quinta-feira , 21 novembro , 2024

Crítica | Logan

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Quando o primeiro ‘X-Men‘ foi lançado em 2000, os filmes de super-heróis eram escassos nos cinemas. Haviam poucas adaptações de quadrinhos, e os únicos heróis a ganharem filmes de destaque eram o Batman e o Superman.

Com o sucesso do filme de mutantes da 20th Century Fox, que adaptava os quadrinhos da Marvel, uma nova era se iniciou nos cinemas e abriu espaço para a quantidade de filmes do gênero que temos hoje.



Com altos e baixos no currículo, a Fox capengou em criar um Universo Cinematográfico para os seus filmes, e com falta de planejamento e desenvolvimento sapateou em linhas temporais duvidosas e filmes desconectados entre si.

Usando sempre a mesma fórmula em todos os filmes de heróis, o estúdio começou a cansar o público com filmes pouco inspirados. Tudo mudou quando a Fox chutou o balde e decidiu fazer ‘Deadpool‘, um filme para maiores de 17 anos que fugia totalmente do formato padrão usado nos filmes do gênero. O resultado foi um sucesso estrondoso de crítica e público, e uma arrecadação nas bilheterias maior que as superproduções que reunia todos os seus X-Men.

O sucesso de ‘Deadpool‘ inspirou o estúdio a arriscar também com seu personagem mais querido, o Wolverine. Após dois filmes fracos que não faziam jus ao mutante bad ass dos quadrinhos, Logan finalmente ganha seu filme definitivo que os fãs sempre pediram.

Em 2029, a população mutante encolheu significativamente e os X-Men se dissolveram. Logan, cujo poder de auto-cura está diminuindo, se rendeu ao álcool e agora ganha a vida como motorista. Ele cuida do velho e doente Professor X, à medida que o mantém escondido. Um dia, uma mulher estranha pede a Logan para conduzir uma menina chamada Laura para a fronteira canadense. A princípio, ele se recusa, mas o Professor Xavier a aguardava por muito tempo.

Laura possui habilidades de luta extraordinárias, e em muitos aspectos se parece com Wolverine. Ela é perseguida por figuras sinistras trabalhando para uma corporação poderosa, justamente por seu DNA conter o segredo que a conecta a Logan.

Um decrépito Wolverine é forçado a perguntar a si mesmo se ele pode ou sequer quer colocar o resto de seus poderes em uso. Parece que no futuro próximo, os tempos em que os X-Men foram capazes de colocar o mundo em ordem ficaram para trás…

Logan‘ é ‘Batman – O Cavaleiro das Trevas‘ da franquia ‘X-Men‘, um filme sério, brutal e dramático – que deixa o “fator” super-herói de lado para mostrar o lado humano desses personagens…

A alta classificação indicativa (17 anos) dá liberdade para que o diretor James Mangold adicione cenas de violência extremas das quais os fãs dos quadrinhos estavam ávidos para conferir nos cinemas desde que Hugh Jackman deu vida ao personagem pela primeira vez. Os palavrões também estão presentes, e é até hilário ver o sempre tão calmo Professor X falando “fucking” o tempo todo.

As cenas de violência são gráficas e podemos ver Wolvie destruindo o crânio e a jugular de seus inimigos enquanto o sangue jorra para todos os lados – algo NUNCA visto antes nos filmes dos mutantes.

Wolverine usa o uniforme clássico amarelo do personagem em ‘Logan’? [SPOILERS] 

O elenco dá um show à parte. Após 17 anos interpretando o personagem, Jackman se entrega de corpo e alma para sua última encarnação como o Wolvie, e nos brinca com uma atuação digna de Oscar. Patrick Stewart, sempre fantástico, traz uma abordagem totalmente diferente para Charles Xavier, cansado e com Alzheimer, podemos ver a luta interna do personagem através da atuação brilhante do ator.

O destaque fica por conta da jovem Dafne Keen, que interpreta a X-23. A pequena atriz é um grande prodígio, e entrega uma atuação grandiosa que nos lembra a sensacional Dakota Fanning. Brilhante!

Mangold, que também roteirizou a produção, entrega um filme pé-no-chão, uma verdadeira obra-prima. ‘Logan‘ deixa de lado o super-herói e nos apresenta o homem, humanizando o personagem em um drama que vai deixar muitos marmanjos em prantos. É o fim de uma era, e isso fica bastante explícito no derradeiro capítulo final da trilogia Wolverine.

