domingo , 17 novembro , 2024

Crítica | Dua Lipa entrega uma das melhores músicas do ano com “Break My Heart”

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Dua Lipa começou seu ascendente sucesso ainda em 2017 com o dançante pop “New Rules”, entregando pouco depois um competente álbum homônimo que a colocava nos holofotes como uma das próximas grandes artistas do gênero.

Mas não seria até o final do ano passado que a cantora e compositora encontraria sua verdadeira voz: o lançamento de “Don’t Start Now” faria o mundo retornar para os anos 1970 e 1980, recordando das pistas de danças das clássicas discotecas com a sólida e ao mesmo tempo original e dançante canção – nos deixando animados para seu próximo CD, intitulado Future Nostalgia.

E, sem sombra de dúvida, os últimos meses parecem ter sido um presente de Dua Lipa para seus fãs e para si mesma. Sua borbulhante e ácida personalidade casou perfeitamente com iterações como a dissonante Future Nostalgia, a saudosista “Physical” e, no dia de hoje (26), uma das melhores produções do ano: “Break My Heart”.



Logo no começo, a performer opta por seus vocais mais graves, oscilando à medida que o minimalista synth-pop transforma-se numa onírica balada antes de um incrível dropbeat que deixaria Diana RossGloria Gaynor extremamente orgulhosas. Envolta pelas notas agudas dos violinos e pela retumbante bateria, ela nos apresenta uma divertida história de amor ambientada num videoclipe irretocável, cuja direção de arte oscila entre o kitsch e o camp sem perder a mão de sutilezas coloridas, vibrantes – e bastante narcóticas.

Mais do que isso, é incrível o modo como Dua Lipa brinca com rendições teatrais, por vezes abraçando a linearidade, por vezes ousando um crescendo que entra em deliciosa divergência com o instrumental – o que mostra que sua maturação artística não poderia ter vindo em melhor hora (e em melhor forma).

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Thiago Nollahttps://www.editoraviseu.com.br/a-pedra-negra-prod.html
Em contato com as artes em geral desde muito cedo, Thiago Nolla é jornalista, escritor e drag queen nas horas vagas. Trabalha com cultura pop desde 2015 e é uma enciclopédia ambulante sobre divas pop (principalmente sobre suas musas, Lady Gaga e Beyoncé). Ele também é apaixonado por vinho, literatura e jogar conversa fora.

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E, sem sombra de dúvida, os últimos meses parecem ter sido um presente de Dua Lipa para seus fãs e para si mesma. Sua borbulhante e ácida personalidade casou perfeitamente com iterações como a dissonante Future Nostalgia, a saudosista “Physical” e, no dia de hoje (26), uma das melhores produções do ano: “Break My Heart”.

Logo no começo, a performer opta por seus vocais mais graves, oscilando à medida que o minimalista synth-pop transforma-se numa onírica balada antes de um incrível dropbeat que deixaria Diana RossGloria Gaynor extremamente orgulhosas. Envolta pelas notas agudas dos violinos e pela retumbante bateria, ela nos apresenta uma divertida história de amor ambientada num videoclipe irretocável, cuja direção de arte oscila entre o kitsch e o camp sem perder a mão de sutilezas coloridas, vibrantes – e bastante narcóticas.

Mais do que isso, é incrível o modo como Dua Lipa brinca com rendições teatrais, por vezes abraçando a linearidade, por vezes ousando um crescendo que entra em deliciosa divergência com o instrumental – o que mostra que sua maturação artística não poderia ter vindo em melhor hora (e em melhor forma).

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