quarta-feira , 20 novembro , 2024

Crítica | Rivais – Zendaya é Disputada em FRENÉTICO Filme Dirigido por Luca Guadanino com chance de Oscar

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Quando olhamos para trás, para as clássicas histórias gregas que originaram muitos mitos que inspiraram as histórias ocidentais, podemos observar que a maioria deles tem como cerne da trama a disputa do amor de uma mulher. Os deuses, os heróis e até mesmo os humanos dos mitos clássicos gregos faziam de tudo para chamar a atenção da tal “musa inspiradora”: aquela cujo coração seria disputado por dois ou mais candidatos, muitas vezes levando um dos dois à morte. Muitas guerras, inclusive, tiveram início assim, como a de Troia. Numa repaginada contemporânea e jovem desse mito da musa disputada, chega aos cinemas essa semana ‘Rivais’ (‘Challengers‘), novo longa do diretor Luca Guadagnino.



Art Donaldson (Mike Faist) e Patrick Zweig (Josh O’Connor) são grandes amigos que praticam o tênis juntos e têm o sonho de se tornarem profissionais no esporte. Um dia, durante uma competição, conhecem Tashi (Zendaya), uma jovem em ascensão no esporte e grande promessa do mundo do tênis. Desde o primeiro momento, Art e Patrick se sentem completamente enfeitiçados por Tashi, enquanto ela percebe a amizade entre os dois e tenta não interferir. Entretanto, os hormônios juvenis falam mais alto e, numa noite de curtição, os três acabam ficando, mas Tashi declara que não irá decidir com quem quer ficar: ao contrário, os dois deverão disputá-la na partida que têm um contra o outro no dia seguinte, e o vencedor irá namorá-la. Começa aí uma disputa acirrada que duraria anos, mesmo com a vida de todos tendo seguido por rumos diferentes, de modo que a cada reencontro, é reacesa a chama da competição.

Com duas horas e dez de duração, ‘Rivais’ pode ser que dê uma cansada na sua extensão, mas a verdade é que o ritmo super frenético da montagem e a edição de Marco Costa (que também montou o filme anterior de Guadagnino, ‘Até os Ossos’) elevam a adrenalina do espectador num ritmo alucinante, acrescida de uma trilha sonora eletrônica com industrial metal, misturando rock com eletro que acompanha as raquetadas fortes e intensas dos personagens, comandadas por Trent Reznor. Essa técnica sobre o roteiro de Justin Kuritzkes faz com que a comunhão desses aspectos técnicos sejam o melhor do filme, pois uma vez que o roteiro fica indo e vindo no tempo (tal qual uma partida de tênis), é essa montagem em vertigem que imprime a verdadeira personalidade do longa.

Zendaya é o grande destaque de ‘Rivais’ – não à toa, é também produtora do longa. Por ser o troféu da disputa entre os dois personagens, todas as suas cenas valorizam a atriz, seja o seu corpo, seja a sua beleza, seja sua entrega à personagem (ela fez um intensivo de três meses para aprender tênis), seja sua competência na atuação. Tanto, que há um abismo entre ela e seus colegas de cena, deslumbrados pela personagem que é um verdadeiro sopro de vida e de fúria.

Rivais’ tem um quê de ‘Euphoria’ com ‘Saltburn’, deixando para trás ‘Me Chame Pelo Seu Nome’, que consagrou seu diretor. É o melhor trabalho tanto de Luca Guadagnino quanto de Zendaya, e abre a temporada de disputas (com o perdão do trocadilho) com fortes chances de ser indicado nas categorias técnicas nas premiações do cinema. Um filme intenso, frenético, avassalador, efervescente e cheio de tesão como os hormônios juvenis e as boas partidas de tênis. De tirar o fôlego!

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Janda Montenegrohttp://cinepop.com.br
Escritora, autora de 6 livros, roteirista, assistente de direção. Doutora em Literatura Brasileira Indígena UFRJ.

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Art Donaldson (Mike Faist) e Patrick Zweig (Josh O’Connor) são grandes amigos que praticam o tênis juntos e têm o sonho de se tornarem profissionais no esporte. Um dia, durante uma competição, conhecem Tashi (Zendaya), uma jovem em ascensão no esporte e grande promessa do mundo do tênis. Desde o primeiro momento, Art e Patrick se sentem completamente enfeitiçados por Tashi, enquanto ela percebe a amizade entre os dois e tenta não interferir. Entretanto, os hormônios juvenis falam mais alto e, numa noite de curtição, os três acabam ficando, mas Tashi declara que não irá decidir com quem quer ficar: ao contrário, os dois deverão disputá-la na partida que têm um contra o outro no dia seguinte, e o vencedor irá namorá-la. Começa aí uma disputa acirrada que duraria anos, mesmo com a vida de todos tendo seguido por rumos diferentes, de modo que a cada reencontro, é reacesa a chama da competição.

Com duas horas e dez de duração, ‘Rivais’ pode ser que dê uma cansada na sua extensão, mas a verdade é que o ritmo super frenético da montagem e a edição de Marco Costa (que também montou o filme anterior de Guadagnino, ‘Até os Ossos’) elevam a adrenalina do espectador num ritmo alucinante, acrescida de uma trilha sonora eletrônica com industrial metal, misturando rock com eletro que acompanha as raquetadas fortes e intensas dos personagens, comandadas por Trent Reznor. Essa técnica sobre o roteiro de Justin Kuritzkes faz com que a comunhão desses aspectos técnicos sejam o melhor do filme, pois uma vez que o roteiro fica indo e vindo no tempo (tal qual uma partida de tênis), é essa montagem em vertigem que imprime a verdadeira personalidade do longa.

Zendaya é o grande destaque de ‘Rivais’ – não à toa, é também produtora do longa. Por ser o troféu da disputa entre os dois personagens, todas as suas cenas valorizam a atriz, seja o seu corpo, seja a sua beleza, seja sua entrega à personagem (ela fez um intensivo de três meses para aprender tênis), seja sua competência na atuação. Tanto, que há um abismo entre ela e seus colegas de cena, deslumbrados pela personagem que é um verdadeiro sopro de vida e de fúria.

Rivais’ tem um quê de ‘Euphoria’ com ‘Saltburn’, deixando para trás ‘Me Chame Pelo Seu Nome’, que consagrou seu diretor. É o melhor trabalho tanto de Luca Guadagnino quanto de Zendaya, e abre a temporada de disputas (com o perdão do trocadilho) com fortes chances de ser indicado nas categorias técnicas nas premiações do cinema. Um filme intenso, frenético, avassalador, efervescente e cheio de tesão como os hormônios juvenis e as boas partidas de tênis. De tirar o fôlego!

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