domingo , 22 dezembro , 2024

Crítica | Presságio – Suspense policial da Netflix envolve e surpreende

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Uma história de suspense policial tão emaranhada que, se você pisca, acaba perdendo alguma informação relevante. É assim ‘Presságio’, novo sucesso da Netflix que está arrebatando os assinantes por todo o país.

Duas coisas são necessárias saber em ‘Presságio’: a primeira delas é que este filme não trata de um crime apenas, mas sim de três, pois isso não fica muito claro no início do longa; a segunda informação importante é que este filme é uma pré-sequência de ‘Desaparecida’, outro filme também disponível na Netflix – ou seja, ‘Presságio’ conta a história anterior à ‘Desaparecida’. Com isso em mente, você pode querer assistir a ‘Desaparecida’ antes (para não se sentir perdido, tu-dum-tsss) ou imediatamente depois de ver ‘Presságio’, para fazer todas as informações se conectarem na sua cabecinha.



O filme começa com o policial Francisco Juánez (Joaquín Furriel) em busca de um assassino em série que sequestra jovens moças em Luján, norte de Buenos Aires. Nessa busca, ele conta com a ajuda da novata Manuela ‘Pipa’ Pelari (Luisana Lopilato, que fez ‘Chiquititas’, atual esposa do cantor Michael Bublé). Após a conclusão dessa perseguição, Pipa é convocada pelo supervisor para conduzir uma investigação sobre seu próprio chefe, Juánez, que é suspeito de ter atropelado e matado um jovem rapaz que havia sido libertado há pouco tempo, depois de ter sido preso por ter assassinado a esposa de Juánez. Em paralelo a isso, uma jovem de vinte anos é encontrada morta em casa, e Pipa e Juánez devem investigar o caso, afinal, a jovem é filha de um figurão da cidade.

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Escrito e dirigido por Alejandro Montiel, o roteiro de ‘Presságio’ é rebuscado demais, interligando todos esses crimes e diversos personagens que não necessariamente têm ligação com os outros delitos. Em alguns momentos (por exemplo, na primeira sequência do longa) têm-se a impressão de que as cenas correm demais, como se o roteiro quisesse encerrar logo esse núcleo; sem aprofundá-las, o espectador fica com a impressão de que perdeu alguma coisa.

Além disso, por ser um longa cuja história ocorre anteriormente a outro filme que estreou antes, a sensação que se tem é que obtivemos informações demais para um projeto de menos de duas horas de duração. O resultado é algo próximo à uma temporada inteira de série condensada em menos de duas horas.

Ainda assim, Alejandro Montiel consegue manter o clima constante de suspense, reforçado pelas boas atuações do casal protagonista. Luisana Lopilato, em especial, demonstra bastante segurança no papel líder da trama, construindo uma detetive sólida, ainda que inexperiente na ficção.

Presságio’ é um bom filme de suspense policial, mas que requer concentração para assistir – algo que anda bem difícil para qualquer pessoa nesse momento de reclusão social. Para ajudar a entender a trama, felizmente há o segundo filme, ‘Desaparecida’, além do livro ‘La Virgen em tus ojos’, de Florencia Etcheves, no qual os filmes se basearam.

 

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Janda Montenegrohttp://cinepop.com.br
Escritora, autora de 6 livros, roteirista, assistente de direção. Doutora em Literatura Brasileira Indígena UFRJ.

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Duas coisas são necessárias saber em ‘Presságio’: a primeira delas é que este filme não trata de um crime apenas, mas sim de três, pois isso não fica muito claro no início do longa; a segunda informação importante é que este filme é uma pré-sequência de ‘Desaparecida’, outro filme também disponível na Netflix – ou seja, ‘Presságio’ conta a história anterior à ‘Desaparecida’. Com isso em mente, você pode querer assistir a ‘Desaparecida’ antes (para não se sentir perdido, tu-dum-tsss) ou imediatamente depois de ver ‘Presságio’, para fazer todas as informações se conectarem na sua cabecinha.

O filme começa com o policial Francisco Juánez (Joaquín Furriel) em busca de um assassino em série que sequestra jovens moças em Luján, norte de Buenos Aires. Nessa busca, ele conta com a ajuda da novata Manuela ‘Pipa’ Pelari (Luisana Lopilato, que fez ‘Chiquititas’, atual esposa do cantor Michael Bublé). Após a conclusão dessa perseguição, Pipa é convocada pelo supervisor para conduzir uma investigação sobre seu próprio chefe, Juánez, que é suspeito de ter atropelado e matado um jovem rapaz que havia sido libertado há pouco tempo, depois de ter sido preso por ter assassinado a esposa de Juánez. Em paralelo a isso, uma jovem de vinte anos é encontrada morta em casa, e Pipa e Juánez devem investigar o caso, afinal, a jovem é filha de um figurão da cidade.

Escrito e dirigido por Alejandro Montiel, o roteiro de ‘Presságio’ é rebuscado demais, interligando todos esses crimes e diversos personagens que não necessariamente têm ligação com os outros delitos. Em alguns momentos (por exemplo, na primeira sequência do longa) têm-se a impressão de que as cenas correm demais, como se o roteiro quisesse encerrar logo esse núcleo; sem aprofundá-las, o espectador fica com a impressão de que perdeu alguma coisa.

Além disso, por ser um longa cuja história ocorre anteriormente a outro filme que estreou antes, a sensação que se tem é que obtivemos informações demais para um projeto de menos de duas horas de duração. O resultado é algo próximo à uma temporada inteira de série condensada em menos de duas horas.

Ainda assim, Alejandro Montiel consegue manter o clima constante de suspense, reforçado pelas boas atuações do casal protagonista. Luisana Lopilato, em especial, demonstra bastante segurança no papel líder da trama, construindo uma detetive sólida, ainda que inexperiente na ficção.

Presságio’ é um bom filme de suspense policial, mas que requer concentração para assistir – algo que anda bem difícil para qualquer pessoa nesse momento de reclusão social. Para ajudar a entender a trama, felizmente há o segundo filme, ‘Desaparecida’, além do livro ‘La Virgen em tus ojos’, de Florencia Etcheves, no qual os filmes se basearam.

 

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