domingo , 22 dezembro , 2024

Crítica | Handmaid’s Tale – A melhor série de 2017

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Por Amanda Manfredini

A Netflix que se cuide, pois a plataforma Hulu vem chegando com a mesma proposta dela e já acirrou a concorrência cravando 2 pés no peito ao trazer o livro que dá nome à série para uma das melhores tramas que você vai assistir na vida. O elenco é de peso, o visual é um deleite para os olhos e a trilha sonora é certeira! Prepare seu estômago para digerir tudo sobre essa série que vai te pegar.



Ao ser lançado em 1985, o livro O conto de Aia poderia até parecer narrar um futuro distópico com proporções atreladas a um passado onde as mulheres sofriam muito mais o peso da sociedade do que hoje. Mas temos que admitir que parece que estamos encarando esse passado novamente com tanta força que não é mais exagero dizer que a série não fala sequer sobre tempos que virão, mas ilustra uma assustadora realidade próxima e já presente em vários lugares onde as mulheres nada podem.

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Se você assistir ao trailer da série ou caçar imagens esporádicas, sua mente será contaminada pela ideia de que Handmaid’s Tale é uma série “de época”, e que ela fala do controle masculino em um tempo em que ele era muito mais gritante. O choque acontece quando você assiste ao conjunto total e ouve músicas que você conhece, vê um mundo externo totalmente atual onde personagens se conhecem por Tinder e pedem um Uber para chegar onde precisam. O roteiro dá um soco no estômago quando você vê que a série se passa exatamente onde estamos.

Em uma América desconstruída e com um sério problema de fertilidade, vários homens poderosos e suas submissas esposas não conseguem dar continuidade à sua “nobre linhagem”, problema esse que acaba recaindo sobre mulheres normais e férteis que tem todas as suas posses caçadas para que elas possam servir a essas famílias, sendo usadas até o limite para darem a luz a filhos que elas jamais poderão cuidar.

Assim, elas passam por um treinamento que inclui da mais severa lavagem cerebral aos mais pesados castigos corporais sempre que elas relutam a aceitarem gratuitamente sua nova utilidade nesse mundo. Toda falta de obediência é punida, e ela também se recai sobre homens quando eles não têm interesse nas questões ligadas a um mundo controlado e perfeito, mas falaremos mais disso um pouco mais pra frente.

Na série, vemos o mundo pela visão de Offred – que, na realidade, chama-se June. A série começa com ela, seu marido e sua filha sendo perseguidos. Ele fica para trás, ouvimos tiros, ela tenta fugir, mas, no fim, é pega e tem sua filha tirada de seus braços. Por ser fértil, June acaba se tornando uma aia e, como todas elas, ela tem todos seus direitos retirados – incluindo seu próprio nome – e passa a viver na casa do comandante Fred, tentando dar a ele e sua esposa uma criança.

Em um dos momentos de maior sagacidade do enredo, podemos perceber que o nome das aias muda com o tempo, não bastasse o fato de elas não poderem mais ser chamadas por seus nomes de batismo. June, no caso, vira Offred, e isso não se dá por acaso. Como podemos ver, o comandante dela se chama Fred e, sendo assim, June passa a ser “of Fred”, ou seja, do Fred. Essa ironia torna-se ainda maior quando vemos o cotidiano das aias. Elas respondem às ordens da mulher da casa, das esposas dos comandantes. Com eles, elas apenas têm contato na cerimônia, que é o momento fértil delas no mês onde elas são estupradas por eles para engravidarem. Se for a função das aias serem “propriedades” de alguém, elas pertencem muito mais às esposas que aos homens, mas, ainda assim, são eles que tornam-se donos delas.

