segunda-feira , 23 dezembro , 2024

Crítica | O aterrorizante mundo dos contos de terror ganha vida na 1ª temporada de ‘Penny Dreadful’

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É engraçado analisar como algo esdrúxulo pode se tornar extremamente conceitual caso caia nas mãos certas. A expressão penny dreadful, quando surgia em meados da Inglaterra pós-Vitoriana, é utilizada com teor pejorativo e faz menção a uma certa vertente literária e barata que era disseminada através da oralidade pelo preço de um centavo inglês, e que traziam como foco principal eventos misteriosos, sobrenaturais ou instigantes. Àquela época, a utilidade pública era entreter e, em segundo plano, conceder algumas morais interessantes e mascaradas pelo horror puro a uma sociedade mergulhada no hedonismo; entretanto, com o passar dos anos, tais narrativas serviram de base para a construção de obras clássicas e relembradas até hoje, incluindo ‘Frankenstein, O Retrato de Dorian Gray e até mesmo Drácula’. E agora, de forma honrosa, a Showtime resolveu juntar esses contos assombrosos em um mesmo escopo sombrio e angustiante com sua série Penny Dreadful.

Esqueça tudo o que você conhece sobre os personagens que até hoje possuem alguns dos melhores arcos trágicos, coming-of-age e de rendição: o show criado pelas habilidosas mãos de John Logan promete e consegue cumprir de forma extremamente satisfatória a entrega de uma nova perspectiva a partir da visão de figuras que não são boas e nem ruins, mas carregam esses maniqueísmos distorcidos dentro de suas personalidades marcadas por traumas que voltam para assombrá-las até hoje. O episódio piloto, intitulado “Night Work”, é o incidente incitante que permite aos nossos anti-heróis embarcar em uma jornada transformadora e que os leva, sem quaisquer precedentes, para o poético submundo londrino, perscrutado por criaturas assassinas e mortais. E bom, que saída mais interessante para cativar o público que um curto prólogo adornado com sangue, violência, gritos e terror? Pois é isso o que ocorre nos cinco primeiros minutos desse primeiro capítulo: uma jovem garota e sua mãe são brutalmente sequestradas e esquartejadas por uma força maligna e desconhecida, mas que definitivamente já fornece o tom da série e abre margem para a entrada dos protagonistas.



Eva Green, talvez uma das melhores atrizes de sua geração e da atualidade, encarna a sedutora e misteriosa médium Vanessa Ives, protegida de Sir Malcolm Murray (Timothy Dalton), um historiador que tem como principal objetivo reencontrar sua filha perdida para as Trevas. A dupla tem ciência do que os aguarda nesse desesperador caminho e também tem conhecimento sobre a investida incansável de seus arqui-inimigos perante à realidade mundana que habitam, mas a inocência clássica de tais tramas também insurge na figura do charmoso artista de rua Ethan Chandler (Josh Hartnett), o qual é cotado pelo duo para ajudá-los em um trabalho noturno que culmina no enfrentamento de pálidas criaturas sedentas por sangue e sem qualquer noção de humanidade.

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O trio em si já representa todo o brilho que uma série de alto nível poderia ter: desde sua química, perpassando por diálogos muito bem escritos e culminando em performances inesquecíveis, os atores conseguem-se desenvolver com a calma necessária para uma jornada de amadurecimento ao mesmo tempo em que não caem na monotonia e permitem-se também realizar conexões com personagens secundários e de extrema importância para que compreendamos suas ações. Um deles, que eventualmente cria seu próprio núcleo narrativo, é o Dr. Victor Frankenstein (Harry Treadaway), a mente analítica e calculista do grupo que é a representação do cético. É de se esperar que essa visão objetiva em relação ao mundo – ele constantemente fala sobre a fina linha que separa a vida e a morte e que nada mais importa para a ciência a não ser entendê-la e quebrá-la – o coloque em situações de redescobrimento, mas o roteiro assinado por Logan sabe muito bem como utilizar suas brechas e coloca um fantasma de carne e osso e suturas para assombrá-lo.

E já que estamos falando de traumas, posso dizer com toda a segurança que cada uma das figuras às quais somos apresentados lida tem um ponto fraco; Vanessa era melhor amiga e quase irmã da filha de Sir Malcolm, Mina (Olivia Llewellyn), e sentiu-se responsável por sua partida inesperada e por não tê-la protegido das forças das Trevas. Em Closer Than Sisters”, a narrativa inesperadamente segue um padrão de flashback para nos apresentar à sua vida antes da cronologia atual, aproveitando mais uma vez para utilizar-se do macabro como força-motriz dos personagens. Vanessa é, ao mesmo tempo, a figura mais forte e mais vulnerável a habitar o panteão dePenny Dreadful, visto que, ao longo dessa temporada, conhecemos vários lados de sua psique que não necessariamente se fincam a valores considerados puros. Tal episódio também aproveita para nos mostrar um lado mais visceral de Malcolm, desconstruindo sua imagem intangível e protetora para torná-lo símbolo dos desejos e dos pecados que viriam consumir a personagem de Green.