Em sua despedida, Jackman nos brinda com o melhor filme do personagem e um dos melhores da franquia ‘X-Men.

 

 

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Com o sucesso do filme de mutantes da 20th Century Fox, que adaptava os quadrinhos da Marvel, uma nova era se iniciou nos cinemas e abriu espaço para a quantidade de filmes do gênero que temos hoje.

Com altos e baixos no currículo, a Fox capengou em criar um Universo Cinematográfico para os seus filmes, e com falta de planejamento e desenvolvimento sapateou em linhas temporais duvidosas e filmes desconectados entre si.

Usando sempre a mesma fórmula em todos os filmes de heróis, o estúdio começou a cansar o público com filmes pouco inspirados. Tudo mudou quando a Fox chutou o balde e decidiu fazer ‘Deadpool‘, um filme para maiores de 17 anos que fugia totalmente do formato padrão usado nos filmes do gênero. O resultado foi um sucesso estrondoso de crítica e público, e uma arrecadação nas bilheterias maior que as superproduções que reunia todos os seus X-Men.

O sucesso de ‘Deadpool‘ inspirou o estúdio a arriscar também com seu personagem mais querido, o Wolverine. Após dois filmes fracos que não faziam jus ao mutante bad ass dos quadrinhos, Logan finalmente ganha seu filme definitivo que os fãs sempre pediram.

Em 2029, a população mutante encolheu significativamente e os X-Men se dissolveram. Logan, cujo poder de auto-cura está diminuindo, se rendeu ao álcool e agora ganha a vida como motorista. Ele cuida do velho e doente Professor X, à medida que o mantém escondido. Um dia, uma mulher estranha pede a Logan para conduzir uma menina chamada Laura para a fronteira canadense. A princípio, ele se recusa, mas o Professor Xavier a aguardava por muito tempo.

Laura possui habilidades de luta extraordinárias, e em muitos aspectos se parece com Wolverine. Ela é perseguida por figuras sinistras trabalhando para uma corporação poderosa, justamente por seu DNA conter o segredo que a conecta a Logan.

Um decrépito Wolverine é forçado a perguntar a si mesmo se ele pode ou sequer quer colocar o resto de seus poderes em uso. Parece que no futuro próximo, os tempos em que os X-Men foram capazes de colocar o mundo em ordem ficaram para trás…

Logan‘ é ‘Batman – O Cavaleiro das Trevas‘ da franquia ‘X-Men‘, um filme sério, brutal e dramático – que deixa o “fator” super-herói de lado para mostrar o lado humano desses personagens…

A alta classificação indicativa (17 anos) dá liberdade para que o diretor James Mangold adicione cenas de violência extremas das quais os fãs dos quadrinhos estavam ávidos para conferir nos cinemas desde que Hugh Jackman deu vida ao personagem pela primeira vez. Os palavrões também estão presentes, e é até hilário ver o sempre tão calmo Professor X falando “fucking” o tempo todo.

As cenas de violência são gráficas e podemos ver Wolvie destruindo o crânio e a jugular de seus inimigos enquanto o sangue jorra para todos os lados – algo NUNCA visto antes nos filmes dos mutantes.

Wolverine usa o uniforme clássico amarelo do personagem em ‘Logan’? [SPOILERS] 

O elenco dá um show à parte. Após 17 anos interpretando o personagem, Jackman se entrega de corpo e alma para sua última encarnação como o Wolvie, e nos brinca com uma atuação digna de Oscar. Patrick Stewart, sempre fantástico, traz uma abordagem totalmente diferente para Charles Xavier, cansado e com Alzheimer, podemos ver a luta interna do personagem através da atuação brilhante do ator.

O destaque fica por conta da jovem Dafne Keen, que interpreta a X-23. A pequena atriz é um grande prodígio, e entrega uma atuação grandiosa que nos lembra a sensacional Dakota Fanning. Brilhante!

Mangold, que também roteirizou a produção, entrega um filme pé-no-chão, uma verdadeira obra-prima. ‘Logan‘ deixa de lado o super-herói e nos apresenta o homem, humanizando o personagem em um drama que vai deixar muitos marmanjos em prantos. É o fim de uma era, e isso fica bastante explícito no derradeiro capítulo final da trilogia Wolverine.

Em sua despedida, Jackman nos brinda com o melhor filme do personagem e um dos melhores da franquia ‘X-Men.

 

 

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