | Como se Tornar o Pior Aluno da Escola – Comédia politicamente incorreta

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É preciso esclarecer dois termos antes de começar esta crítica do filme Como se Tornar o Pior Aluno da Escola: primeiro, bullying – utilizado para descrever atos de violência física e/ou psicológica repetitivos e intencionais, feito por um indivíduo ou um grupo de pessoas. Segundo, politicamente correto – descreve o ato de evitar a utilização de linguagem e/ou ações definidas como excludentes, que marginaliza ou insulta grupo de indivíduos vistos como desfavorecidos ou descriminados, em outras palavras, aquilo que denominados de minorias. Agora sim, shall we begin?

O filme de Fabrício Bittar (Politicamente Incorreto) conta a história de dois estudantes, Pedro (Daniel Pimentel) e Bernardo (Bruno Munhoz), que se encontram divididos entre as obrigações para com a escola e a falta de propósito em cumprir todas as normas de um colégio que adotada cada vez mais medidas politicamente corretas graças ao diretor Ademar (Carlos Villagrán). Em um dado momento, Pedro encontra o caderno do Pior Aluno (Danilo Gentili) e os amigos saem em busca dele para que possa ajudá-los a se tornar piores alunos.



Por razões de força maior, começarei com a atuação: os atores mirins, Pimentel e Munhoz, conseguem trabalhar bem com o roteiro que possuem, com destaque para o intérprete de Pedro, que consegue agir com naturalidade e passa veracidade ao telespectador. Do outro lado se tem Villagrán, que entrega uma interpretação boa, em momentos beirando o excelente, na qual consegue arrancar risadas do público, mesmo com o forte sotaque. Gentili é a persona Danilo Gentili, ao qual estamos acostumados a ver no talkshow ou em programas de comédia – é difícil não enxergar o próprio no papel. A distinção é uma linha tênue. O grande destaque é Moacyr Franco, que dá vida ao Faxineiro e produz uma performance de conseguir gargalhadas até mesmo quando não diz absolutamente nada.

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A direção de Fabrício Bittar não traz muitas novidades, com exceção de duas cenas em que se pode dizer que foi feito um bom trabalho, o restante do longa-metragem não surpreende neste quesito e até mesmo enoja o público com alguns cortes desnecessários para um filme com classificação etária 14 anos. Existe um momento em particular, logo no início do filme, em que há um excesso de um plano contra-zenital descartável.

E eis o ponto em que, normalmente, escrevo a respeito primeiro, contudo, foi necessário deixar para o final: o roteiro. A história de Como se Tornar o Pior Aluno da Escola tem um ponto positivo que é a utilização de gírias e situações comuns deste período em que vivemos e algumas das referências feitas como, por exemplo, a cena em que o ator Carlos Villagrán diz uma das frases do Quico, o personagem do mesmo de maior destaque.

Agora o telespectador pega o primeiro parágrafo desta crítica e joga no lixo: este é o longa-metragem escrito por Danilo Gentili e André Catarinacho. Com uma história completamente politicamente incorreta, o filme ignora por total o combate ao bullying, inclusive, tira sarro disto, além, claro, das diversas cenas em que tal ato é cometido. É recheado de piadas ofensivas e diferente de muitos comediantes que satirizam situações deste gênero com o intuito de realizar uma crítica, Como se Tornar o Pior Aluno da Escola exalta comportamentos contraventores e passa uma mensagem de que está “tudo bem” ser esse tipo de pessoa.

É um bom filme para assistir e ser relembrado do motivo de existirem pessoas tão engajadas em combater ações como essas, afinal, ainda existem pessoas e produtores de conteúdo que veem graça em atitudes como as mostrados no filme.

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É preciso esclarecer dois termos antes de começar esta crítica do filme Como se Tornar o Pior Aluno da Escola: primeiro, bullying – utilizado para descrever atos de violência física e/ou psicológica repetitivos e intencionais, feito por um indivíduo ou um grupo de pessoas. Segundo, politicamente correto – descreve o ato de evitar a utilização de linguagem e/ou ações definidas como excludentes, que marginaliza ou insulta grupo de indivíduos vistos como desfavorecidos ou descriminados, em outras palavras, aquilo que denominados de minorias. Agora sim, shall we begin?

O filme de Fabrício Bittar (Politicamente Incorreto) conta a história de dois estudantes, Pedro (Daniel Pimentel) e Bernardo (Bruno Munhoz), que se encontram divididos entre as obrigações para com a escola e a falta de propósito em cumprir todas as normas de um colégio que adotada cada vez mais medidas politicamente corretas graças ao diretor Ademar (Carlos Villagrán). Em um dado momento, Pedro encontra o caderno do Pior Aluno (Danilo Gentili) e os amigos saem em busca dele para que possa ajudá-los a se tornar piores alunos.

Por razões de força maior, começarei com a atuação: os atores mirins, Pimentel e Munhoz, conseguem trabalhar bem com o roteiro que possuem, com destaque para o intérprete de Pedro, que consegue agir com naturalidade e passa veracidade ao telespectador. Do outro lado se tem Villagrán, que entrega uma interpretação boa, em momentos beirando o excelente, na qual consegue arrancar risadas do público, mesmo com o forte sotaque. Gentili é a persona Danilo Gentili, ao qual estamos acostumados a ver no talkshow ou em programas de comédia – é difícil não enxergar o próprio no papel. A distinção é uma linha tênue. O grande destaque é Moacyr Franco, que dá vida ao Faxineiro e produz uma performance de conseguir gargalhadas até mesmo quando não diz absolutamente nada.

A direção de Fabrício Bittar não traz muitas novidades, com exceção de duas cenas em que se pode dizer que foi feito um bom trabalho, o restante do longa-metragem não surpreende neste quesito e até mesmo enoja o público com alguns cortes desnecessários para um filme com classificação etária 14 anos. Existe um momento em particular, logo no início do filme, em que há um excesso de um plano contra-zenital descartável.

E eis o ponto em que, normalmente, escrevo a respeito primeiro, contudo, foi necessário deixar para o final: o roteiro. A história de Como se Tornar o Pior Aluno da Escola tem um ponto positivo que é a utilização de gírias e situações comuns deste período em que vivemos e algumas das referências feitas como, por exemplo, a cena em que o ator Carlos Villagrán diz uma das frases do Quico, o personagem do mesmo de maior destaque.

Agora o telespectador pega o primeiro parágrafo desta crítica e joga no lixo: este é o longa-metragem escrito por Danilo Gentili e André Catarinacho. Com uma história completamente politicamente incorreta, o filme ignora por total o combate ao bullying, inclusive, tira sarro disto, além, claro, das diversas cenas em que tal ato é cometido. É recheado de piadas ofensivas e diferente de muitos comediantes que satirizam situações deste gênero com o intuito de realizar uma crítica, Como se Tornar o Pior Aluno da Escola exalta comportamentos contraventores e passa uma mensagem de que está “tudo bem” ser esse tipo de pessoa.

É um bom filme para assistir e ser relembrado do motivo de existirem pessoas tão engajadas em combater ações como essas, afinal, ainda existem pessoas e produtores de conteúdo que veem graça em atitudes como as mostrados no filme.

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