domingo , 22 dezembro , 2024

Crítica | Depois de Tudo: Novo e aclamado drama original da TNT estreia HOJE À NOITE

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Depois de Tudo estreia nesta sexta-feira, dia 13 de novembro, às 22h30(BSB) na TNT

É interessante como alguns relacionamentos são calcados pelo sofrimento. É comum testemunharmos casamentos, uniões e afins definhando com o tempo, diante do agravamento de certos problemas. Mas há outros romances em que tudo que lhes resta é de fato o apego e conexão a partir de uma dor. E Depois de Tudo faz essa reflexão de maneira excepcional, trazendo-a para o público da maneira mais fácil de ser compreendida: Pela ótica de dois jovens no auge de uma fase naturalmente regada a desapegos emocionais. E quando uma dor real e sem precedentes entra em cena, o caos se transforma em uma boa companhia e em um terreno fértil para um “amor” às avessas começar.



O novo drama codirigido e co-roteirizadopor Hannah Marks e Joey Power já logo de cara nos surpreende justamente por inverter sua construção narrativa. Ao invés de transformar a doença como o estágio final de um relacionamento, a produção começa pelo que – teoricamente – seria o fim, mostrando o lado B da doença, quando há também o espaço para a cura e todas as suas demais consequências subsequentes. De forma profundamente realista, o longa – lançado no festival South by Southwest (SXSW) – quebra parte da nossa idealização de romance, após construir exatamente isso na mente do espectador. Aqui, esse viés mais romantizado e até mesmo hipnotizante do amor juvenil é usado apenas como uma isca para fisgar a audiência para a segunda metade da trama, quando tudo começa a desabar, ironicamente no instante em que a vida começa a entrar nos eixos.

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Com reflexões profundas que tomam o público de maneira praticamente inerente, Depois de Tudo mostra como um relacionamento alicerçado pela dor não se sustenta diante do fator comum de uma rotina com duas pessoas saudáveis. Aqui, aprende-se que muito mais do que no sofrimento, um casal cresce, se descobre, se reconhece e se desenvolve na naturalidade e simplicidade de uma rotina normal. É ali, na suposta mesmice, que romances vão além de contos cinematográficos com cenas bem elaboradas e lúdicas, ao som de uma trilha apaixonante. É ali que o amor genuinamente é provado ou reprovado.

E Depois de Tudo quebra aquela construção de final ideal que fazemos ao longo de todo o filme, nos encharcando com uma realidade que tem um sabor muito mais agridoce do que esperávamos. Trazendo aqui Jeremy Allen White (Shameless) e Maika Monroe como os protagonistas, a produção se desenvolve bem nas mãos da dupla, que apresenta uma dinâmica completamente natural e orgânica em cena.

Com uma direção simples, que se concentra mesmo na parte relacional de todos os personagens, o romance dramático é muito mais do que esperávamos e faz ainda um Raio X sobre como a impulsividade juvenil pode acabar sendo tão dilacerante. Cheio de carisma e com uma trilha sonora adaptada que se encaixa ao formato indie que a produção possui, Depois de Tudo é mais um daqueles presentes nascidos em festivais de cinema que a emissora TNT traz ao público geral, democratizando o acesso à produções como esta, que mesmo após o seu fim, nos fará refletir por um bom tempo.

 

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É interessante como alguns relacionamentos são calcados pelo sofrimento. É comum testemunharmos casamentos, uniões e afins definhando com o tempo, diante do agravamento de certos problemas. Mas há outros romances em que tudo que lhes resta é de fato o apego e conexão a partir de uma dor. E Depois de Tudo faz essa reflexão de maneira excepcional, trazendo-a para o público da maneira mais fácil de ser compreendida: Pela ótica de dois jovens no auge de uma fase naturalmente regada a desapegos emocionais. E quando uma dor real e sem precedentes entra em cena, o caos se transforma em uma boa companhia e em um terreno fértil para um “amor” às avessas começar.

O novo drama codirigido e co-roteirizadopor Hannah Marks e Joey Power já logo de cara nos surpreende justamente por inverter sua construção narrativa. Ao invés de transformar a doença como o estágio final de um relacionamento, a produção começa pelo que – teoricamente – seria o fim, mostrando o lado B da doença, quando há também o espaço para a cura e todas as suas demais consequências subsequentes. De forma profundamente realista, o longa – lançado no festival South by Southwest (SXSW) – quebra parte da nossa idealização de romance, após construir exatamente isso na mente do espectador. Aqui, esse viés mais romantizado e até mesmo hipnotizante do amor juvenil é usado apenas como uma isca para fisgar a audiência para a segunda metade da trama, quando tudo começa a desabar, ironicamente no instante em que a vida começa a entrar nos eixos.

Com reflexões profundas que tomam o público de maneira praticamente inerente, Depois de Tudo mostra como um relacionamento alicerçado pela dor não se sustenta diante do fator comum de uma rotina com duas pessoas saudáveis. Aqui, aprende-se que muito mais do que no sofrimento, um casal cresce, se descobre, se reconhece e se desenvolve na naturalidade e simplicidade de uma rotina normal. É ali, na suposta mesmice, que romances vão além de contos cinematográficos com cenas bem elaboradas e lúdicas, ao som de uma trilha apaixonante. É ali que o amor genuinamente é provado ou reprovado.

E Depois de Tudo quebra aquela construção de final ideal que fazemos ao longo de todo o filme, nos encharcando com uma realidade que tem um sabor muito mais agridoce do que esperávamos. Trazendo aqui Jeremy Allen White (Shameless) e Maika Monroe como os protagonistas, a produção se desenvolve bem nas mãos da dupla, que apresenta uma dinâmica completamente natural e orgânica em cena.

Com uma direção simples, que se concentra mesmo na parte relacional de todos os personagens, o romance dramático é muito mais do que esperávamos e faz ainda um Raio X sobre como a impulsividade juvenil pode acabar sendo tão dilacerante. Cheio de carisma e com uma trilha sonora adaptada que se encaixa ao formato indie que a produção possui, Depois de Tudo é mais um daqueles presentes nascidos em festivais de cinema que a emissora TNT traz ao público geral, democratizando o acesso à produções como esta, que mesmo após o seu fim, nos fará refletir por um bom tempo.

 

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