sexta-feira , 22 novembro , 2024

Crítica | Homem-Aranha: Longe de Casa é o melhor filme do herói

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Quando Sam Raimi dirigiu o primeiro ‘Homem-Aranha‘ (2002), a moda dos filmes dos super-heróis tinha apenas começado com ‘X-Men‘ (2000) e o diretor conseguiu realizar um filme evento, cujo trailer bateu recorde de visualizações e transformou o amigão da vizinhança no herói mais querido dos cinemas – afinal, ele já era nos quadrinhos.

Mas foi com ‘Homem-Aranha 2′ (2004) que Raimi criou sua obra-prima, considerado até hoje o melhor filme sobre o amigão da vizinhança e um dos melhores filmes de super-heróis (ao lado de ‘Batman – O Cavaleiro das Trevas‘). Pois bem: após dois reboots e sete filmes live-action, o aracnídeo finalmente ganha seu melhor filme – empatado com ‘Homem-Aranha 2‘.



Homem-Aranha: Longe de Casa‘ é uma experiência cinematográfica inigualável, que mistura comédia, drama e ação na medida certa e entrega um blockbuster cheio de coração que vai conquistar até o fã mais xiita.

Apesar do material promocional não empolgar muito – os trailers e cartazes foram uma vergonha – é uma delicia chegar nos cinemas e ser surpreendido com uma história redondinha e cheia de plot twists criada pelos ótimos Chris McKenna e Erik Sommers – responsáveis também pelo filme anterior.

Justiça seja feita: essa sequência é infinitamente superior a ‘Homem-Aranha: De Volta ao Lar‘, que apresentou o herói para uma nova geração em uma aventura satisfatória, mas que não conseguiu mostrar o potencial de Tom Holland. Aqui, o ator nos conquista logo nos primeiros minutos e abraça o(s) uniforme(s) do Homem-Aranha de maneira esplêndida, conquistando o posto de melhor intérprete do amigão da vizinhança. O ator consegue transmitir a tristeza pela perda de seu mentor Tony Stark em momentos dramáticos muito bem desenvolvidos, e ainda assim a alegria de seguir a vida e tentar conquistar a garota de seus sonhos, MJ (Zendaya).

A trama começa logo após os eventos de ‘Vingadores: Ultimato‘ e o blip (termo usado aqui para o salto temporal de cinco anos criado pelo estalar de dedos do Thanos). Peter ainda sofre com a morte de Tony, mas decidiu seguir a vida e tirar umas férias do uniforme de herói enquanto viaja pela Europa com seus amigos de classe. O primeiro ato do filme é hilário, com um humor leve e tiradas cômicas inteligentíssimas que fazem a audiência gargalhar. A abertura presta homenagem a todos os personagens que morreram de maneira impagável, usando um artifício muito comum entre os adolescentes e uma música extremamente irreverente.

Este é o filme mais engraçado de todo o Universo Cinematográfico da Marvel, mas também traz todo o drama que segue os personagens após os eventos devastantes de ‘Ultimato‘. Ou seja, apesar de apostar no humor, o roteiro consegue desenvolver o arco dramático e trabalhar cada um dos personagens separadamente de maneira bastante eficiente, causando empatia com o espectador.

O grande destaque aqui vai para o Ned (vivido com maestria por Jacob Batalon), que engata um romance durante a viagem e é responsável pelas cenas mais divertidas do filme. Outro acerto é trazer uma MJ diferente daquela que nós já conhecíamos, uma garota cheia de convicções que adora uma teoria da conspiração. Zendaya traz um frescor para a personagem que navega entre ser misteriosa e meiga. Vê-la em tela com Tom Holland é uma delicia, e um dos grandes suspenses é se o casal ficará junto ou não.

Jake Gyllenhaal está sensacional como Quentin Beck/Mystério, um personagem cheio de camadas e motivações bastante interessantes, que tem uma ótima química com o protagonista. A maneira como desenvolveram sua trama consegue surpreender até mesmo aqueles que o conhecem das HQs, e os roteiristas tiveram muito cuidado para amarrar sua história de maneira realista e convincente.

A participação de Samuel L. Jackson (Nick Fury) e Cobie Smulders (Maria Hill) faz a ponte perfeita entre este filme e as produções anteriores da Marvel, sem contar que rende ótimos momentos humorados… e grandes surpresas.

Após um primeiro ato cheio de humor, e um segundo ato mais dramático, o ato finalmente é pura aventura e pancadaria. Arrisco a dizer que este também é o filme do herói com mais ação, já que temos diversos embates diferentes entre o aracnídeo e vários vilões, sempre nos surpreendendo com reviravoltas de cair o queixo que rendem mais e mais e mais cenas de ação. É um ritmo frenético que proporciona cenas repletas de efeitos especiais de ponta, e batalhas surpreendentes usando como pano de fundo as belíssimas locações da Europa, como Veneza, Londres, entre outras.

Além disso, o filme é recheado de easter eggs e referências às produções anteriores, sejam as estreladas por Tobey Maguire ou Andrew Garfield, tirando sarro de cenas icônicas que não envelheceram bem (como a que o Homem-Aranha leva Mary Jane por um passeio pelos ares e o cabelo dela não se mexe). Essas referências são divertidas e vão deixar os fãs pirando.

Inteligente, audacioso, divertido e cheio de ação, ‘Homem-Aranha: Longe de Casa‘ coloca a franquia nos trilhos e entrega um filme superior ao original. O final impactante abre caminhos para a franquia tomar novos rumos e entregar histórias nunca vistas antes no cinema. Você vai ficar boquiaberto com os rumos que eles tomam aqui, e ainda mais ansioso para saber o desenrolar dos eventos apresentados nos minutos finais.

