sábado , 2 novembro , 2024

Crítica | Fim da Estrada – Queen Latifah e Ludacris estrelam Thriller da Netflix à la Jordan Peele

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Queen Latifah iniciou sua carreira artística primeiramente cantando rap, no início dos anos 1990. Com seu rostinho simpático, um vozeirão poderoso e uma atitude de mulher forte, a rainha Latifah rapidamente fez seu nome na indústria fonográfica, e não demorou para que convites para participar da indústria cinematográfica surgissem. De lá para cá foram mais de 45 séries e filmes, muitos dos quais no gênero da comédia, que é onde ela alcançou sucesso mundial. Apesar de termos nos acostumado a vê-la sorrindo em filmes mais leves, é no drama que Queen Latifah se supera, como pode ser visto em ‘Fim da Estrada’, seu mais novo filme que chegou recentemente à Netflix.

Brenda (Queen Latifah, de ‘As Férias da Minha Vida’) perdeu o marido recentemente para o câncer. Durante a luta contra a doença, ela gastou todas as economias da família para ajudar o marido, mas, agora, ela não tem mais como manter a casa onde mora e decide se mudar com a família para outro estado. Então, ela empacota tudo e sai numa viagem de carro cruzando os Estados Unidos com sua filha mais velha, Kelly (Mychala Lee), o caçula Cam (Shaun Dixon), e seu irmão e tio das crianças, Reggie (o também cantor Ludacris). Porém, em uma das paradas que fazem, a família testemunha um assassinato no quarto ao lado. Por ser enfermeira, Brenda tenta ajudar a vítima, mas é em vão. Assustados, decidem ir embora, mas antes Reggie pega uma mala de dinheiro da vítima, imaginando que o morto não faria mais uso da grana. O problema é que o verdadeiro dono da mala descobre, e começa a caçá-los para reaver o que é seu.

Tirando a frustração que é o título e a capa do filme darem a entender de que se trata de comédia, passado o choque inicial o espectador descobre que ‘Fim da Estrada’ é um filme muito bom. Numa pegada meio Jordan Peele, o roteiro de Christopher J. Moore e David Loughery começa com o drama da família típico, com crianças resmunguentas e a mãe passando perrengue, para, aos poucos, transformar a história em um thriller de ação com pano de fundo racial que piora ainda mais a situação em que os personagens se encontram. Porque afinal, cruzar os Estados Unidos de carro é fácil, desde que não seja uma pessoa preta adentrando o território dos supremacistas brancos no centro-oeste do país.

Para lidar com uma situação tão delicada, Queen Latifah comprova porque leva o nome de rainha. Sua interpretação comovente leva o espectador ao limite na cena em que ela tem que negociar com dois rapazes que liberem a passagem do seu carro no fim do primeiro arco da trama. A diretora Milicent Shelton consegue criar o clima de tensão necessário no seu elenco para demonstrar ao espectador que o pior terror que enfrentamos são as situações cotidianas criadas pelo próprio ser humano.

Surpreendentemente, ‘Fim da Estrada’ transita entre gêneros de maneira coesa e envolvente. Partindo de uma situação trivial e contando com as boas atuações do elenco e uma trilha sonora ótima, o suspense com ação intriga e prende a atenção, mesmo que se torne repetitivo e um tanto forçado em seu terceiro ato.

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Janda Montenegrohttp://cinepop.com.br
Escritora, autora de 6 livros, roteirista, assistente de direção. Doutora em Literatura Brasileira Indígena UFRJ.

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Queen Latifah iniciou sua carreira artística primeiramente cantando rap, no início dos anos 1990. Com seu rostinho simpático, um vozeirão poderoso e uma atitude de mulher forte, a rainha Latifah rapidamente fez seu nome na indústria fonográfica, e não demorou para que convites para participar da indústria cinematográfica surgissem. De lá para cá foram mais de 45 séries e filmes, muitos dos quais no gênero da comédia, que é onde ela alcançou sucesso mundial. Apesar de termos nos acostumado a vê-la sorrindo em filmes mais leves, é no drama que Queen Latifah se supera, como pode ser visto em ‘Fim da Estrada’, seu mais novo filme que chegou recentemente à Netflix.

Brenda (Queen Latifah, de ‘As Férias da Minha Vida’) perdeu o marido recentemente para o câncer. Durante a luta contra a doença, ela gastou todas as economias da família para ajudar o marido, mas, agora, ela não tem mais como manter a casa onde mora e decide se mudar com a família para outro estado. Então, ela empacota tudo e sai numa viagem de carro cruzando os Estados Unidos com sua filha mais velha, Kelly (Mychala Lee), o caçula Cam (Shaun Dixon), e seu irmão e tio das crianças, Reggie (o também cantor Ludacris). Porém, em uma das paradas que fazem, a família testemunha um assassinato no quarto ao lado. Por ser enfermeira, Brenda tenta ajudar a vítima, mas é em vão. Assustados, decidem ir embora, mas antes Reggie pega uma mala de dinheiro da vítima, imaginando que o morto não faria mais uso da grana. O problema é que o verdadeiro dono da mala descobre, e começa a caçá-los para reaver o que é seu.

Tirando a frustração que é o título e a capa do filme darem a entender de que se trata de comédia, passado o choque inicial o espectador descobre que ‘Fim da Estrada’ é um filme muito bom. Numa pegada meio Jordan Peele, o roteiro de Christopher J. Moore e David Loughery começa com o drama da família típico, com crianças resmunguentas e a mãe passando perrengue, para, aos poucos, transformar a história em um thriller de ação com pano de fundo racial que piora ainda mais a situação em que os personagens se encontram. Porque afinal, cruzar os Estados Unidos de carro é fácil, desde que não seja uma pessoa preta adentrando o território dos supremacistas brancos no centro-oeste do país.

Para lidar com uma situação tão delicada, Queen Latifah comprova porque leva o nome de rainha. Sua interpretação comovente leva o espectador ao limite na cena em que ela tem que negociar com dois rapazes que liberem a passagem do seu carro no fim do primeiro arco da trama. A diretora Milicent Shelton consegue criar o clima de tensão necessário no seu elenco para demonstrar ao espectador que o pior terror que enfrentamos são as situações cotidianas criadas pelo próprio ser humano.

Surpreendentemente, ‘Fim da Estrada’ transita entre gêneros de maneira coesa e envolvente. Partindo de uma situação trivial e contando com as boas atuações do elenco e uma trilha sonora ótima, o suspense com ação intriga e prende a atenção, mesmo que se torne repetitivo e um tanto forçado em seu terceiro ato.

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