domingo , 22 dezembro , 2024

Crítica Netflix | Echoes: Michelle Monaghan estrela thriller psicológico do mesmo criador de 13 Reasons Why

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Duas famílias, duas vidas paralelas e uma realidade completamente fragmentada. A minissérie Echoes transforma uma antiga curiosidade social em uma enorme e catastrófica espiral de eventos, que nos desafiam a compreender toda a confusão mental e emocional das irmãs gêmeas Leni e Gina – ambas vividas por Michelle Monaghan.



No thriller psicológico da Netflix, as duas levaram suas vidas compartilhando tudo: identidade, personalidade, segredos, decisões, escolhas, esposos e até mesmo estilos de vida. E entre trocas constantes, elas construíram vidas simultâneas que nunca verdadeiramente foram suas. E ao longo de sete episódios, Brian Yorkey (13 Reasons Why) e Vanessa Gazy tentam ir muito mais além daquela pergunta que todos os gêmeos idênticos já ouviram (“vocês já trocaram de identidade?”), para refletir a respeito de como o ser humano está perdido sem uma genuína e única identidade.

Na trama, as constantes e anuais trocas vividas pelas irmãs chegam em um estágio crítico quando uma delas misteriosamente desaparece. O sumiço vem acompanhado por uma avalanche de problemas e traumas do passado, que voltam a assombrar não apenas sua família, bem como toda a pequena comunidade do município de Mount Echo.

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Echoes rapidamente nos atrai em seus primeiros minutos, construindo uma atmosfera de tensão regada por muitas perguntas e pouquíssimas respostas. Elevando a desconfiança da audiência em seu episódio inaugural, a minissérie se mantém nas sombras em seu começo, a fim de nos atrair para a gigantesca e macabra teia de traumas e problemas que envolve Leni, Gina e aqueles que se relacionam com elas.

Com uma trama bem construída sob uma premissa interessante e convidativa, Echoes se desabrocha aos poucos para a audiência, entregando peças avulsas desse quebra-cabeça, com o objetivo de confundir nossa percepção sobre os fatos e seus protagonistas. Escalonando o suspense de forma certeira, a original Netflix honra os amantes do gênero de thriller psicológico e embora não seja revolucionária, não nos deixa na mão com suas reviravoltas.

Michelle Monaghan ainda encara o desafio de interpretar duas personagens bem similares, cujas diferenças comportamentais muitas vezes são bem sutis e facilmente confundíveis. E com uma excelente atuação, a estrela da franquia Missão Impossível transita muito bem entre os papéis e nos consome de curiosidade a cada nova descoberta a respeito de suas reais motivações. Matt Bomer, Daniel Sunjata e Karen Robinson completam o elenco com perspicácia, criando um ótimo contraste com a confusão mental e emocional vivida pela protagonista.

Com um desfecho dúbio que pode aborrecer os mais otimistas e esperançosos, a produção da Netflix cumpre o seu papel ao nos tragar para uma intensa e angustiante reflexão sobre identidade e codependência afetiva. Apresentando pequenos problemas em seus efeitos visuais (mais precisamente no último capítulo), Echoes é – sem sombra de dúvidas – uma jornada intrigante, que nos deixa perplexos e ainda mais curiosos para saber por quais outros caminhos essa história poderia acabar seguindo.

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Crítica Netflix | Echoes: Michelle Monaghan estrela thriller psicológico do mesmo criador de 13 Reasons Why

Duas famílias, duas vidas paralelas e uma realidade completamente fragmentada. A minissérie Echoes transforma uma antiga curiosidade social em uma enorme e catastrófica espiral de eventos, que nos desafiam a compreender toda a confusão mental e emocional das irmãs gêmeas Leni e Gina – ambas vividas por Michelle Monaghan.

No thriller psicológico da Netflix, as duas levaram suas vidas compartilhando tudo: identidade, personalidade, segredos, decisões, escolhas, esposos e até mesmo estilos de vida. E entre trocas constantes, elas construíram vidas simultâneas que nunca verdadeiramente foram suas. E ao longo de sete episódios, Brian Yorkey (13 Reasons Why) e Vanessa Gazy tentam ir muito mais além daquela pergunta que todos os gêmeos idênticos já ouviram (“vocês já trocaram de identidade?”), para refletir a respeito de como o ser humano está perdido sem uma genuína e única identidade.

Na trama, as constantes e anuais trocas vividas pelas irmãs chegam em um estágio crítico quando uma delas misteriosamente desaparece. O sumiço vem acompanhado por uma avalanche de problemas e traumas do passado, que voltam a assombrar não apenas sua família, bem como toda a pequena comunidade do município de Mount Echo.

Echoes rapidamente nos atrai em seus primeiros minutos, construindo uma atmosfera de tensão regada por muitas perguntas e pouquíssimas respostas. Elevando a desconfiança da audiência em seu episódio inaugural, a minissérie se mantém nas sombras em seu começo, a fim de nos atrair para a gigantesca e macabra teia de traumas e problemas que envolve Leni, Gina e aqueles que se relacionam com elas.

Com uma trama bem construída sob uma premissa interessante e convidativa, Echoes se desabrocha aos poucos para a audiência, entregando peças avulsas desse quebra-cabeça, com o objetivo de confundir nossa percepção sobre os fatos e seus protagonistas. Escalonando o suspense de forma certeira, a original Netflix honra os amantes do gênero de thriller psicológico e embora não seja revolucionária, não nos deixa na mão com suas reviravoltas.

Michelle Monaghan ainda encara o desafio de interpretar duas personagens bem similares, cujas diferenças comportamentais muitas vezes são bem sutis e facilmente confundíveis. E com uma excelente atuação, a estrela da franquia Missão Impossível transita muito bem entre os papéis e nos consome de curiosidade a cada nova descoberta a respeito de suas reais motivações. Matt Bomer, Daniel Sunjata e Karen Robinson completam o elenco com perspicácia, criando um ótimo contraste com a confusão mental e emocional vivida pela protagonista.

Com um desfecho dúbio que pode aborrecer os mais otimistas e esperançosos, a produção da Netflix cumpre o seu papel ao nos tragar para uma intensa e angustiante reflexão sobre identidade e codependência afetiva. Apresentando pequenos problemas em seus efeitos visuais (mais precisamente no último capítulo), Echoes é – sem sombra de dúvidas – uma jornada intrigante, que nos deixa perplexos e ainda mais curiosos para saber por quais outros caminhos essa história poderia acabar seguindo.

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