A série traz como parte de sua identidade inúmeros monólogos extremamente comoventes e inebriantes sobre religião e poesia. Além de resgatar toda a cultura literária, teatral e filosófica da Inglaterra, cultivada desde os tempos da Idade Média até os dias de hoje, os diálogos são construídos de forma sutil e ambíguo, como se buscassem explicação para os sentimentos e as ações humanas que, dentro de um escopo milenar, são julgadas como certas ou erradas. Até mesmo as forças sobrenaturais carregam traços mais palpáveis e que se relacionam com as incertezas da nossa personalidade – vide, por exemplo, a cena em que um dos vampiros é capturado por Sir Malcolm e Ethan.

A trama principal segue por delineações arquetípicas e funciona em grande parte, ainda que se valha de alguns capítulos filler para dar continuidade e promover certa quebra de ritmo. Mas, como supracitado, há alguns núcleos que não pertencem necessariamente ao pano de fundo e funcionam tanto como histórias isoladas quanto fomento para o início e o fim de arcos paralelos. Duas dessas figuras, talvez algumas das mais aplaudíveis sejam Dorian Gray (Reeve Carney) e Brona Croft (Billie Piper). Analisá-los é uma tarefa complexa, mas prazerosa, visto que, ainda que não pertençam necessariamente ao mesmo campo narrativo, funcionam como personalidades distintas e complementares, paradoxalmente.

Para aqueles que não estão familiarizados, Dorian Gray é o icônico personagem criado por Oscar Wilde em seu livro homônimo. O jovem rapaz, dotado de uma beleza incrível, logo é levado para o mundo da perdição, do hedonismo e da luxúria, rendendo-se a um narcisismo exacerbado que o leva a se apaixonar pela própria pintura. É claro que a peça assinada por Wilder é uma crítica à futilidade da sociedade inglesa, mas também é um alerta para o endeusamento humano e para o endossamento da beleza externa, que permanecem assim como fotografias para sempre na memória humana. O quadro que contém o rosto do jovem logo se transforma em uma autoexpressão diabólica de como ele realmente é por dentro, definhando e desbotando a cada novo passo em direção à ruína que Dorian dá. Esse conhecimento é necessário para consigamos acompanhar e compreender certos trejeitos do personagem dentro da série, incluindo seu charme excessivo e seu afeto pelos prazeres da carne.

Brona, por sua vez, é atendente de uma estalagem em decadência, cuja concepção imagética segue os mesmos passos que a moça, a qual sofre de tuberculose e já está prestes a morrer. Ao contrário de Dorian, ela não liga para o dinheiro, para a riqueza ou até mesmo para prazeres mundanos, preferindo muito mais empoderar-se por aquilo que é e encontrar uma nesga de felicidade ao lado de seu par romântico – que no caso vem a ser Ethan. A performance tanto de Piper quanto de Carney é o elemento-chave para a conjugação de seus personagens, os quais encontram uma fluida troca em uma sequência extremamente sensual e pautada no explícito, prezando por um naturalismo exacerbado que chega a ser dolorosamente sedutor e envolvente.

Não podemos falar de um drama de época sem mencionar suas qualidades estéticas. Logan traz como um de seus colaboradores o excêntrico e místico J.A. Bayona, responsável pela direção de dois episódios incluindo o piloto. Tanto a narrativa criada pelo showrunner quanto a percepção minimalista e assombrosa do diretor contribuem para a criação de uma atmosfera tensa, quase apocalíptica e que esconde em uma fotografia que preza pelo uso excessivo e bem-vindo de uma densa névoa – servindo de parâmetro histórico para a Revolução Industrial inglesa e para os cenários de terror dos contos apresentados. Isso sem falar na precariedade da iluminação, que normalmente se mostra difusa e em complemento com os poucos focos pontuais de luz provindos dos lampiões e das lareiras. De forma simbólica, o externo representa uma constante ameaça não apenas aos protagonistas, mas também a qualquer um que se aventure nas estreitas e sinuosas ruas.

A utilização de uma coloração mais saturada vem apenas em lugares fechados, como o casarão de Sir Malcolm ou o Teatro Grand Guignol, casa do monstro de Frankenstein, uma criatura sem nome encarnada pelo soberbo Rory Kinnear e que permanece dentro de uma esfera misteriosa e sem identidade durante os oito episódios dessa temporada. E com o desenrolar da história, a paleta viva dá lugar à obscuridade e à neutralidade de tons como o azul-escuro e o cinza, indicando que a busca pela esperança está sendo ofuscada pelas investidas constantes do submundo.

