sexta-feira , 15 novembro , 2024

Crítica | The Salvation

“A vingança é uma espécie de justiça selvagem”. Essa frase emblemática do filósofo britânico Francis Bacon, encaixa como uma luva quando pensamos na definição para o novo filme do competente diretor dinamarquês Kristian Levring, o faroeste The Salvation. Protagonizado pelo camaleão Mads Mikkelsen, o filme possui um roteiro bem simples, assinado pelo excelente Anders Thomas Jensen (que também assinou roteiro do espetacular Brothers (2004)), mas que permite o brilho de todos os personagens nas sequências.

Na trama, voltamos ao ano de 1870 em uma América indefinida, naqueles tempos onde os vilões bigodudos dominavam as estradas de areia que andavam os cavalos. Assim, conhecemos o dinamarquês Jon (Mikkelsen) que chegara há algum tempo na América junto a seu irmão e ambos conseguiram crescer em seus empreendimentos, permitindo a vinda da esposa de Jon e de único filho para a terra das oportunidades. Porém, assim que sua família chega, são assassinados brutalmente por um parente de um bandido local. Jon então parte em busca de vingança a qualquer preço.

Há drama, há suspense, há ação, bem exploradas dentro do contexto. A parte do romance dentro da trama que deixa um pouco a desejar. Madelaine, personagem de Eva Green, era o caminho certo para fazer fluir nesse sentido, porém, a leitura feita por Eva de sua personagem transforma Madelaine em uma mulher dura, que se expressa por ações e não por emoções ao longo dos curtos 92 minutos de fita. Isso não é ruim, não estou dizendo isso, só meio que não preenche todas as lacunas que a história permitia.



As cenas de bang bang são excelentes. A condução de Levring é inteligente, deixando o espectador, principalmente aos cinéfilos que curtem os filmes do gênero, grudado na poltrona. O ótimo Jeffrey Dean Morgan, eterno sósia de Javier Bardem, veste muito bem a Carapuça de vilão, parece se divertir em cena. Sem dúvidas, um dos grandes destaques da o filme.

The Salvation se aproxima muito da qualidade dos ótimos faroestes feitos nos últimos anos em Hollywood: Os Indomáveis (3:10 To Yuma) e Appaloosa – Uma Cidade Sem Lei. O êxito desses trabalhos é fundamental para que esse gênero, imortalizado por John Wayne e companhia, nunca seja esquecido do imaginário cinéfilo.

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Na trama, voltamos ao ano de 1870 em uma América indefinida, naqueles tempos onde os vilões bigodudos dominavam as estradas de areia que andavam os cavalos. Assim, conhecemos o dinamarquês Jon (Mikkelsen) que chegara há algum tempo na América junto a seu irmão e ambos conseguiram crescer em seus empreendimentos, permitindo a vinda da esposa de Jon e de único filho para a terra das oportunidades. Porém, assim que sua família chega, são assassinados brutalmente por um parente de um bandido local. Jon então parte em busca de vingança a qualquer preço.

Há drama, há suspense, há ação, bem exploradas dentro do contexto. A parte do romance dentro da trama que deixa um pouco a desejar. Madelaine, personagem de Eva Green, era o caminho certo para fazer fluir nesse sentido, porém, a leitura feita por Eva de sua personagem transforma Madelaine em uma mulher dura, que se expressa por ações e não por emoções ao longo dos curtos 92 minutos de fita. Isso não é ruim, não estou dizendo isso, só meio que não preenche todas as lacunas que a história permitia.

As cenas de bang bang são excelentes. A condução de Levring é inteligente, deixando o espectador, principalmente aos cinéfilos que curtem os filmes do gênero, grudado na poltrona. O ótimo Jeffrey Dean Morgan, eterno sósia de Javier Bardem, veste muito bem a Carapuça de vilão, parece se divertir em cena. Sem dúvidas, um dos grandes destaques da o filme.

The Salvation se aproxima muito da qualidade dos ótimos faroestes feitos nos últimos anos em Hollywood: Os Indomáveis (3:10 To Yuma) e Appaloosa – Uma Cidade Sem Lei. O êxito desses trabalhos é fundamental para que esse gênero, imortalizado por John Wayne e companhia, nunca seja esquecido do imaginário cinéfilo.

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