terça-feira , 5 novembro , 2024

Crítica | Star Wars: Visions – Série de Anime é a produção mais inovadora e empolgante do universo de George Lucas

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Desde que as novidades da franquia Star Wars foram anunciadas no evento da Disney no ano passado os nerds de plantão ficaram especialmente curiosos com uma produção intitulada ‘Star Wars: Visions’, cuja proposta era contar histórias do universo criado por George Lucas através da estética dos animes japoneses. Bom, a espera finalmente terminou, pois estreia hoje a série ‘Star Wars: Visions’ na plataforma da DisneyPlus.

Uma das principais dicas que podemos dar logo de cara é que a maioria dos episódios possui áudio original apenas em inglês e japonês, com legenda disponível em várias línguas inclusive português brasileiro. Esse é um indicativo de que a história daquele episódio é voltada mais para o público adulto; os episódios que possuem dublagem em português são exatamente as duas histórias mais fofinhas, que podem ser vistas por crianças pequenas. São eles os episódios 2, ‘Balada de Tattoine’ (que conta a história de um grupo de rock que é obrigado a se apresentar para Jabba the Hutt), e o 6, ‘T0-B1’ (que conta a história de um droide humanóide que sonha em se tornar um Jedi).

Há uma linha que conduz o cerne do enredo desta primeira temporada de ‘Star Wars: Visions’, que é a famosa frase “eu tenho um mau pressentimento com relação a isso”. Esta fala aparece diretamente em sete dos nove episódios e serve como argumento para as aventuras criadas pelos estúdios de anime. É interessante observar como esta simples fala, famosa no universo de Star Wars, é capaz de gerar histórias tão diferentes quanto uma batalha entre dois irmãos gêmeos usados para gerar a força para o Lado Negro (episódio 3) quanto um episódio em que dois jedi sentem uma perturbação na Força e descobrem um velho ancião sith (episódio 7).

A estética dos capítulos remete a clássicas produções japonesas que podem ser facilmente identificadas pelos espectadores, como o mangáBoku no Hero Academia’ e os animes ‘InuYasha’, ‘Avatar: A Lenda de Ang’ e ‘Mega Man’. Enche os olhos o capítulo de abertura, ‘O Duelo’, que conta a história de um clássico ronin japonês exterminador de sith, que recupera a estética de mangas históricos como ‘Vagabond’ e atualiza a figura do samurai trocando a katana por um sabre de luz. A mesma proposta de samurai retorna no último episódio, ‘Akakiri’, que talvez não devesse ter sido escolhido para fechar a temporada, pois deixa um sabor amargo no ar.

Dividido em apenas nove episódios curtinhos que variam entre oito e vinte e três minutos de duração individualmente, cada episódio foi produzido por sete estúdios de animação japonês diferentes, e cada um deles conta uma história distinta que podem ser vistas na sequência proposta pela série ou em ordem aleatória. Por serem episódios rápidos, rola uma tentação de maratonar a série toda de uma vez, porém, pode ser gostoso de ir vendo um capítulo por dia, afinal, ainda não sabemos quando a Disney irá liberar a segunda temporada para a gente. Ah, e uma boa notícia: as histórias trazem personagens cujos cosplays são mais fáceis de montar.

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Janda Montenegrohttp://cinepop.com.br
Escritora, autora de 6 livros, roteirista, assistente de direção. Doutora em Literatura Brasileira Indígena UFRJ.

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Uma das principais dicas que podemos dar logo de cara é que a maioria dos episódios possui áudio original apenas em inglês e japonês, com legenda disponível em várias línguas inclusive português brasileiro. Esse é um indicativo de que a história daquele episódio é voltada mais para o público adulto; os episódios que possuem dublagem em português são exatamente as duas histórias mais fofinhas, que podem ser vistas por crianças pequenas. São eles os episódios 2, ‘Balada de Tattoine’ (que conta a história de um grupo de rock que é obrigado a se apresentar para Jabba the Hutt), e o 6, ‘T0-B1’ (que conta a história de um droide humanóide que sonha em se tornar um Jedi).

Há uma linha que conduz o cerne do enredo desta primeira temporada de ‘Star Wars: Visions’, que é a famosa frase “eu tenho um mau pressentimento com relação a isso”. Esta fala aparece diretamente em sete dos nove episódios e serve como argumento para as aventuras criadas pelos estúdios de anime. É interessante observar como esta simples fala, famosa no universo de Star Wars, é capaz de gerar histórias tão diferentes quanto uma batalha entre dois irmãos gêmeos usados para gerar a força para o Lado Negro (episódio 3) quanto um episódio em que dois jedi sentem uma perturbação na Força e descobrem um velho ancião sith (episódio 7).

A estética dos capítulos remete a clássicas produções japonesas que podem ser facilmente identificadas pelos espectadores, como o mangáBoku no Hero Academia’ e os animes ‘InuYasha’, ‘Avatar: A Lenda de Ang’ e ‘Mega Man’. Enche os olhos o capítulo de abertura, ‘O Duelo’, que conta a história de um clássico ronin japonês exterminador de sith, que recupera a estética de mangas históricos como ‘Vagabond’ e atualiza a figura do samurai trocando a katana por um sabre de luz. A mesma proposta de samurai retorna no último episódio, ‘Akakiri’, que talvez não devesse ter sido escolhido para fechar a temporada, pois deixa um sabor amargo no ar.

Dividido em apenas nove episódios curtinhos que variam entre oito e vinte e três minutos de duração individualmente, cada episódio foi produzido por sete estúdios de animação japonês diferentes, e cada um deles conta uma história distinta que podem ser vistas na sequência proposta pela série ou em ordem aleatória. Por serem episódios rápidos, rola uma tentação de maratonar a série toda de uma vez, porém, pode ser gostoso de ir vendo um capítulo por dia, afinal, ainda não sabemos quando a Disney irá liberar a segunda temporada para a gente. Ah, e uma boa notícia: as histórias trazem personagens cujos cosplays são mais fáceis de montar.

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