terça-feira , 5 novembro , 2024

Crítica | Contra o Gelo – Atores de ‘Game of Thrones’ voltam a contracenar em Aventura Real sobre a Groelândia

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Nem parece, mas já faz três anos que a aclamada série ‘Game of Thrones’ acabou. Para uns, é muito tempo; para outros, parece que foi ontem que Daenerys entrou com seu dragão cuspindo fogo em tudo. Em três anos, poucos trabalhos têm sido vistos do elenco principal da série. Após o sucesso com Jamie Lannister, o ator dinamarquês Nikolaj Coster-Waldau parece ter dado uma pausa na carreira, retomando-a apenas recentemente, com o lançamento de ‘Sabor do Desejo’, de 2021 (cuja crítica pode ser lida aqui) e agora com a aventura histórica ‘Contra o Gelo’, que, desde sua estreia tem se mantido o Top 10 da Netflix.

Em 1909 uma grande disputa acontecia no hemisfério norte: por um lado, os Estados Unidos reclamam para si o território da Terra de Peary, uma península ao norte da Groelândia que, à época, acreditava-se ser uma ilha; por outro, a Dinamarca buscava provar a independência geográfica daquele país e manter o local como parte do império dinamarquês. Para isso, era preciso buscar provas, portanto, diversas expedições exploratórias foram enviadas ao Ártico, porém, todos os homens falhavam miseravelmente – até a companhia do Capitão Ejnar Mikkelsen (Nikolaj Coster-Waldau), que, com a ajuda do mecânico voluntário Iver Iversen (Joe Cole) e de cães especiais, busca ir atrás dos registros de um antigo explorador, que teria encontrado a resposta geográfica para esse impasse e teria registrado tudo em um caderno, deixado em algum lugar no norte do Ártico.

Enquanto ator de origem dinamarquesa, é muito legal ver o empenho de Nikolaj Coster-Waldau em, após seu sucesso em GOT, se dedicar a produções que contem as histórias de seu país (como este ‘Contra o Gelo’, no qual também escreveu o roteiro) ou que ajudem a divulgar sua cultura (como em ‘Sabor do Desejo’, em que ele fala sua língua natal várias vezes). Para nós, espectadores brasileiros, alheios às muitas histórias dos países europeus não hegemônicos, ‘Contra o Gelo’ é uma oportunidade de conhecer mais sobre locais inóspitos que não fazem parte da rota turística padrão.

Baseado na história real e no romance escrito pelo próprio Ejnar Mikkelsen, em uma hora e quarenta de duração o filme transporta o espectador para a realidade dura dos exploradores das partes extremas do globo, trazendo os desafios cruéis de se enfrentar frio e gelo constante mesmo durante as épocas de temperatura mais amena. Assim, o roteiro do protagonista com Joe Derrick pode ser dividido em duas partes: a primeira, a busca pelo objetivo, em que os dois personagens encaram as dificuldades de equilibrar a própria alimentação e a dos cães (alerta: aos mais sensíveis, essa primeira parte contém cenas de sofrimento dos animais); e a segunda parte, o retorno dos dois ao ponto de encontro, quando o desafio maior é conviver um com o outro depois de tantos obstáculos.

Bem dirigido por Peter Flinth e sem grandes estripulias orçamentárias, ‘Contra o Gelo’ ainda conta com a participação de Charles Dance (sim, o Tywin Lannister, pai de Jamie) e joga luz sobre uma importante disputa territorial que, de certo modo, ainda permanece nos dias de hoje. Para quem viu ‘Vikings: Valhalla’, é um filme obrigatório para assistir, uma vez que exemplifica como até hoje os territórios vikings continuam suas lutas por proteger suas terras, só que de maneiras mais modernas.

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Janda Montenegrohttp://cinepop.com.br
Escritora, autora de 6 livros, roteirista, assistente de direção. Doutora em Literatura Brasileira Indígena UFRJ.

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Em 1909 uma grande disputa acontecia no hemisfério norte: por um lado, os Estados Unidos reclamam para si o território da Terra de Peary, uma península ao norte da Groelândia que, à época, acreditava-se ser uma ilha; por outro, a Dinamarca buscava provar a independência geográfica daquele país e manter o local como parte do império dinamarquês. Para isso, era preciso buscar provas, portanto, diversas expedições exploratórias foram enviadas ao Ártico, porém, todos os homens falhavam miseravelmente – até a companhia do Capitão Ejnar Mikkelsen (Nikolaj Coster-Waldau), que, com a ajuda do mecânico voluntário Iver Iversen (Joe Cole) e de cães especiais, busca ir atrás dos registros de um antigo explorador, que teria encontrado a resposta geográfica para esse impasse e teria registrado tudo em um caderno, deixado em algum lugar no norte do Ártico.

Enquanto ator de origem dinamarquesa, é muito legal ver o empenho de Nikolaj Coster-Waldau em, após seu sucesso em GOT, se dedicar a produções que contem as histórias de seu país (como este ‘Contra o Gelo’, no qual também escreveu o roteiro) ou que ajudem a divulgar sua cultura (como em ‘Sabor do Desejo’, em que ele fala sua língua natal várias vezes). Para nós, espectadores brasileiros, alheios às muitas histórias dos países europeus não hegemônicos, ‘Contra o Gelo’ é uma oportunidade de conhecer mais sobre locais inóspitos que não fazem parte da rota turística padrão.

Baseado na história real e no romance escrito pelo próprio Ejnar Mikkelsen, em uma hora e quarenta de duração o filme transporta o espectador para a realidade dura dos exploradores das partes extremas do globo, trazendo os desafios cruéis de se enfrentar frio e gelo constante mesmo durante as épocas de temperatura mais amena. Assim, o roteiro do protagonista com Joe Derrick pode ser dividido em duas partes: a primeira, a busca pelo objetivo, em que os dois personagens encaram as dificuldades de equilibrar a própria alimentação e a dos cães (alerta: aos mais sensíveis, essa primeira parte contém cenas de sofrimento dos animais); e a segunda parte, o retorno dos dois ao ponto de encontro, quando o desafio maior é conviver um com o outro depois de tantos obstáculos.

Bem dirigido por Peter Flinth e sem grandes estripulias orçamentárias, ‘Contra o Gelo’ ainda conta com a participação de Charles Dance (sim, o Tywin Lannister, pai de Jamie) e joga luz sobre uma importante disputa territorial que, de certo modo, ainda permanece nos dias de hoje. Para quem viu ‘Vikings: Valhalla’, é um filme obrigatório para assistir, uma vez que exemplifica como até hoje os territórios vikings continuam suas lutas por proteger suas terras, só que de maneiras mais modernas.

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