sexta-feira, abril 19, 2024

Crítica | King Cobra – “Pornô gay” com James Franco mata a cobra, mas não mostra o pau

Ana Carolina Reis, de Nova York

Para quem se empolgou após o burburinho da cena de sexo a três com James Franco, vamos ajustar as expectativas e a realidade: ‘King Cobra‘ NÃO é um filme “pornô gay”!

Tirando uns closes de traseiros e cenas que remetem mais à comédia que qualquer outra coisa, o que deixa de boca aberta mesmo é ver as participações de Molly “Clube dos Cinco e Garota de Rosa Shocking” Ringwald e Alicia “Patricinha de Beverly Hills” Silverstone (como a mãe, sim, eu disse a mãe do ator pornô Brent Corrigan). Um tapa na cara dos mais nostálgicos.

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King Cobra‘ é o segundo longa do diretor Justin Kelly, que no currículo tem o filme de estreia selecionado da première do Festival de Sundance 2015, ‘I am Michael‘- estrelado também por James Franco na pele de um pastor com passado gay – e a direção de clipes das bandas Gossip (“Men in Love”) e Tiny Hearts (“Stay”).

O filme conta a história da jovem promessa da web pornografia Brent Corrigan (interpretado pelo astro da Disney Garrett Clayton), protegido e nova aposta do produtor e diretor de vídeos pornôs online Cobra (Christian Slater).

Insatisfeito com o esquema de remuneração e relacionamento com Cobra, Brent tenta se libertar de seu contrato, sem sucesso, e aí entra a dupla da produtora rival Viper Boyz, formada pelo casal Joe (James Franco) e Harlow (Keegan Alllen, de Pretty Little Liars), um cafetão violento e um astro pornô traumatizado pelo passado, respectivamente, capaz de tudo por dinheiro. Daí já se percebe qual trama deveria ser a principal. Só Harlow, único personagem com apelo do filme, daria um filme muito mais interessante.

Justin Kelly é apadrinhado pelo cineasta Gus Van Saint (que o apresentou a James Franco, um dos produtores, atores e pessoas responsáveis pela realização de ‘King Cobra‘) e tem se tornado um nome cada vez mais conhecido por trabalhar a temática gay nas telas.

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Não deixe de assistir:

Foi ao procurar por histórias polêmicas sobre o mundo da pornografia gay para seu filme ‘I am Michael‘, que Kelly encontrou o livro ‘Cobra Killer: Gay Porn, Murder and the Manhunt to Bring the Killers to Justice‘, baseado em fatos reais e escrito por Peter A. Conway e Andrew E. Stoner.

O livro conta a história real sobre o assassinato do produtor Bryan Kocis, que lucrou milhões com pornografia gay ao explorar jovens garotos.

Com autorização do verdadeiro Brent Corrigan (cujo nome real é Sean Paul Lockheart) para filmar suas memórias, Justin Kelly teve a ajuda de James Franco para colocar o filme de pé e conseguir um elenco de nomes conhecidos.

Em 19 dias estava tudo filmado: um drama criminal tão trash, que ruma, aí sim sem pudores, para a comédia, com James Franco sendo o James Franco.

 

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