Offred é interpretada genialmente por Elizabeth Moss, e nenhuma escolha poderia ter sido mais precisa! Além da interpretação contida e genial de uma atriz que não precisa sequer de falas para transmitir seu mundo interior, o papel de maior destaque dela até o momento também era de uma mulher forte inserida em um ambiente machista e opressor com as mulheres. Afinal foi ela quem deu vida à maravilhosa e emblemática Peggy na fodástica série Mad Men.

Aqui ela trouxe à tona uma aia questionadora e inquieta, uma sobrevivente que tantas vezes pensa em desistir, mas se mantém firme para reencontrar sua filha, uma vez que ela tem certeza que seu marido está morto. Offred é levada à casa de Fred pelo fato de que a aia antiga deles suicidou-se, justamente por não aguentar a pressão que é a vida de uma delas.

Todo mês, em seu período fértil, Offred é estuprada por Fred na chamada “Cerimônia”. Nesse momento as aias tem que deitar a cabeça no meio das pernas das esposas dos comandantes, que ficam sentadas próximas da cabeceira da cama segurando as aias pelos punhos, enquanto seus maridos estão na outra extremidade da cama estuprando as aias, que devem permanecer imóveis, sem demonstrar tipo algum de sensação, apenas esperando para engravidarem e serem dispensadas da casa em que estão após amamentarem os filhos que sequer poderão criar. Assim, elas vão para outra casa para servir a um outro comandante e virarem uma Of+ o nome de seu novo dono.

Esporadicamente as aias tem a oportunidade de descontarem sua raiva do mundo. Isso acontece em duas situações pontuais. A mais frequente é quando elas julgam umas às outras, sendo instruídas a colocar no chão a estima de alguma delas que tenha cometido alguma falha. A instrução é clara: as mulheres são fortemente treinadas para odiarem umas às outras, afinal a união delas pode gerar um grande estrago. As esposas dos comandantes odeiam as aias, afinal elas não podem ter relações com os próprios maridos, com o intuito de terem filhos vindos de outras mulheres. As aias andam sempre juntas, sem poder dar um passo além numa conversa, pois são instruídas a não confiarem umas nas outras.

Sim, essa não é uma série para quem acha que o feminismo é mimimi. Não é indicada para homens que acham que a mulher tem que ser posta debaixo de suas asas e protegida. Ela não é para mulheres que acham que outra falar sobre a sua vida pessoal na TV é exposição desnecessária ou o começo do fim do mundo.

Voltando ao assunto anterior, as aias também tem a chance de exorcizar como se sentem descontando sua raiva em outros homens, e aí temos mais uma vez uma forte ironia na série. Em uma cena emblemática, elas são convidadas a bater, chutar, enfim, fazer o que quiserem por um tempo determinado com um homem condenado… acusado de estupro! Sim, da mesma coisa que é feita pelos comandantes com total consentimento. Se você não for um homem nobre heterossexual, também tem um alvo na testa para ser exterminado de um mundo perfeito, com base nas morais e valores pregados na religião.

Em uma crítica ainda pesada, porém mais leve que as outras, a série fala da frequente distorção feita por fanáticos religiosos, onde tudo é permitido mediante as interpretações deles sobre a palavra de Deus. Uma mulher homossexual que não é fértil, não merece viver. Um homem que estupra por necessidade de sexo, em um mundo onde não se vê mais mulheres pelas ruas, é um depravado, mas o homem rico que estupra uma mulher por muito tempo para ter um filho, é perdoado e endeusado.

Handmaid’s Tale tem um papel importante em atacar frases e comportamentos que parecem inofensivos, mas tomam grandes proporções pela sua repetição. Ela mostra a saga de mulheres que querem viver vidas normais, casar e constituir uma família, mas também desejam trabalhar e serem donas do próprio nariz, sem terem que ficar enfurnadas dentro de casa à mercê do que os outros. Ela levanta a bandeira de que a mulher é uma parte da família, mas não a responsável pelo bem estar dela. Aponta que a mãe da família também pode sair para trabalhar, fazer seu próprio dinheiro, cuidar dos filhos sozinha, mas que não precisa se atrelar ao papel de esposa e mãe, como se tivesse nascido só para isso.