A primeira temporada de Penny Dreadful é simplesmente fantástica. Ainda que algumas saídas se baseiem essencialmente no impossível em detrimento de uma resolução mais palpável, as soberbas atuações e os profundos diálogos nos fornecem uma nova perspectiva para o gênero do terror e do suspense, tornando-o ainda mais cru, visceral e definitivamente sexy.

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Thiago Nollahttps://www.editoraviseu.com.br/a-pedra-negra-prod.html
Em contato com as artes em geral desde muito cedo, Thiago Nolla é jornalista, escritor e drag queen nas horas vagas. Trabalha com cultura pop desde 2015 e é uma enciclopédia ambulante sobre divas pop (principalmente sobre suas musas, Lady Gaga e Beyoncé). Ele também é apaixonado por vinho, literatura e jogar conversa fora.

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Esqueça tudo o que você conhece sobre os personagens que até hoje possuem alguns dos melhores arcos trágicos, coming-of-age e de rendição: o show criado pelas habilidosas mãos de John Logan promete e consegue cumprir de forma extremamente satisfatória a entrega de uma nova perspectiva a partir da visão de figuras que não são boas e nem ruins, mas carregam esses maniqueísmos distorcidos dentro de suas personalidades marcadas por traumas que voltam para assombrá-las até hoje. O episódio piloto, intitulado “Night Work”, é o incidente incitante que permite aos nossos anti-heróis embarcar em uma jornada transformadora e que os leva, sem quaisquer precedentes, para o poético submundo londrino, perscrutado por criaturas assassinas e mortais. E bom, que saída mais interessante para cativar o público que um curto prólogo adornado com sangue, violência, gritos e terror? Pois é isso o que ocorre nos cinco primeiros minutos desse primeiro capítulo: uma jovem garota e sua mãe são brutalmente sequestradas e esquartejadas por uma força maligna e desconhecida, mas que definitivamente já fornece o tom da série e abre margem para a entrada dos protagonistas.

Eva Green, talvez uma das melhores atrizes de sua geração e da atualidade, encarna a sedutora e misteriosa médium Vanessa Ives, protegida de Sir Malcolm Murray (Timothy Dalton), um historiador que tem como principal objetivo reencontrar sua filha perdida para as Trevas. A dupla tem ciência do que os aguarda nesse desesperador caminho e também tem conhecimento sobre a investida incansável de seus arqui-inimigos perante à realidade mundana que habitam, mas a inocência clássica de tais tramas também insurge na figura do charmoso artista de rua Ethan Chandler (Josh Hartnett), o qual é cotado pelo duo para ajudá-los em um trabalho noturno que culmina no enfrentamento de pálidas criaturas sedentas por sangue e sem qualquer noção de humanidade.

O trio em si já representa todo o brilho que uma série de alto nível poderia ter: desde sua química, perpassando por diálogos muito bem escritos e culminando em performances inesquecíveis, os atores conseguem-se desenvolver com a calma necessária para uma jornada de amadurecimento ao mesmo tempo em que não caem na monotonia e permitem-se também realizar conexões com personagens secundários e de extrema importância para que compreendamos suas ações. Um deles, que eventualmente cria seu próprio núcleo narrativo, é o Dr. Victor Frankenstein (Harry Treadaway), a mente analítica e calculista do grupo que é a representação do cético. É de se esperar que essa visão objetiva em relação ao mundo – ele constantemente fala sobre a fina linha que separa a vida e a morte e que nada mais importa para a ciência a não ser entendê-la e quebrá-la – o coloque em situações de redescobrimento, mas o roteiro assinado por Logan sabe muito bem como utilizar suas brechas e coloca um fantasma de carne e osso e suturas para assombrá-lo.

E já que estamos falando de traumas, posso dizer com toda a segurança que cada uma das figuras às quais somos apresentados lida tem um ponto fraco; Vanessa era melhor amiga e quase irmã da filha de Sir Malcolm, Mina (Olivia Llewellyn), e sentiu-se responsável por sua partida inesperada e por não tê-la protegido das forças das Trevas. Em Closer Than Sisters”, a narrativa inesperadamente segue um padrão de flashback para nos apresentar à sua vida antes da cronologia atual, aproveitando mais uma vez para utilizar-se do macabro como força-motriz dos personagens. Vanessa é, ao mesmo tempo, a figura mais forte e mais vulnerável a habitar o panteão dePenny Dreadful, visto que, ao longo dessa temporada, conhecemos vários lados de sua psique que não necessariamente se fincam a valores considerados puros. Tal episódio também aproveita para nos mostrar um lado mais visceral de Malcolm, desconstruindo sua imagem intangível e protetora para torná-lo símbolo dos desejos e dos pecados que viriam consumir a personagem de Green.

