domingo , 22 dezembro , 2024

Crítica | O Verão que Mudou Minha Vida retorna com sensível e delicada 2ª temporada

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Enquanto os dissabores do despertar do primeiro amor fizeram da 1ª temporada de O Verão que Mudou Minha Vida uma alegoria sobre crescimento e auto descoberta – debaixo de uma atmosfera solar, quente e aconchegante -, o novo ciclo chega como um inesperado baque para a audiência. Mais um ano se passou e, desta vez, a temporada mais acalorada da vida de Belly se torna cinza, sombria e soturna. Debaixo de uma pesada sombra, ela, sua família e seus dois melhores amigos navegam pelas desconhecidas águas do luto, à medida em que tentam reaver a mesma magia que hoje existe apenas em memórias do passado.



Jenny Han retorna com a adaptação de sua trilogia literária pronta para nos levar a fundo em uma jornada catártica de amadurecimento e desprendimento emocional. Ao contrário do que vimos no passado, a nova temporada de O Verão que Mudou Minha Vida é marcada por lágrimas, depressão, solidão e despedidas repentinas. Aqui, embora o romance não possa esperar e caminhe a passos rápidos, tudo que vemos são relances de três jovens incompletos, buscando uns nos outros a sensação de plenitude que um dia tiveram, ainda na doçura da pureza pueril. Mas com um sabor amargo regado por uma trágica morte, o trio protagonista aprende – a duras penas – quais são as dores do crescimento. E nesse processo doloroso, a Amazon Prime Video leva um pouquinho de cada um de nós consigo.

E o que torna a 2ª temporada da amada série tão prazerosa é exatamente sua constante delicadeza. Mesmo flertando com a sagacidade juvenil, marcada por hormônios à flor da pele e experiências precoces, O Verão que Mudou Minha Vida é um dos poucos produtos do gênero coming of age que ainda tenta nutrir uma certa inocência jovial. Abordando o amor teen por uma ótica mais simbólica e menos carnal, a original Prime Video ainda consegue celebrar o romance de forma mais serena, leve e sensata. Nos levando para os pensamentos mais profundos da protagonista, vivida por Lola Tung, a produção é um convite a um momento ímpar na vida dos seus personagens. Nesse trajeto, somos presenteados com uma experiência profunda e reflexiva sobre a vida, a morte, o tempo e todas as coisas em torno disso.

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E vez outra nos levando às lágrimas, a série de drama ainda consegue se conectar com a audiência, ao abordar as estações da vida e como muitas vezes nos tornamos espectadores delas, sem qualquer tipo de controle das circunstâncias. E embora essa seja, essencialmente, uma série adolescente, é leviano desdenhá-la por isso. Diante de momentos bastante simbólicos, é inegável ser tomado por um sentimento de catarse íntima. E ao som de uma trilha sonora que mescla hits dos anos 90 e 2000, além de hinos famosos de artistas como Taylor Swift e Olivia Rodrigo, O Verão que Mudou Minha Vida ganha um sabor ainda melhor.

Com episódios envolventes, conduzidos pelo carisma do elenco e de seus personagens, a nova temporada do sucesso da Prime Video nos atrai pelas confusões amorosas do triângulo Belly, Conrad e Jeremiah, mas de fato nos mantém atentos e envolvidos por outro motivo. Enquanto divide nossas opiniões em relação ao romance, somos conduzidos a um nível bem mais profundo e que vai além do “quem vai ficar com quem”, onde o seio familiar é trazido ao centro da narrativa a partir de reflexões difíceis sobre paternidade, responsabilidade afetiva e síndrome do abandono. Com temas mais densos que, inevitavelmente, também fazem parte da vida de muitos adolescentes, O Verão que Mudou Minha Vida consegue romper uma outra barreira, conquistando um público muito maior com suas ilações sobre legado e apego ao passado. Divertida como já desde seu 1° episódio, mas com um toque extra de sensibilidade, a 2ª temporada é uma bela epifania sobre a preciosidade do tempo e da juventude.

