sábado , 21 dezembro , 2024

Crítica | ‘Sisu: Uma História de Determinação’ – O John Wick Highlander finlandês com toque ‘tarantinês’

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Buscar inovações, ou até mesmo alguns resgates, dentro de um recheado gênero cinematográfico, aqui no caso a ação, é sempre algo louvável. Dito isso, no último dia do ano de 2023 nos deparamos com um projeto violento, sangrento, exagerado (na linha dos filmes de Tarantino), que nos joga de frente para a figura de um anti-herói, um imortal em sua determinação, que dentro de um contexto histórico real, já no finalzinho da Segunda Guerra Mundial, se joga em sua jornada de incertezas tendo a sobrevivência como um único objetivo.

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Escrito e dirigido pelo cineasta Jalmari Helander, Sisu: Uma História de Determinação se destaca por cenas muito bem filmadas, empolgantes, e um roteiro que se sustenta usando do indestrutível para dizer verdades de um embolado contexto geopolítico. A narrativa se estrutura em um clima de total tensão, longe de qualquer complexidade, impondo um ritmo intenso durante seus 90 minutos.

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Na trama, conhecemos Aatami (Jorma Tommila), um ex-comandante do exército finlandês, temido pelo próprio batalhão, que abandonou os tempos de guerra, largado em uma terra ao norte, ainda destruída, no meio do nada, onde vira garimpeiro e começa a achar generosas quantidades de ouro. Só que logo seu caminho se cruza com o de nazistas inescrupulosos sedentos pelo ouro encontrado.

Curtinho e objetivo. Essa produção finlandesa não perde muito tempo para apresentar suas peças mesmo que uma (necessária) maior explicação sobre o contexto da época seja uma lacuna em aberto. Em 1944, já no finalzinho da Segunda Guerra Mundial, na região da Lapônia, rodeada por outros países além do local onde o filme se passa, a União Soviética e a Finlândia assinaram um armistício onde a segunda deveria expulsar as tropas nazistas restantes da região. Fato esse que criou uma corrida por sobrevivência de todos os lados, já que a Finlândia ficou arrasada pela guerra e seus próprios cidadãos não sabiam como seria o futuro. O gancho para o roteiro vem exatamente desse ponto, daí a importância do ouro num tempo de incertezas.

Com um orçamento na casa de seis milhões de dólares, valor bem baixo para os padrões de hoje em dia, a figura do anti-herói tem interpretações variadas dentro de uma narrativa que empolga o espectador, muito pelo dinamismo alcançado. Tudo é muito intenso nessa obra, a crueldade caminha pelos dois lados e se torna um elemento que atinge os conflitos que fazem parte do arco dramático de seu protagonista.

A sobrevivência na ponta do discurso, seja na terra, seja na água, seja no mar, afasta qualquer semelhança com a jornada do herói já que seu fim não causa transformação, é somente mais um dia de guerra para alguém que se adaptou a isso no cotidiano. Essa análise em cima do personagem é um caminho instigante, reflexivo, que o espectador pode alcançar.

Sisu: Uma História de Determinação pode ser considerado um filme finlandês com toque ‘tarantinês’. Só isso já abre o interessante, né? Pra você que curte os filmes do Tarantino, ou, até mesmo famosas sagas de heróis indestrutíveis onde a ação rola solta, essa é uma produção que pode te agradar. Fica a dica: chegou recentemente ao catálogo da HBO MAX!

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Crítica | ‘Sisu: Uma História de Determinação’ – O John Wick Highlander finlandês com toque ‘tarantinês’

Buscar inovações, ou até mesmo alguns resgates, dentro de um recheado gênero cinematográfico, aqui no caso a ação, é sempre algo louvável. Dito isso, no último dia do ano de 2023 nos deparamos com um projeto violento, sangrento, exagerado (na linha dos filmes de Tarantino), que nos joga de frente para a figura de um anti-herói, um imortal em sua determinação, que dentro de um contexto histórico real, já no finalzinho da Segunda Guerra Mundial, se joga em sua jornada de incertezas tendo a sobrevivência como um único objetivo.

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Escrito e dirigido pelo cineasta Jalmari Helander, Sisu: Uma História de Determinação se destaca por cenas muito bem filmadas, empolgantes, e um roteiro que se sustenta usando do indestrutível para dizer verdades de um embolado contexto geopolítico. A narrativa se estrutura em um clima de total tensão, longe de qualquer complexidade, impondo um ritmo intenso durante seus 90 minutos.

Na trama, conhecemos Aatami (Jorma Tommila), um ex-comandante do exército finlandês, temido pelo próprio batalhão, que abandonou os tempos de guerra, largado em uma terra ao norte, ainda destruída, no meio do nada, onde vira garimpeiro e começa a achar generosas quantidades de ouro. Só que logo seu caminho se cruza com o de nazistas inescrupulosos sedentos pelo ouro encontrado.

Curtinho e objetivo. Essa produção finlandesa não perde muito tempo para apresentar suas peças mesmo que uma (necessária) maior explicação sobre o contexto da época seja uma lacuna em aberto. Em 1944, já no finalzinho da Segunda Guerra Mundial, na região da Lapônia, rodeada por outros países além do local onde o filme se passa, a União Soviética e a Finlândia assinaram um armistício onde a segunda deveria expulsar as tropas nazistas restantes da região. Fato esse que criou uma corrida por sobrevivência de todos os lados, já que a Finlândia ficou arrasada pela guerra e seus próprios cidadãos não sabiam como seria o futuro. O gancho para o roteiro vem exatamente desse ponto, daí a importância do ouro num tempo de incertezas.

Com um orçamento na casa de seis milhões de dólares, valor bem baixo para os padrões de hoje em dia, a figura do anti-herói tem interpretações variadas dentro de uma narrativa que empolga o espectador, muito pelo dinamismo alcançado. Tudo é muito intenso nessa obra, a crueldade caminha pelos dois lados e se torna um elemento que atinge os conflitos que fazem parte do arco dramático de seu protagonista.

A sobrevivência na ponta do discurso, seja na terra, seja na água, seja no mar, afasta qualquer semelhança com a jornada do herói já que seu fim não causa transformação, é somente mais um dia de guerra para alguém que se adaptou a isso no cotidiano. Essa análise em cima do personagem é um caminho instigante, reflexivo, que o espectador pode alcançar.

Sisu: Uma História de Determinação pode ser considerado um filme finlandês com toque ‘tarantinês’. Só isso já abre o interessante, né? Pra você que curte os filmes do Tarantino, ou, até mesmo famosas sagas de heróis indestrutíveis onde a ação rola solta, essa é uma produção que pode te agradar. Fica a dica: chegou recentemente ao catálogo da HBO MAX!

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