quarta-feira , 20 novembro , 2024

Crítica | O Grito: Origens – Série de Terror da Netflix é PERTURBADORA, porém confusa

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Quando o assunto é histórias de terror, encontrar histórias originais que tragam algum frescor pro gênero é um bocado difícil. Por isso, quando essas histórias surgem, a indústria do entretenimento tende a tentar esgotá-la em todas as suas possibilidades, especialmente quando faz sucesso. É o caso da franquia ‘O Grito’, filme de terror japonês que teve os direitos de adaptação vendidos para Hollywood e virou vários filmes. Agora, de volta ao início, a franquia ganha o formato de série na plataforma da Netflix, com o título O Grito – Origens’.



A sinopse é rebuscada, e é dessas que não dá para contar muito sem correr o risco de entregar parte do enredo. Mas trata-se de um escritor de histórias de terror, Yasuo Odajina (Yoshiyoshi Arakawa), que investiga fenômenos paranormais e tem um interesse particular acerca de uma casa supostamente amaldiçoada, na qual a jovem Kiyomi (Yuina Kuroshima) morou e alega ter ouvido passos e sussurros inquietantes, e que a perseguem onde quer que vá.

É claro que esse é um resumo bem raso sobre do que se tratam os seis episódios de meia hora de duração cada da primeira temporada de ‘O Grito – Origens’, pois o roteiro elaborado por Takashige Ichise e Hiroshi Takahashi é bem refinado, entrelaçando diversas camadas que vão se expondo ao espectador aos poucos, no tempo que seus criadores decidiram que era a hora de revelar determinado ponto da trama. Sim, a história é um pouco confusa em seus primeiros episódios. Construir um enredo tão intercalado e ao mesmo tempo incrustado em si mesmo requer dedicação, e o resultado alcançado na série é um bom e assustador entretenimento que prende o espectador, especialmente o episódio 4, no qual cenas bizarras e perturbadoras começam a aparecer e provocam na gente uma careta involuntária.

A direção de Shô Miyake é consistente, dando mais carga ao drama investigativo para eventualmente intervir com as cenas de terror e suspense. Estas, aliás, carregam a assinatura do bom terror japonês, com direito a uma interessante sobreposição de planos para compor algumas das chaves principais do enredo e uma estética particular para recriar os eventos que compõem os mistérios da casa – ora em um preto e branco vibrante, ora com tons pastéis esfumaçados.

Para quem está se perguntando se é possível ver a esta série sem ter visto nenhum dos outros filmes da franquia, a resposta é: Sim! Não só porque ‘O Grito – Origens’ conta exatamente o princípio da história toda, mas também porque oferece um ciclo que se fecha nessa primeira temporada – o qual pode ser expandido ao universo dos filmes caso você não os tenha visto ainda. Ah, e se possível, assistam a este ‘O Grito – Origens’ em japonês, que é a língua original, pois ouvir a interpretação natural do elenco nesta série em específico dá um gostinho a mais de medinho na trama.

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Janda Montenegrohttp://cinepop.com.br
Escritora, autora de 6 livros, roteirista, assistente de direção. Doutora em Literatura Brasileira Indígena UFRJ.

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A sinopse é rebuscada, e é dessas que não dá para contar muito sem correr o risco de entregar parte do enredo. Mas trata-se de um escritor de histórias de terror, Yasuo Odajina (Yoshiyoshi Arakawa), que investiga fenômenos paranormais e tem um interesse particular acerca de uma casa supostamente amaldiçoada, na qual a jovem Kiyomi (Yuina Kuroshima) morou e alega ter ouvido passos e sussurros inquietantes, e que a perseguem onde quer que vá.

É claro que esse é um resumo bem raso sobre do que se tratam os seis episódios de meia hora de duração cada da primeira temporada de ‘O Grito – Origens’, pois o roteiro elaborado por Takashige Ichise e Hiroshi Takahashi é bem refinado, entrelaçando diversas camadas que vão se expondo ao espectador aos poucos, no tempo que seus criadores decidiram que era a hora de revelar determinado ponto da trama. Sim, a história é um pouco confusa em seus primeiros episódios. Construir um enredo tão intercalado e ao mesmo tempo incrustado em si mesmo requer dedicação, e o resultado alcançado na série é um bom e assustador entretenimento que prende o espectador, especialmente o episódio 4, no qual cenas bizarras e perturbadoras começam a aparecer e provocam na gente uma careta involuntária.

A direção de Shô Miyake é consistente, dando mais carga ao drama investigativo para eventualmente intervir com as cenas de terror e suspense. Estas, aliás, carregam a assinatura do bom terror japonês, com direito a uma interessante sobreposição de planos para compor algumas das chaves principais do enredo e uma estética particular para recriar os eventos que compõem os mistérios da casa – ora em um preto e branco vibrante, ora com tons pastéis esfumaçados.

Para quem está se perguntando se é possível ver a esta série sem ter visto nenhum dos outros filmes da franquia, a resposta é: Sim! Não só porque ‘O Grito – Origens’ conta exatamente o princípio da história toda, mas também porque oferece um ciclo que se fecha nessa primeira temporada – o qual pode ser expandido ao universo dos filmes caso você não os tenha visto ainda. Ah, e se possível, assistam a este ‘O Grito – Origens’ em japonês, que é a língua original, pois ouvir a interpretação natural do elenco nesta série em específico dá um gostinho a mais de medinho na trama.

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