sexta-feira , 15 novembro , 2024

Crítica | Infinite – Mark Wahlberg salva o mundo em ficção científica sobre reencarnação

Atores que fazem a carreira em filmes de ação em determinado ponto acabam fazendo mais do mesmo, o que força seus empresários a inovar os papéis de alguma forma. Começam a fazer comédias, filmes para a família e, no geral, tem dado muito certo para Robert DeNiro, The Rock e mesmo para Mark Wahlberg. Mas então, quando você menos espera, o ator principal da franquia ‘Transformers’ inova sua carreira com uma produção que mistura elementos completamente distantes entre si. Em suma, é assim ‘Infinito’, filme produzido para os cinemas, mas que chega essa semana direto na plataforma de streaming da Paramount+.

Evan (Mark Wahlberg) tem esquizofrenia, não consegue pagar o aluguel nem consegue um emprego. Um dia, ele se mete numa situação que o leva a ser interrogado por Bathurst (Chiwetel Ejiofor), que lhe pergunta se ele é Treadway (Dylan O’Brien). Confuso, Evan alega não entender, mas, quando começa a ser torturado, é salvo por Nora (Sophie Cookson), que lhe explica o que acontece: na verdade, Evan não é esquizofrênico, mas sim um Infinito – uma pessoa que, quando reencarna, consegue trazer consigo as memórias de todas as suas vidas passadas. Porém, Bathurst quer acabar com esse ciclo de reencarnações, e, para isso, precisa saber onde Treadway escondeu o ovo que contém o elemento para destruir os Infinitos. O problema é que Evan é o novo Treadway, e ele não faz a menor ideia do que fazer, muito menos de onde escondera o artefato em sua vida passada.



Vamos começar falando que o filme é baseado em um livro, chamado ‘The Reincarnationist Papers’, escrito por D. Eric Maikranz. Então, Todd Stein teve a ideia de tornar a história um longa-metragem e Ian Shorr escreveu o roteiro. Em algum momento nisso tudo, houve uma reunião em que o livro teve os direitos adquiridos e recebeu um polpudo orçamento, que garantiu a inserção das cenas de ação grandiosas e os efeitos visuais. Assim, temos tiro, porrada e bomba, perseguição pelas ruas do México, explosões em castelo da Escócia, e muitos carrões maravilhosos sendo dirigidos pelos mocinhos a toda velocidade, na maior pegada ‘Velozes e Furiosos’ – tudo isso numa história improvável de espiritismo e reencarnação.

O filme dirigido por Antoine Fuqua tem uma premissa curiosa, que desperta interesse. Porém, na sua execução, se estende demais em explicar toda a história do bem versus mal e reserva menos de um terço dos seus uma hora e quarenta de duração para as cenas de ação. A forma didática com que a produção se esforça para explicar os diferentes grupos que reencarnam e como isso impacta na vida de cada um se justifica no pós-crédito de ‘Infinito’: este quer ser o primeiro filme de uma franquia que pretende se expandir para novas produções.

Lançar ‘Infinito’ direto na sua plataforma de streaming foi um grande acerto da Paramount. No conforto do lar, as pessoas tendem a ter mais boa vontade com histórias emboladas como esta. Enquanto filme de ação com um quê de ficção científica, as partes que competem a esse gênero são bem realizadas, com direito até a Mark Wahlberg pulando em cima de um avião voando e se segurando apenas por uma espada – que ele mesmo forjou. Por esse motivo, ‘Infinito’ é um divertimento para assistir em casa. Com uma história que literalmente quer alcançar o universo, ganha o espectador pelas mirabolantes cenas de ação e pelos carrões que desfilam nas cenas de perseguição, mas não tanto pela história.

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Janda Montenegrohttp://cinepop.com.br
Escritora, autora de 6 livros, roteirista, assistente de direção. Doutora em Literatura Brasileira Indígena UFRJ.

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Evan (Mark Wahlberg) tem esquizofrenia, não consegue pagar o aluguel nem consegue um emprego. Um dia, ele se mete numa situação que o leva a ser interrogado por Bathurst (Chiwetel Ejiofor), que lhe pergunta se ele é Treadway (Dylan O’Brien). Confuso, Evan alega não entender, mas, quando começa a ser torturado, é salvo por Nora (Sophie Cookson), que lhe explica o que acontece: na verdade, Evan não é esquizofrênico, mas sim um Infinito – uma pessoa que, quando reencarna, consegue trazer consigo as memórias de todas as suas vidas passadas. Porém, Bathurst quer acabar com esse ciclo de reencarnações, e, para isso, precisa saber onde Treadway escondeu o ovo que contém o elemento para destruir os Infinitos. O problema é que Evan é o novo Treadway, e ele não faz a menor ideia do que fazer, muito menos de onde escondera o artefato em sua vida passada.

Vamos começar falando que o filme é baseado em um livro, chamado ‘The Reincarnationist Papers’, escrito por D. Eric Maikranz. Então, Todd Stein teve a ideia de tornar a história um longa-metragem e Ian Shorr escreveu o roteiro. Em algum momento nisso tudo, houve uma reunião em que o livro teve os direitos adquiridos e recebeu um polpudo orçamento, que garantiu a inserção das cenas de ação grandiosas e os efeitos visuais. Assim, temos tiro, porrada e bomba, perseguição pelas ruas do México, explosões em castelo da Escócia, e muitos carrões maravilhosos sendo dirigidos pelos mocinhos a toda velocidade, na maior pegada ‘Velozes e Furiosos’ – tudo isso numa história improvável de espiritismo e reencarnação.

O filme dirigido por Antoine Fuqua tem uma premissa curiosa, que desperta interesse. Porém, na sua execução, se estende demais em explicar toda a história do bem versus mal e reserva menos de um terço dos seus uma hora e quarenta de duração para as cenas de ação. A forma didática com que a produção se esforça para explicar os diferentes grupos que reencarnam e como isso impacta na vida de cada um se justifica no pós-crédito de ‘Infinito’: este quer ser o primeiro filme de uma franquia que pretende se expandir para novas produções.

Lançar ‘Infinito’ direto na sua plataforma de streaming foi um grande acerto da Paramount. No conforto do lar, as pessoas tendem a ter mais boa vontade com histórias emboladas como esta. Enquanto filme de ação com um quê de ficção científica, as partes que competem a esse gênero são bem realizadas, com direito até a Mark Wahlberg pulando em cima de um avião voando e se segurando apenas por uma espada – que ele mesmo forjou. Por esse motivo, ‘Infinito’ é um divertimento para assistir em casa. Com uma história que literalmente quer alcançar o universo, ganha o espectador pelas mirabolantes cenas de ação e pelos carrões que desfilam nas cenas de perseguição, mas não tanto pela história.

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