Obs 1: O filme tem DUAS cenas pós-créditos.

Obs 2: A Sony exibiu o filme em 2D para a imprensa, então não podemos informar se vale a pena ver em 3D.

Assista nossa primeira análise do filme:

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Mas foi com ‘Homem-Aranha 2′ (2004) que Raimi criou sua obra-prima, considerado até hoje o melhor filme sobre o amigão da vizinhança e um dos melhores filmes de super-heróis (ao lado de ‘Batman – O Cavaleiro das Trevas‘). Pois bem: após dois reboots e sete filmes live-action, o aracnídeo finalmente ganha seu melhor filme – empatado com ‘Homem-Aranha 2‘.

Homem-Aranha: Longe de Casa‘ é uma experiência cinematográfica inigualável, que mistura comédia, drama e ação na medida certa e entrega um blockbuster cheio de coração que vai conquistar até o fã mais xiita.

Apesar do material promocional não empolgar muito – os trailers e cartazes foram uma vergonha – é uma delicia chegar nos cinemas e ser surpreendido com uma história redondinha e cheia de plot twists criada pelos ótimos Chris McKenna e Erik Sommers – responsáveis também pelo filme anterior.

Justiça seja feita: essa sequência é infinitamente superior a ‘Homem-Aranha: De Volta ao Lar‘, que apresentou o herói para uma nova geração em uma aventura satisfatória, mas que não conseguiu mostrar o potencial de Tom Holland. Aqui, o ator nos conquista logo nos primeiros minutos e abraça o(s) uniforme(s) do Homem-Aranha de maneira esplêndida, conquistando o posto de melhor intérprete do amigão da vizinhança. O ator consegue transmitir a tristeza pela perda de seu mentor Tony Stark em momentos dramáticos muito bem desenvolvidos, e ainda assim a alegria de seguir a vida e tentar conquistar a garota de seus sonhos, MJ (Zendaya).

A trama começa logo após os eventos de ‘Vingadores: Ultimato‘ e o blip (termo usado aqui para o salto temporal de cinco anos criado pelo estalar de dedos do Thanos). Peter ainda sofre com a morte de Tony, mas decidiu seguir a vida e tirar umas férias do uniforme de herói enquanto viaja pela Europa com seus amigos de classe. O primeiro ato do filme é hilário, com um humor leve e tiradas cômicas inteligentíssimas que fazem a audiência gargalhar. A abertura presta homenagem a todos os personagens que morreram de maneira impagável, usando um artifício muito comum entre os adolescentes e uma música extremamente irreverente.

Este é o filme mais engraçado de todo o Universo Cinematográfico da Marvel, mas também traz todo o drama que segue os personagens após os eventos devastantes de ‘Ultimato‘. Ou seja, apesar de apostar no humor, o roteiro consegue desenvolver o arco dramático e trabalhar cada um dos personagens separadamente de maneira bastante eficiente, causando empatia com o espectador.

O grande destaque aqui vai para o Ned (vivido com maestria por Jacob Batalon), que engata um romance durante a viagem e é responsável pelas cenas mais divertidas do filme. Outro acerto é trazer uma MJ diferente daquela que nós já conhecíamos, uma garota cheia de convicções que adora uma teoria da conspiração. Zendaya traz um frescor para a personagem que navega entre ser misteriosa e meiga. Vê-la em tela com Tom Holland é uma delicia, e um dos grandes suspenses é se o casal ficará junto ou não.

Jake Gyllenhaal está sensacional como Quentin Beck/Mystério, um personagem cheio de camadas e motivações bastante interessantes, que tem uma ótima química com o protagonista. A maneira como desenvolveram sua trama consegue surpreender até mesmo aqueles que o conhecem das HQs, e os roteiristas tiveram muito cuidado para amarrar sua história de maneira realista e convincente.

A participação de Samuel L. Jackson (Nick Fury) e Cobie Smulders (Maria Hill) faz a ponte perfeita entre este filme e as produções anteriores da Marvel, sem contar que rende ótimos momentos humorados… e grandes surpresas.

Após um primeiro ato cheio de humor, e um segundo ato mais dramático, o ato finalmente é pura aventura e pancadaria. Arrisco a dizer que este também é o filme do herói com mais ação, já que temos diversos embates diferentes entre o aracnídeo e vários vilões, sempre nos surpreendendo com reviravoltas de cair o queixo que rendem mais e mais e mais cenas de ação. É um ritmo frenético que proporciona cenas repletas de efeitos especiais de ponta, e batalhas surpreendentes usando como pano de fundo as belíssimas locações da Europa, como Veneza, Londres, entre outras.

Além disso, o filme é recheado de easter eggs e referências às produções anteriores, sejam as estreladas por Tobey Maguire ou Andrew Garfield, tirando sarro de cenas icônicas que não envelheceram bem (como a que o Homem-Aranha leva Mary Jane por um passeio pelos ares e o cabelo dela não se mexe). Essas referências são divertidas e vão deixar os fãs pirando.

Inteligente, audacioso, divertido e cheio de ação, ‘Homem-Aranha: Longe de Casa‘ coloca a franquia nos trilhos e entrega um filme superior ao original. O final impactante abre caminhos para a franquia tomar novos rumos e entregar histórias nunca vistas antes no cinema. Você vai ficar boquiaberto com os rumos que eles tomam aqui, e ainda mais ansioso para saber o desenrolar dos eventos apresentados nos minutos finais.

Obs 1: O filme tem DUAS cenas pós-créditos.

Obs 2: A Sony exibiu o filme em 2D para a imprensa, então não podemos informar se vale a pena ver em 3D.

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