sábado, abril 20, 2024

Crítica | Magnatas do Crime – Filme de Máfia de Guy Ritchie tem elenco GRANDIOSO

Guy Ritchie é um diretor de cinema conhecido não só por ser o ex-marido de Madonna, mas também por produzir filmes que contam uma mirabolante história de máfia, com muitos personagens, um toque de humor e grandes reviravoltas. Ele apresentou isso nos hilários ‘Snatch: Porcos e Diamantes’, ‘Jogos, Trapaças e Dois Canos Fumegantes’ e ‘O Agente da U.N.C.L.E’ e, mais recentemente, com uma pegada mais pop juvenil nas adaptações fílmicas de ‘Sherlock Holmes’ e ‘Rei Arthur: A Lenda da Espada’. Após esse flerte com um estilo MTV de se fazer filmes, Guy Ritchie volta agora às suas origens com ‘Magnatas do Crime’, que é também um dos primeiros filmes inéditos nos cinemas brasileiros a ser exibido após a reabertura de algumas salas de exibição no país.

Michael Pearson (Matthew McConaughey) é o bam-bam-bam da máfia. Arrumadinho, cheiroso e super bem-educado, ele é mais que um mafioso: é um gentlemen, que, por acaso, também é um dos maiores traficantes de maconha do mundo. Michael é antenado e sabe que em poucos anos a maconha deverá ser legalizada no mundo inteiro, e, consequentemente, ele perderá seu negócio, por isso está pensando em se aposentar e vender tudo para Matthew (Jeremy Strong). Só que no meio disso Dry Eye (Henry Golding) e os rapazes do Treinador (Colin Farrell) também acabam envolvidos e, pra piorar, tudo isso foi registrado e relatado por Fletcher (Hugh Grant), um jornalista que procura Ray (Charlie Hunnam), assistente de Michael Pearson, para contar tudo que sabe e chantageá-los.

Escrito por Marn Davies e Ivan Atkinson, o roteiro do próprio Guy Ritchie acompanha o mesmo ritmo dos sucessos supracitados. Tudo começa quando Fletcher procura Ray para contar o que sabe, de modo que Fletcher se torna o narrador da história, que passa a ser contata e montada através de flashbacks de seu testemunho. De vez em quando a narração é interrompida e volta para o presente, com Ray questionando a capacidade imaginativa de Fletcher, que trata tudo o que viu como se fosse um roteiro que ele tivesse escrito. Entra aí o tom irônico de Guy Ritchie, que, através de seu personagem, faz uso da metalinguagem para tentar vender uma possível continuação de seu próprio longa. Vai que cola, né?

Uma das assinaturas dos filmes de Guy Ritchie é a edição ágil, acelerada, acompanhada de uma montagem perfeita que dá todo um dinamismo ao filme. Sem esses dois elementos, que conferem até mesmo um ar pop juvenil a todos os assuntos abordados pelo diretor, os filmes de máfia de Guy Ritchie não seriam tão atraentes – e, no caso de ‘Magnatas do Crime’, realmente faz toda a diferença. Salta aos olhos a verborragia dos diálogos (outra assinatura do diretor), que lança mão de uma variedade vocabular impressionante, falada por um elenco competente capaz de pronunciar longos textos de perder o fôlego com sutis nuances de emoções – apenas o suficiente para o espectador perceber o que está rolando na tela. Destacam-se aqui Hugh Grant, no papel de um afetado jornalista sem índole que fica dando em cima do personagem de Charlie Hunnam, que está quase irreconhecível de óculos, barba e extremamente calmo o tempo todo.

Magnatas do Crime’ é um filme bem estilo Guy Ritchie, com muita firula, uma história que se desconstrói o tempo todo e cheia de estilo. Diverte, entretém e merece ser visto na tela grande, quando for seguro assisti-lo nos cinemas.

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