quinta-feira , 19 dezembro , 2024

Crítica Sundance | Downhill: Julia Louis-Dreyfus e Will Ferrell estrelam comédia sem graça

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Filme assistido durante o Festival de Sundance 2020

Naturalmente, as comédias românticas são cercadas por um certo pragmatismo cultural. Em geral, as tramas são conduzidas por um elenco jovem e fisicamente atraente, trazendo-os sempre envoltos nos dissabores de tentar sustentar um relacionamento amoroso em um contexto sócio cultural tão contemporâneo. Downhill tenta seguir na contramão do gênero onde reside, em uma tentativa que mira em Nancy Meyers, mas acaba acertando em uma avalanche de momentos pouco engraçados e envolventes.



downhill

Não que a comédia dirigida por Nat Faxon e Jim Rash seja essencialmente ruim, mas ela fracassa em sustentar o humor que tenta promover e em nos conectar aos personagens e suas complexidades. Partindo de uma trama familiar onde um casal de meia idade caminha a trancos e barrancos, em um casamento onde a simplicidade e leveza parecem não mais existir, Downhill visa abordar o romance – ou a falta dele – a partir de uma faixa etária raramente abordada no gênero. Se inspirando no sucesso das deliciosas produções da Nancy Meyers, o longa tem boas intenções, mas seu senso de humor explorado fracamente o impede de alcançar todo o potencial que sua premissa originalmente tem.

Trazendo uma combinação cômica em seu elenco que – em outras circunstâncias – funciona muito bem diante da audiência, Downhill tenta se sustentar na longa trajetória humorística de Julia Louis-Dreyfus e Will Ferrell. Enquanto o último tem em seu currículo uma jornada marcada pelo aclamado programa de sketches Saturday Night Live, a primeira possui uma carreira impecável em séries de TV, partindo de Seinfeld e recentemente encerrando seu trabalho em Veep. Ainda assim, ambos os talentos acabam padecendo como um desperdício, tentando carregar nos ombros um roteiro que tem dificuldades de equilibrar o humor circunstancial e às vezes quase pastelão com o drama de uma relacionamento em ruínas que precisa ser reestruturado.

downhill

Com uma trama embasada em um gélido cenário onde a família está passando as férias de inverno, Downhill ainda tenta brincar com o seu próprio contexto de estreia mundial, ao se apresentar como parte do lineup do Festival de Sundance, onde as condições climáticas são tão frias quanto as do filme. Tentando criar um breve elo de ligação a partir da familiaridade de contextos, a produção mesmo assim não consegue conquistar e cativar sua audiência, promovendo pouco e quase nenhum interesse pelo frágil relacionamento familiar e amoroso que se instalara entre o casal e até mesmo seus filhos.

Caminhando de forma lenta e pouco envolvente, a comédia consegue transformar as 1h26 de filme em uma extensa e inesgotável pausa, com pequenos intervalos onde um riso frouxo aqui e ali escapa. Proporcionando uma comédia que convence pouco e faz rir menos ainda, Downhill não chega nem perto da qualidade fílmica de produções do mesmo subgênero como Alguém Tem que Ceder e Simplesmente Complicado e segue ladeira abaixo de forma esquecível e, infelizmente, até mesmo irrelevante.

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Naturalmente, as comédias românticas são cercadas por um certo pragmatismo cultural. Em geral, as tramas são conduzidas por um elenco jovem e fisicamente atraente, trazendo-os sempre envoltos nos dissabores de tentar sustentar um relacionamento amoroso em um contexto sócio cultural tão contemporâneo. Downhill tenta seguir na contramão do gênero onde reside, em uma tentativa que mira em Nancy Meyers, mas acaba acertando em uma avalanche de momentos pouco engraçados e envolventes.

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Não que a comédia dirigida por Nat Faxon e Jim Rash seja essencialmente ruim, mas ela fracassa em sustentar o humor que tenta promover e em nos conectar aos personagens e suas complexidades. Partindo de uma trama familiar onde um casal de meia idade caminha a trancos e barrancos, em um casamento onde a simplicidade e leveza parecem não mais existir, Downhill visa abordar o romance – ou a falta dele – a partir de uma faixa etária raramente abordada no gênero. Se inspirando no sucesso das deliciosas produções da Nancy Meyers, o longa tem boas intenções, mas seu senso de humor explorado fracamente o impede de alcançar todo o potencial que sua premissa originalmente tem.

Trazendo uma combinação cômica em seu elenco que – em outras circunstâncias – funciona muito bem diante da audiência, Downhill tenta se sustentar na longa trajetória humorística de Julia Louis-Dreyfus e Will Ferrell. Enquanto o último tem em seu currículo uma jornada marcada pelo aclamado programa de sketches Saturday Night Live, a primeira possui uma carreira impecável em séries de TV, partindo de Seinfeld e recentemente encerrando seu trabalho em Veep. Ainda assim, ambos os talentos acabam padecendo como um desperdício, tentando carregar nos ombros um roteiro que tem dificuldades de equilibrar o humor circunstancial e às vezes quase pastelão com o drama de uma relacionamento em ruínas que precisa ser reestruturado.

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Com uma trama embasada em um gélido cenário onde a família está passando as férias de inverno, Downhill ainda tenta brincar com o seu próprio contexto de estreia mundial, ao se apresentar como parte do lineup do Festival de Sundance, onde as condições climáticas são tão frias quanto as do filme. Tentando criar um breve elo de ligação a partir da familiaridade de contextos, a produção mesmo assim não consegue conquistar e cativar sua audiência, promovendo pouco e quase nenhum interesse pelo frágil relacionamento familiar e amoroso que se instalara entre o casal e até mesmo seus filhos.

Caminhando de forma lenta e pouco envolvente, a comédia consegue transformar as 1h26 de filme em uma extensa e inesgotável pausa, com pequenos intervalos onde um riso frouxo aqui e ali escapa. Proporcionando uma comédia que convence pouco e faz rir menos ainda, Downhill não chega nem perto da qualidade fílmica de produções do mesmo subgênero como Alguém Tem que Ceder e Simplesmente Complicado e segue ladeira abaixo de forma esquecível e, infelizmente, até mesmo irrelevante.

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