sexta-feira , 15 novembro , 2024

Crítica | Monstro – O retrato de uma sociedade que acusa sem pensar

O que você vê quando olha pra mim? Baseado no livro homônimo do escritor Walter Dean Myers, lançado no final da década de 90, Monstro é o retrato de uma sociedade que acusa sem pensar, que julga pela cor, acaba com sonhos, definindo destinos de maneira cruel. Um filme de tribunal com um protagonista (interpretado pelo excelente Kelvin Harrison Jr, que inclusive fará B.B King no novo filme de Baz Luhrmann ainda sem título) em grande destaque que busca em sua narrativa impactante, sensível, refletir toda a emoção, sentimentos que transbordam dentro de seu drama. Primeiro longa-metragem de Anthony Mandler.

Na trama, conhecemos Steve Harmon (Kelvin Harrison Jr.), um jovem e sonhador de 17 anos que está prestes a completar o último ano de escola e ir para a faculdade. Cinéfilo, sonha em ser diretor de cinema e estuda em uma das melhores escolas públicas dos Estados Unidos. Mas toda sua vida futura fica com um ponto de interrogação quando é acusado de ter participado de um assalto a uma mercearia onde uma pessoa foi assassinada. Assim, vamos vendo a narrativa sob a ótica de Steve sobre tudo que aconteceu até o dia de seu julgamento.



O estilo da narrativa chama bastante a atenção, em formato de crônica pessoal para o protagonista, uma declamação de todo um recorte de vida, sua trajetória até chegar ao banco dos réus, somos testemunhas de opiniões, olhares, julgamentos, por meio de fotos também, todo o universo que cerca esse jovem acusado de participar de um crime que não cometeu. O seu criativo expressar artístico é a veia unificadora de toda a narrativa muito bem filmada pelas lentes de Mandler. Sua relação com a família é bastante intensa, principalmente com o pai (interpretado por Jeffrey Wright) talvez pelo seu ponto de vista ser tão enigmático, não dá pra saber se ele acha o filho culpado ou inocente. A mãe católica (a ganhadora do Oscar Jennifer Hudson) não aparece muito. Outra relação importante pra trama é com a advogada (interpretada pela ótima Jennifer Ehle), talvez a única que acredita no réu logo de primeira se tornando peça chave para o desfecho.

Será que nossa sociedade está finalmente preparada para conseguir refletir sobre um filme importante como esse? Abordando muito mais do que os tremores e arrepios vividos por um jovem negro acusado de maneira desleal, o projeto expõe toda a ótica que muitos possuem sobre o tribunal, as regras da lei e seus personagens. Profundo em seus diálogos, impactantes em seus exemplos, lançado em 2018 no Festival de Sundance, Monster, no original, chegou à Netflix nessa semana.

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Na trama, conhecemos Steve Harmon (Kelvin Harrison Jr.), um jovem e sonhador de 17 anos que está prestes a completar o último ano de escola e ir para a faculdade. Cinéfilo, sonha em ser diretor de cinema e estuda em uma das melhores escolas públicas dos Estados Unidos. Mas toda sua vida futura fica com um ponto de interrogação quando é acusado de ter participado de um assalto a uma mercearia onde uma pessoa foi assassinada. Assim, vamos vendo a narrativa sob a ótica de Steve sobre tudo que aconteceu até o dia de seu julgamento.

O estilo da narrativa chama bastante a atenção, em formato de crônica pessoal para o protagonista, uma declamação de todo um recorte de vida, sua trajetória até chegar ao banco dos réus, somos testemunhas de opiniões, olhares, julgamentos, por meio de fotos também, todo o universo que cerca esse jovem acusado de participar de um crime que não cometeu. O seu criativo expressar artístico é a veia unificadora de toda a narrativa muito bem filmada pelas lentes de Mandler. Sua relação com a família é bastante intensa, principalmente com o pai (interpretado por Jeffrey Wright) talvez pelo seu ponto de vista ser tão enigmático, não dá pra saber se ele acha o filho culpado ou inocente. A mãe católica (a ganhadora do Oscar Jennifer Hudson) não aparece muito. Outra relação importante pra trama é com a advogada (interpretada pela ótima Jennifer Ehle), talvez a única que acredita no réu logo de primeira se tornando peça chave para o desfecho.

Será que nossa sociedade está finalmente preparada para conseguir refletir sobre um filme importante como esse? Abordando muito mais do que os tremores e arrepios vividos por um jovem negro acusado de maneira desleal, o projeto expõe toda a ótica que muitos possuem sobre o tribunal, as regras da lei e seus personagens. Profundo em seus diálogos, impactantes em seus exemplos, lançado em 2018 no Festival de Sundance, Monster, no original, chegou à Netflix nessa semana.

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