O incômodo que isso gera na sociedade, e o machismo pungente que vem principalmente de outras mulheres que não entendem o desligamento que algumas querem ter de ser a espinha dorsal de uma família é o fator de nascimento de todo o enredo e reforça, novamente, porque a série não narra um futuro distópico, e pode estar enlaçada, mais que nunca, no momento atual que muitos países vivem.

Vemos espalhados pelo mundo, países em que as mulheres não podem votar e ainda servem única e exclusivamente para a finalidade de procriação – tema que já foi fortemente abordado em filmes como Anticristo e A Caixa, ambos de 2009.

A série já foi confirmada para uma segunda temporada, o que não é nenhuma surpresa. Além de se fazer necessária a continuação da história, que segue inconclusiva, Handmaid’s Tale tem um elenco de primeira linha, que dão forma a personagens marcantes.

Além de Elizabeth Moss, temos também aqui Yvonne Strzechowski (Dexter), Max Minghella (A Rede Social), Joseph Fiennes (Shakespeare Apaixonado), Samira Wiley e Madeline Brewer (Orange is the new black). Por fim, vale muito a pena destacar a atuação de Alexis Bledel, que conseguiu distinguir-se totalmente de todos os anos interpretando a Rory de Gilmore Girls e faz uma das melhores e mais dramáticas personagens da série.

Handmaid’s Tale tem algumas doses de hipérbole, mas sem perder a força de seu enredo ou a credibilidade de sua narrativa. É uma série bem dirigida, com uma fotografia de tirar o fôlego e uma trilha sonora que trabalha em favor da trama. A história é forte, desce como uma bebida amarga pela garganta e vai trabalhar com sentimentos que poucas séries se deram ao luxo de explorar.

É uma interessante e impecável introdução de muitos de nós ao que a Hulu está por trazer, podendo roubar uma grande fatia de mercado da Netflix, que anda dando uma desapontada na galera que é entusiasta das suas produções originais.

Urgente e importante, é lógico que a melhor série de 2017 só tem como levar uma nota 10 e esgotar o nosso saco de paciência pela espera da segunda temporada.

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Ao ser lançado em 1985, o livro O conto de Aia poderia até parecer narrar um futuro distópico com proporções atreladas a um passado onde as mulheres sofriam muito mais o peso da sociedade do que hoje. Mas temos que admitir que parece que estamos encarando esse passado novamente com tanta força que não é mais exagero dizer que a série não fala sequer sobre tempos que virão, mas ilustra uma assustadora realidade próxima e já presente em vários lugares onde as mulheres nada podem.

Se você assistir ao trailer da série ou caçar imagens esporádicas, sua mente será contaminada pela ideia de que Handmaid’s Tale é uma série “de época”, e que ela fala do controle masculino em um tempo em que ele era muito mais gritante. O choque acontece quando você assiste ao conjunto total e ouve músicas que você conhece, vê um mundo externo totalmente atual onde personagens se conhecem por Tinder e pedem um Uber para chegar onde precisam. O roteiro dá um soco no estômago quando você vê que a série se passa exatamente onde estamos.

Em uma América desconstruída e com um sério problema de fertilidade, vários homens poderosos e suas submissas esposas não conseguem dar continuidade à sua “nobre linhagem”, problema esse que acaba recaindo sobre mulheres normais e férteis que tem todas as suas posses caçadas para que elas possam servir a essas famílias, sendo usadas até o limite para darem a luz a filhos que elas jamais poderão cuidar.

Assim, elas passam por um treinamento que inclui da mais severa lavagem cerebral aos mais pesados castigos corporais sempre que elas relutam a aceitarem gratuitamente sua nova utilidade nesse mundo. Toda falta de obediência é punida, e ela também se recai sobre homens quando eles não têm interesse nas questões ligadas a um mundo controlado e perfeito, mas falaremos mais disso um pouco mais pra frente.

