terça-feira , 24 dezembro , 2024

Crítica | “Sour Candy” eletriza com um saboroso, ainda que oscilante deep house

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Na manhã desta última quinta-feira, poucas horas antes do lançamento oficial de seu sexto álbum de estúdio, Lady Gaga divulgou o 3º single de Chromatica: “Sour Candy”, como há muito já tinha sido confirmado através de divulgações e materiais promocionais, seria mais uma aguardada colaboração entre uma das lendárias figuras da música contemporânea e o grupo feminino de K-Pop BLACKPINK.

Caindo no gosto popular em tempo recorde, a canção é uma ode às danceterias ao render-se sem pensar duas vezes ao deep house e ao electropop, buscando referências clássicas da década passada para construir uma deliciosa incursão sonora que oscila por sua excessiva fragmentação vocal.



Através de batidas bem demarcadas e voltadas a um minimalismo sintético bastante bem-vindo (ainda que não seja revolucionário ou original), as meninas da girlband sul-coreana se jogam de cabeça e entregam uma de suas melhores performances, optando por uma versão mais comedida quando comparada ao impactante hino “Kill This Love”, por exemplo. Pavimentando o caminho para a chegada de Gaga, reconhecida imediatamente por suas teceduras mais graves que nos arremessam de volta para a identidade de ARTPOP.

O problema principal ocorre no momento da colisão entre as duas partes, que, de alguma forma, não se conectam como se deveriam. À medida que separamos a track em dois momentos distintos, a envolvência canalizada para os ouvintes ganha peso muito maior – diferente da intrincada e complexa fusão divergente que ocorre entre Gaga e Ariana Grande na recente “Rain On Me”.

Assista também:
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Felizmente, a competente produção de BloodPopBurns permite que o cativante e facilmente relembrável lirismo, aliado às investidas que colhem inspiração de Maya Jane Coles, permite que nos entreguemos a uma vibrante música popdance cujo principal feito é nos alegrar em tempos tão difíceis.

Ouça:

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Thiago Nollahttps://www.editoraviseu.com.br/a-pedra-negra-prod.html
Em contato com as artes em geral desde muito cedo, Thiago Nolla é jornalista, escritor e drag queen nas horas vagas. Trabalha com cultura pop desde 2015 e é uma enciclopédia ambulante sobre divas pop (principalmente sobre suas musas, Lady Gaga e Beyoncé). Ele também é apaixonado por vinho, literatura e jogar conversa fora.

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Caindo no gosto popular em tempo recorde, a canção é uma ode às danceterias ao render-se sem pensar duas vezes ao deep house e ao electropop, buscando referências clássicas da década passada para construir uma deliciosa incursão sonora que oscila por sua excessiva fragmentação vocal.

Através de batidas bem demarcadas e voltadas a um minimalismo sintético bastante bem-vindo (ainda que não seja revolucionário ou original), as meninas da girlband sul-coreana se jogam de cabeça e entregam uma de suas melhores performances, optando por uma versão mais comedida quando comparada ao impactante hino “Kill This Love”, por exemplo. Pavimentando o caminho para a chegada de Gaga, reconhecida imediatamente por suas teceduras mais graves que nos arremessam de volta para a identidade de ARTPOP.

O problema principal ocorre no momento da colisão entre as duas partes, que, de alguma forma, não se conectam como se deveriam. À medida que separamos a track em dois momentos distintos, a envolvência canalizada para os ouvintes ganha peso muito maior – diferente da intrincada e complexa fusão divergente que ocorre entre Gaga e Ariana Grande na recente “Rain On Me”.

Felizmente, a competente produção de BloodPopBurns permite que o cativante e facilmente relembrável lirismo, aliado às investidas que colhem inspiração de Maya Jane Coles, permite que nos entreguemos a uma vibrante música popdance cujo principal feito é nos alegrar em tempos tão difíceis.

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