domingo , 22 dezembro , 2024

Crítica | ‘Confissões de uma Garota Excluída’ – Emocionante novo filme de Thalita Rebouças Aborda o Bullying de Maneira Didática

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A essa altura do campeonato o público brasileiro já entendeu que Thalita Rebouças é sinônimo de sucesso. Além de vender milhares de livros, a escritora e apresentadora do ‘The Voice’ nos últimos anos também vem se dedicando à carreira de roteirista. Foi nesse caminho que, pela primeira vez, Thalita inverteu a ordem dos fatores e pensou a história de ‘Confissões de uma Garota Excluída, Mal-Amada e (Ligeiramente) Dramática’ primeiro no formato de filme, depois em livro. E o resultado chega na próxima semana à Netflix com o título enxuto ‘Confissões de uma Garota Excluída’.



Tetê (Klara Castanho, pronta para o protagonismo) tem 16 anos e não tem nenhum amigo. Quando seus pais (Júlia Rabello e Alcemar Vieira) são obrigados a mudar da Barra da Tijuca para Copacabana, para morar com os avós (Stepan Nercessian e Rosane Gofman), Tetê é forçada a mudar de escola também. A jovem sofre muita pressão para se vestir melhor e sorrir mais, pois, segundo a família, ela é muito triste. Na nova escola, Tetê imediatamente se apaixona por Erick (Lucca Picon), o que provoca a ira da namorada do rapaz, Valentina (Júlia Gomes), a garota mais popular da escola. Sentindo-se excluída, Tetê trava amizade com Zeca (Marcus Bessa) e Davi (Gabriel Lima), e, juntos, os três vão tentar sobreviver ao ano escolar e despertar a autoestima que eles nem sabiam que tinham.

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Já nos minutos iniciais de ‘Confissões de uma Garota Excluída’ fica bastante claro que embora a história do filme se passe no universo dos 16 anos, a abordagem narrativa é voltada para um público mais jovem, na faixa dos 12, 13 anos. Talvez exatamente por isso a linguagem e a abordagem dos temas tenham sido tão didáticas, para que o público pudesse entender literalmente a moral da história.

Filmado durante a pandemia em 2020, fica bastante evidente os cuidados e adaptações que a produção teve que abraçar para garantir a segurança do elenco – e essas cenas, gravadas em CGI, particularmente devem ser valorizadas pois são o retrato do esforço coletivo para trazer entretenimento ao público juvenil.

O roteiro de Bruno Garotti, Flávia Lins, Christiana Oliveira e Thalita Rebouças traça uma jornada de descoberta da autonomia da jovem Tetê a partir das diversas demandas adolescentes que atravessam o caminho dela, que, por sua vez, não consegue se entender ainda. Com um primeiro arco acelerado, o segundo arco dá umas escorregadas, picotando algumas histórias e inserindo outras para nenhum fim específico (como os avôs de Davi); já a reta final ganha uma inesperada reviravolta, que diverte o público bem ao estilo dos jogos de tabuleiro.

Confissões de uma Garota Excluída’ presta um grande serviço ao abordar as diferentes formas de bullying sofridos pela garotada, incluindo aqueles provocados pelos próprios familiares. Não há nenhuma dúvida de que Thalita Rebouças (que novamente faz participação em seu próprio filme, dessa vez com mais falas) conhece e sabe entregar exatamente o que seu público precisa para conseguir se expressar e se reconhecer nas histórias – que, a cada filme, dá uma renovada no elenco, dando mais e mais oportunidades para jovens talentos despontarem nas telonas. E, a ver pelas continuações literárias, é bem capaz de cada jovem ator desta produção ganhar em breve seu próprio filme.

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Janda Montenegrohttp://cinepop.com.br
Escritora, autora de 6 livros, roteirista, assistente de direção. Doutora em Literatura Brasileira Indígena UFRJ.

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Tetê (Klara Castanho, pronta para o protagonismo) tem 16 anos e não tem nenhum amigo. Quando seus pais (Júlia Rabello e Alcemar Vieira) são obrigados a mudar da Barra da Tijuca para Copacabana, para morar com os avós (Stepan Nercessian e Rosane Gofman), Tetê é forçada a mudar de escola também. A jovem sofre muita pressão para se vestir melhor e sorrir mais, pois, segundo a família, ela é muito triste. Na nova escola, Tetê imediatamente se apaixona por Erick (Lucca Picon), o que provoca a ira da namorada do rapaz, Valentina (Júlia Gomes), a garota mais popular da escola. Sentindo-se excluída, Tetê trava amizade com Zeca (Marcus Bessa) e Davi (Gabriel Lima), e, juntos, os três vão tentar sobreviver ao ano escolar e despertar a autoestima que eles nem sabiam que tinham.

Já nos minutos iniciais de ‘Confissões de uma Garota Excluída’ fica bastante claro que embora a história do filme se passe no universo dos 16 anos, a abordagem narrativa é voltada para um público mais jovem, na faixa dos 12, 13 anos. Talvez exatamente por isso a linguagem e a abordagem dos temas tenham sido tão didáticas, para que o público pudesse entender literalmente a moral da história.

Filmado durante a pandemia em 2020, fica bastante evidente os cuidados e adaptações que a produção teve que abraçar para garantir a segurança do elenco – e essas cenas, gravadas em CGI, particularmente devem ser valorizadas pois são o retrato do esforço coletivo para trazer entretenimento ao público juvenil.

O roteiro de Bruno Garotti, Flávia Lins, Christiana Oliveira e Thalita Rebouças traça uma jornada de descoberta da autonomia da jovem Tetê a partir das diversas demandas adolescentes que atravessam o caminho dela, que, por sua vez, não consegue se entender ainda. Com um primeiro arco acelerado, o segundo arco dá umas escorregadas, picotando algumas histórias e inserindo outras para nenhum fim específico (como os avôs de Davi); já a reta final ganha uma inesperada reviravolta, que diverte o público bem ao estilo dos jogos de tabuleiro.

Confissões de uma Garota Excluída’ presta um grande serviço ao abordar as diferentes formas de bullying sofridos pela garotada, incluindo aqueles provocados pelos próprios familiares. Não há nenhuma dúvida de que Thalita Rebouças (que novamente faz participação em seu próprio filme, dessa vez com mais falas) conhece e sabe entregar exatamente o que seu público precisa para conseguir se expressar e se reconhecer nas histórias – que, a cada filme, dá uma renovada no elenco, dando mais e mais oportunidades para jovens talentos despontarem nas telonas. E, a ver pelas continuações literárias, é bem capaz de cada jovem ator desta produção ganhar em breve seu próprio filme.

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