Na série, vemos o mundo pela visão de Offred – que, na realidade, chama-se June. A série começa com ela, seu marido e sua filha sendo perseguidos. Ele fica para trás, ouvimos tiros, ela tenta fugir, mas, no fim, é pega e tem sua filha tirada de seus braços. Por ser fértil, June acaba se tornando uma aia e, como todas elas, ela tem todos seus direitos retirados – incluindo seu próprio nome – e passa a viver na casa do comandante Fred, tentando dar a ele e sua esposa uma criança.

Em um dos momentos de maior sagacidade do enredo, podemos perceber que o nome das aias muda com o tempo, não bastasse o fato de elas não poderem mais ser chamadas por seus nomes de batismo. June, no caso, vira Offred, e isso não se dá por acaso. Como podemos ver, o comandante dela se chama Fred e, sendo assim, June passa a ser “of Fred”, ou seja, do Fred. Essa ironia torna-se ainda maior quando vemos o cotidiano das aias. Elas respondem às ordens da mulher da casa, das esposas dos comandantes. Com eles, elas apenas têm contato na cerimônia, que é o momento fértil delas no mês onde elas são estupradas por eles para engravidarem. Se for a função das aias serem “propriedades” de alguém, elas pertencem muito mais às esposas que aos homens, mas, ainda assim, são eles que tornam-se donos delas.

Offred é interpretada genialmente por Elizabeth Moss, e nenhuma escolha poderia ter sido mais precisa! Além da interpretação contida e genial de uma atriz que não precisa sequer de falas para transmitir seu mundo interior, o papel de maior destaque dela até o momento também era de uma mulher forte inserida em um ambiente machista e opressor com as mulheres. Afinal foi ela quem deu vida à maravilhosa e emblemática Peggy na fodástica série Mad Men.

Aqui ela trouxe à tona uma aia questionadora e inquieta, uma sobrevivente que tantas vezes pensa em desistir, mas se mantém firme para reencontrar sua filha, uma vez que ela tem certeza que seu marido está morto. Offred é levada à casa de Fred pelo fato de que a aia antiga deles suicidou-se, justamente por não aguentar a pressão que é a vida de uma delas.

Todo mês, em seu período fértil, Offred é estuprada por Fred na chamada “Cerimônia”. Nesse momento as aias tem que deitar a cabeça no meio das pernas das esposas dos comandantes, que ficam sentadas próximas da cabeceira da cama segurando as aias pelos punhos, enquanto seus maridos estão na outra extremidade da cama estuprando as aias, que devem permanecer imóveis, sem demonstrar tipo algum de sensação, apenas esperando para engravidarem e serem dispensadas da casa em que estão após amamentarem os filhos que sequer poderão criar. Assim, elas vão para outra casa para servir a um outro comandante e virarem uma Of+ o nome de seu novo dono.

Esporadicamente as aias tem a oportunidade de descontarem sua raiva do mundo. Isso acontece em duas situações pontuais. A mais frequente é quando elas julgam umas às outras, sendo instruídas a colocar no chão a estima de alguma delas que tenha cometido alguma falha. A instrução é clara: as mulheres são fortemente treinadas para odiarem umas às outras, afinal a união delas pode gerar um grande estrago. As esposas dos comandantes odeiam as aias, afinal elas não podem ter relações com os próprios maridos, com o intuito de terem filhos vindos de outras mulheres. As aias andam sempre juntas, sem poder dar um passo além numa conversa, pois são instruídas a não confiarem umas nas outras.

Sim, essa não é uma série para quem acha que o feminismo é mimimi. Não é indicada para homens que acham que a mulher tem que ser posta debaixo de suas asas e protegida. Ela não é para mulheres que acham que outra falar sobre a sua vida pessoal na TV é exposição desnecessária ou o começo do fim do mundo.