A série traz como parte de sua identidade inúmeros monólogos extremamente comoventes e inebriantes sobre religião e poesia. Além de resgatar toda a cultura literária, teatral e filosófica da Inglaterra, cultivada desde os tempos da Idade Média até os dias de hoje, os diálogos são construídos de forma sutil e ambíguo, como se buscassem explicação para os sentimentos e as ações humanas que, dentro de um escopo milenar, são julgadas como certas ou erradas. Até mesmo as forças sobrenaturais carregam traços mais palpáveis e que se relacionam com as incertezas da nossa personalidade – vide, por exemplo, a cena em que um dos vampiros é capturado por Sir Malcolm e Ethan.

A trama principal segue por delineações arquetípicas e funciona em grande parte, ainda que se valha de alguns capítulos filler para dar continuidade e promover certa quebra de ritmo. Mas, como supracitado, há alguns núcleos que não pertencem necessariamente ao pano de fundo e funcionam tanto como histórias isoladas quanto fomento para o início e o fim de arcos paralelos. Duas dessas figuras, talvez algumas das mais aplaudíveis sejam Dorian Gray (Reeve Carney) e Brona Croft (Billie Piper). Analisá-los é uma tarefa complexa, mas prazerosa, visto que, ainda que não pertençam necessariamente ao mesmo campo narrativo, funcionam como personalidades distintas e complementares, paradoxalmente.

Para aqueles que não estão familiarizados, Dorian Gray é o icônico personagem criado por Oscar Wilde em seu livro homônimo. O jovem rapaz, dotado de uma beleza incrível, logo é levado para o mundo da perdição, do hedonismo e da luxúria, rendendo-se a um narcisismo exacerbado que o leva a se apaixonar pela própria pintura. É claro que a peça assinada por Wilder é uma crítica à futilidade da sociedade inglesa, mas também é um alerta para o endeusamento humano e para o endossamento da beleza externa, que permanecem assim como fotografias para sempre na memória humana. O quadro que contém o rosto do jovem logo se transforma em uma autoexpressão diabólica de como ele realmente é por dentro, definhando e desbotando a cada novo passo em direção à ruína que Dorian dá. Esse conhecimento é necessário para consigamos acompanhar e compreender certos trejeitos do personagem dentro da série, incluindo seu charme excessivo e seu afeto pelos prazeres da carne.

Brona, por sua vez, é atendente de uma estalagem em decadência, cuja concepção imagética segue os mesmos passos que a moça, a qual sofre de tuberculose e já está prestes a morrer. Ao contrário de Dorian, ela não liga para o dinheiro, para a riqueza ou até mesmo para prazeres mundanos, preferindo muito mais empoderar-se por aquilo que é e encontrar uma nesga de felicidade ao lado de seu par romântico – que no caso vem a ser Ethan. A performance tanto de Piper quanto de Carney é o elemento-chave para a conjugação de seus personagens, os quais encontram uma fluida troca em uma sequência extremamente sensual e pautada no explícito, prezando por um naturalismo exacerbado que chega a ser dolorosamente sedutor e envolvente.

Não podemos falar de um drama de época sem mencionar suas qualidades estéticas. Logan traz como um de seus colaboradores o excêntrico e místico J.A. Bayona, responsável pela direção de dois episódios incluindo o piloto. Tanto a narrativa criada pelo showrunner quanto a percepção minimalista e assombrosa do diretor contribuem para a criação de uma atmosfera tensa, quase apocalíptica e que esconde em uma fotografia que preza pelo uso excessivo e bem-vindo de uma densa névoa – servindo de parâmetro histórico para a Revolução Industrial inglesa e para os cenários de terror dos contos apresentados. Isso sem falar na precariedade da iluminação, que normalmente se mostra difusa e em complemento com os poucos focos pontuais de luz provindos dos lampiões e das lareiras. De forma simbólica, o externo representa uma constante ameaça não apenas aos protagonistas, mas também a qualquer um que se aventure nas estreitas e sinuosas ruas.

A utilização de uma coloração mais saturada vem apenas em lugares fechados, como o casarão de Sir Malcolm ou o Teatro Grand Guignol, casa do monstro de Frankenstein, uma criatura sem nome encarnada pelo soberbo Rory Kinnear e que permanece dentro de uma esfera misteriosa e sem identidade durante os oito episódios dessa temporada. E com o desenrolar da história, a paleta viva dá lugar à obscuridade e à neutralidade de tons como o azul-escuro e o cinza, indicando que a busca pela esperança está sendo ofuscada pelas investidas constantes do submundo.

A primeira temporada de Penny Dreadful é simplesmente fantástica. Ainda que algumas saídas se baseiem essencialmente no impossível em detrimento de uma resolução mais palpável, as soberbas atuações e os profundos diálogos nos fornecem uma nova perspectiva para o gênero do terror e do suspense, tornando-o ainda mais cru, visceral e definitivamente sexy.

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