domingo , 22 dezembro , 2024

Crítica ‘Sequestrando Stella’ | ‘Ruim’ é elogio para suspense fraquíssimo da Netflix

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Nos últimos dias, Sequestrando Stella ficou entre os filmes mais comentados da Netflix. A princípio, achei que fosse mais um lançamento desconhecido do catálogo. Porém, trata-se de suposto suspense alemão que já está no catálogo há um tempo e foi “redescoberto” recentemente.



Remake de um suspense britânico, a versão alemã conta a história de dois sequestradores que raptam Stella (Jella Haase) na rua e a levam para um cativeiro à prova de som. O objetivo desse crime é extorquir o pai da vítima e conseguir um resgate milionário. O problema é que um dos sequestradores conhece a vítima e começa aí uma Síndrome de Estocolmo invertida.

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Dividido entre conseguir o dinheiro e cuidar da vítima, o criminoso começa a ser manipulado por Stella que está desesperada para tentar fugir do cativeiro. Isso causa uma série de confusões e intrigas entre os dois bandidos, que não levam a lugar nenhum, porque o comparsa não descobre a relação entre criminoso e vítima até os 45 do segundo tempo, quando o que já era clichê consegue ficar ainda mais clichê.

Dirigida por Thomas Sieben, o filme até tem uma premissa interessante, mas é tão mal executada que não consegue causar desconforto ou aquela sensação de urgência no público. Isso porque os vilões da trama são tão burros, mas tão burros, que fazem os invasores de Esqueceram de Mim parecem gênios do crime. E olha que eles apanharam duas vezes de uma criança.

Se o filme não tentasse se levar tanto a sério, talvez desse pra comprar como uma comédia tensa, mas nem isso acontecesse. É irritante, porque o longa faz de tudo para ser “pé no chão”, trazendo algumas cenas típicas de filmes de assalto, só que a situação é tão absurda que há momentos dignos de risada. Porém, para ser justo com o filme, há apenas uma sequência que realmente justifica terem encaixado esse longa no gênero “suspense”, que é um momento de tortura gravada no qual um membro da Stella pode ou não ser decepado. A construção da tensão em cima dessa dúvida é muito boa, mas não faz valer a outra 1h20 de filme. A introdução também é interessante, mas dura 5 minutos e provavelmente é o único momento em que os criminosos não são burros. Complicado.

Enfim, com um roteiro fraco, suspense digno de um episódio de Casos de Família e atuações irrelevantes, Sequestrando Stella é bobo e não vale o pouco tempo de tela. Chega a ser quase injustificável como esse filme voltou a ser comentado recentemente.

 

 

 

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Pedro Sobreirohttp://cinepop.com.br/
Jornalista apaixonado por entretenimento, com passagens por sites, revistas e emissoras como repórter, crítico e produtor.

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Remake de um suspense britânico, a versão alemã conta a história de dois sequestradores que raptam Stella (Jella Haase) na rua e a levam para um cativeiro à prova de som. O objetivo desse crime é extorquir o pai da vítima e conseguir um resgate milionário. O problema é que um dos sequestradores conhece a vítima e começa aí uma Síndrome de Estocolmo invertida.

Dividido entre conseguir o dinheiro e cuidar da vítima, o criminoso começa a ser manipulado por Stella que está desesperada para tentar fugir do cativeiro. Isso causa uma série de confusões e intrigas entre os dois bandidos, que não levam a lugar nenhum, porque o comparsa não descobre a relação entre criminoso e vítima até os 45 do segundo tempo, quando o que já era clichê consegue ficar ainda mais clichê.

Dirigida por Thomas Sieben, o filme até tem uma premissa interessante, mas é tão mal executada que não consegue causar desconforto ou aquela sensação de urgência no público. Isso porque os vilões da trama são tão burros, mas tão burros, que fazem os invasores de Esqueceram de Mim parecem gênios do crime. E olha que eles apanharam duas vezes de uma criança.

Se o filme não tentasse se levar tanto a sério, talvez desse pra comprar como uma comédia tensa, mas nem isso acontecesse. É irritante, porque o longa faz de tudo para ser “pé no chão”, trazendo algumas cenas típicas de filmes de assalto, só que a situação é tão absurda que há momentos dignos de risada. Porém, para ser justo com o filme, há apenas uma sequência que realmente justifica terem encaixado esse longa no gênero “suspense”, que é um momento de tortura gravada no qual um membro da Stella pode ou não ser decepado. A construção da tensão em cima dessa dúvida é muito boa, mas não faz valer a outra 1h20 de filme. A introdução também é interessante, mas dura 5 minutos e provavelmente é o único momento em que os criminosos não são burros. Complicado.

Enfim, com um roteiro fraco, suspense digno de um episódio de Casos de Família e atuações irrelevantes, Sequestrando Stella é bobo e não vale o pouco tempo de tela. Chega a ser quase injustificável como esse filme voltou a ser comentado recentemente.

 

 

 

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