Voltando ao assunto anterior, as aias também tem a chance de exorcizar como se sentem descontando sua raiva em outros homens, e aí temos mais uma vez uma forte ironia na série. Em uma cena emblemática, elas são convidadas a bater, chutar, enfim, fazer o que quiserem por um tempo determinado com um homem condenado… acusado de estupro! Sim, da mesma coisa que é feita pelos comandantes com total consentimento. Se você não for um homem nobre heterossexual, também tem um alvo na testa para ser exterminado de um mundo perfeito, com base nas morais e valores pregados na religião.

Em uma crítica ainda pesada, porém mais leve que as outras, a série fala da frequente distorção feita por fanáticos religiosos, onde tudo é permitido mediante as interpretações deles sobre a palavra de Deus. Uma mulher homossexual que não é fértil, não merece viver. Um homem que estupra por necessidade de sexo, em um mundo onde não se vê mais mulheres pelas ruas, é um depravado, mas o homem rico que estupra uma mulher por muito tempo para ter um filho, é perdoado e endeusado.

Handmaid’s Tale tem um papel importante em atacar frases e comportamentos que parecem inofensivos, mas tomam grandes proporções pela sua repetição. Ela mostra a saga de mulheres que querem viver vidas normais, casar e constituir uma família, mas também desejam trabalhar e serem donas do próprio nariz, sem terem que ficar enfurnadas dentro de casa à mercê do que os outros. Ela levanta a bandeira de que a mulher é uma parte da família, mas não a responsável pelo bem estar dela. Aponta que a mãe da família também pode sair para trabalhar, fazer seu próprio dinheiro, cuidar dos filhos sozinha, mas que não precisa se atrelar ao papel de esposa e mãe, como se tivesse nascido só para isso.

O incômodo que isso gera na sociedade, e o machismo pungente que vem principalmente de outras mulheres que não entendem o desligamento que algumas querem ter de ser a espinha dorsal de uma família é o fator de nascimento de todo o enredo e reforça, novamente, porque a série não narra um futuro distópico, e pode estar enlaçada, mais que nunca, no momento atual que muitos países vivem.

Vemos espalhados pelo mundo, países em que as mulheres não podem votar e ainda servem única e exclusivamente para a finalidade de procriação – tema que já foi fortemente abordado em filmes como Anticristo e A Caixa, ambos de 2009.

A série já foi confirmada para uma segunda temporada, o que não é nenhuma surpresa. Além de se fazer necessária a continuação da história, que segue inconclusiva, Handmaid’s Tale tem um elenco de primeira linha, que dão forma a personagens marcantes.

Além de Elizabeth Moss, temos também aqui Yvonne Strzechowski (Dexter), Max Minghella (A Rede Social), Joseph Fiennes (Shakespeare Apaixonado), Samira Wiley e Madeline Brewer (Orange is the new black). Por fim, vale muito a pena destacar a atuação de Alexis Bledel, que conseguiu distinguir-se totalmente de todos os anos interpretando a Rory de Gilmore Girls e faz uma das melhores e mais dramáticas personagens da série.

Handmaid’s Tale tem algumas doses de hipérbole, mas sem perder a força de seu enredo ou a credibilidade de sua narrativa. É uma série bem dirigida, com uma fotografia de tirar o fôlego e uma trilha sonora que trabalha em favor da trama. A história é forte, desce como uma bebida amarga pela garganta e vai trabalhar com sentimentos que poucas séries se deram ao luxo de explorar.

É uma interessante e impecável introdução de muitos de nós ao que a Hulu está por trazer, podendo roubar uma grande fatia de mercado da Netflix, que anda dando uma desapontada na galera que é entusiasta das suas produções originais.

Urgente e importante, é lógico que a melhor série de 2017 só tem como levar uma nota 10 e esgotar o nosso saco de paciência pela espera da segunda temporada.

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