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Enquanto os dissabores do despertar do primeiro amor fizeram da 1ª temporada de O Verão que Mudou Minha Vida uma alegoria sobre crescimento e auto descoberta – debaixo de uma atmosfera solar, quente e aconchegante -, o novo ciclo chega como um inesperado baque para a audiência. Mais um ano se passou e, desta vez, a temporada mais acalorada da vida de Belly se torna cinza, sombria e soturna. Debaixo de uma pesada sombra, ela, sua família e seus dois melhores amigos navegam pelas desconhecidas águas do luto, à medida em que tentam reaver a mesma magia que hoje existe apenas em memórias do passado.

Jenny Han retorna com a adaptação de sua trilogia literária pronta para nos levar a fundo em uma jornada catártica de amadurecimento e desprendimento emocional. Ao contrário do que vimos no passado, a nova temporada de O Verão que Mudou Minha Vida é marcada por lágrimas, depressão, solidão e despedidas repentinas. Aqui, embora o romance não possa esperar e caminhe a passos rápidos, tudo que vemos são relances de três jovens incompletos, buscando uns nos outros a sensação de plenitude que um dia tiveram, ainda na doçura da pureza pueril. Mas com um sabor amargo regado por uma trágica morte, o trio protagonista aprende – a duras penas – quais são as dores do crescimento. E nesse processo doloroso, a Amazon Prime Video leva um pouquinho de cada um de nós consigo.

E o que torna a 2ª temporada da amada série tão prazerosa é exatamente sua constante delicadeza. Mesmo flertando com a sagacidade juvenil, marcada por hormônios à flor da pele e experiências precoces, O Verão que Mudou Minha Vida é um dos poucos produtos do gênero coming of age que ainda tenta nutrir uma certa inocência jovial. Abordando o amor teen por uma ótica mais simbólica e menos carnal, a original Prime Video ainda consegue celebrar o romance de forma mais serena, leve e sensata. Nos levando para os pensamentos mais profundos da protagonista, vivida por Lola Tung, a produção é um convite a um momento ímpar na vida dos seus personagens. Nesse trajeto, somos presenteados com uma experiência profunda e reflexiva sobre a vida, a morte, o tempo e todas as coisas em torno disso.

E vez outra nos levando às lágrimas, a série de drama ainda consegue se conectar com a audiência, ao abordar as estações da vida e como muitas vezes nos tornamos espectadores delas, sem qualquer tipo de controle das circunstâncias. E embora essa seja, essencialmente, uma série adolescente, é leviano desdenhá-la por isso. Diante de momentos bastante simbólicos, é inegável ser tomado por um sentimento de catarse íntima. E ao som de uma trilha sonora que mescla hits dos anos 90 e 2000, além de hinos famosos de artistas como Taylor Swift e Olivia Rodrigo, O Verão que Mudou Minha Vida ganha um sabor ainda melhor.

Com episódios envolventes, conduzidos pelo carisma do elenco e de seus personagens, a nova temporada do sucesso da Prime Video nos atrai pelas confusões amorosas do triângulo Belly, Conrad e Jeremiah, mas de fato nos mantém atentos e envolvidos por outro motivo. Enquanto divide nossas opiniões em relação ao romance, somos conduzidos a um nível bem mais profundo e que vai além do “quem vai ficar com quem”, onde o seio familiar é trazido ao centro da narrativa a partir de reflexões difíceis sobre paternidade, responsabilidade afetiva e síndrome do abandono. Com temas mais densos que, inevitavelmente, também fazem parte da vida de muitos adolescentes, O Verão que Mudou Minha Vida consegue romper uma outra barreira, conquistando um público muito maior com suas ilações sobre legado e apego ao passado. Divertida como já desde seu 1° episódio, mas com um toque extra de sensibilidade, a 2ª temporada é uma bela epifania sobre a preciosidade do tempo e da juventude.

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