quarta-feira , 20 novembro , 2024

Crítica | Mistérios Sem Solução – Série de Suspense da Netflix Faz bugar o seu Cérebro!

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Você gosta de histórias sem pé nem cabeça, com pouca explicação e muita ponta solta que não faz o menor sentido? E que se você souber que são baseadas em fatos reais, elas ficam ainda mais interessantes? Então, ‘Mistérios Sem Solução’, nova minissérie da Netflix, será um prato cheio para você!



A primeira temporada é dividida em seis episódios com média de cinquenta minutos de duração, e cada um deles aborda uma história. Para essa construção, o roteiro de Charles Olivier segue a mesma fórmula em todos os episódios: inicia com um relato da pessoa mais afetada pelo mistério, em seguida apresenta o caso e constrói o caráter do personagem central da trama para, por fim, conduzir o espectador a concluir por uma determinada linha de pensamento, que joga a culpa do mistério em determinado fator/indivíduo. Além disso, a temporada é disposta de modo que os casos menos interessantes são justamente os que abrem a minissérie, e os dois últimos são os mais legais. Uma dica talvez seja assistir de trás para frente, para você ver logo as histórias mais maneiras, e talvez um por dia, para dar tempo de saborear a sensação de bug no cérebro e você construir suas próprias teorias.

Como as bizarrices são o motivo de atração do espectador, adiantamos aqui que são elas: o misterioso desaparecimento de Rey, um homem super feliz que havia recém casado; o inexplicável desaparecimento de Patrice, uma cabeleireira, no intervalo de apenas treze minutos; o massacre de uma família inteira e super rica em Nantes, na França; o sumiço de Alonzo, um rapaz negro, que foi a uma festa e nunca mais voltou; o aparecimento inexplicável de um OVNI em 1º de setembro de 1969 em Massachusetts; e o bizarro caso de uma mãe um bocado perturbada e o desaparecimento de Lena, uma de suas filhas, em Ozark, Missouri.

Com a direção de três pessoas – Marcus A. Clarke, Clay Jeter e Jim Goldblum – a pesquisa para a minissérie certamente ocupou a maior parte da produção, mas, para a filmagem das histórias os diretores não ofereceram nada diferente do que já é visto nos programas de mistérios inacreditáveis oferecidos por canais como o History Channel ou o Discovery Channel. Aliás, todos os episódios são gravados obedecendo a mesma fórmula, inserindo dramatização da narrativa, intercalação de depoimentos, revisitação dos cenários onde os episódios aconteceram e a condução já explicada no roteiro. Apesar disso, estamos cientes de que as histórias não terão uma conclusão (isso tá no título!), e, por isso, os diretores transformam os episódios em denúncias documentais, pedindo ao espectador que souber de algo, que entre em contato.

Mistérios sem Solução’ é uma minissérie documental interessante, atraente para os seres curiosos que adoram motivos para bugar o cérebro e histórias que fazem acreditar que há coisas além de nossa compreensão. Mas é também uma minissérie que poderia oferecer mais, com histórias mais bizarras (a maioria é sobre o desaparecimento de pessoas), e que nos faz imaginar como seria uma versão brasileira, já que aqui temos tantos mistérios não resolvidos. Já pensou?

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Janda Montenegrohttp://cinepop.com.br
Escritora, autora de 6 livros, roteirista, assistente de direção. Doutora em Literatura Brasileira Indígena UFRJ.

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A primeira temporada é dividida em seis episódios com média de cinquenta minutos de duração, e cada um deles aborda uma história. Para essa construção, o roteiro de Charles Olivier segue a mesma fórmula em todos os episódios: inicia com um relato da pessoa mais afetada pelo mistério, em seguida apresenta o caso e constrói o caráter do personagem central da trama para, por fim, conduzir o espectador a concluir por uma determinada linha de pensamento, que joga a culpa do mistério em determinado fator/indivíduo. Além disso, a temporada é disposta de modo que os casos menos interessantes são justamente os que abrem a minissérie, e os dois últimos são os mais legais. Uma dica talvez seja assistir de trás para frente, para você ver logo as histórias mais maneiras, e talvez um por dia, para dar tempo de saborear a sensação de bug no cérebro e você construir suas próprias teorias.

Como as bizarrices são o motivo de atração do espectador, adiantamos aqui que são elas: o misterioso desaparecimento de Rey, um homem super feliz que havia recém casado; o inexplicável desaparecimento de Patrice, uma cabeleireira, no intervalo de apenas treze minutos; o massacre de uma família inteira e super rica em Nantes, na França; o sumiço de Alonzo, um rapaz negro, que foi a uma festa e nunca mais voltou; o aparecimento inexplicável de um OVNI em 1º de setembro de 1969 em Massachusetts; e o bizarro caso de uma mãe um bocado perturbada e o desaparecimento de Lena, uma de suas filhas, em Ozark, Missouri.

Com a direção de três pessoas – Marcus A. Clarke, Clay Jeter e Jim Goldblum – a pesquisa para a minissérie certamente ocupou a maior parte da produção, mas, para a filmagem das histórias os diretores não ofereceram nada diferente do que já é visto nos programas de mistérios inacreditáveis oferecidos por canais como o History Channel ou o Discovery Channel. Aliás, todos os episódios são gravados obedecendo a mesma fórmula, inserindo dramatização da narrativa, intercalação de depoimentos, revisitação dos cenários onde os episódios aconteceram e a condução já explicada no roteiro. Apesar disso, estamos cientes de que as histórias não terão uma conclusão (isso tá no título!), e, por isso, os diretores transformam os episódios em denúncias documentais, pedindo ao espectador que souber de algo, que entre em contato.

Mistérios sem Solução’ é uma minissérie documental interessante, atraente para os seres curiosos que adoram motivos para bugar o cérebro e histórias que fazem acreditar que há coisas além de nossa compreensão. Mas é também uma minissérie que poderia oferecer mais, com histórias mais bizarras (a maioria é sobre o desaparecimento de pessoas), e que nos faz imaginar como seria uma versão brasileira, já que aqui temos tantos mistérios não resolvidos. Já pensou?

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