domingo , 22 dezembro , 2024

Crítica | The Tick – segunda temporada supera a primeira e também as expectativas

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Existe certa expectativa criada em torno das segundas temporadas das séries que realizam uma primeira etapa exemplar: a positiva e a negativa. A precipitação parte da ideia de esperar por algo tão bom quanto – e, às vezes, até mesmo melhor – ou por algo que não chega nem perto da excelência da primeira. A dúvida, portanto, paira no ar e só é sanada quando finalmente os executores nos entregam a produção finalizada.

Crítica | The Tick – sátira de super-heróis é tudo que você precisa assistir



A segunda temporada da excelente The Tick teve sua estreia na Prime Video recentemente e provocou tais sentimentos dentro dos espectadores para, então, mostrar que se é possível fazer uma excelente primeira parte, nada como se superar na segunda e fazer todos desejarem uma terceira. A produção criada por Ben Edlund (também criador da série de mesmo nome de 2001) retornou sem um salto temporal muito longo. Aparentemente, a história se inicia alguns dias ou semanas após os eventos do primeiro ano.

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Com os personagens já estabilizados, a série aproveitou para construir um roteiro ainda mais robusto e elaborado. Mantendo o humor satírico, a trama se desenvolve a partir do retorno da A.E.G.I.S. para a cidade dos protagonistas e o recrutamento dos heróis favoritos, The Tick (Peter Serafinowicz) e Arthur (Griffin Newman), para fazerem parte da seleção dos novos SuperFive. Entretanto, assim como nas histórias de super-heróis que o público está acostumado a acompanhar, algumas surpresas começam a surgir pelo caminho.

Detalhes que são necessários salientar é como a dramaturgia entrega diferentes plot twists, não permitindo ao espectador respirar um segundo sem que haja um novo desdobramento na história, o que só acrescenta na hora de prender a atenção e instigar para que queiram saber mais e mais. O desenvolvimento de The Tick e Arthur mostra mais uma camada em torno dos mesmos e salienta o porquê do grandalhão azul despertar tanta simpatia em todos. Ademais, o personagem de Newman precisa passar por descobertas sobre si mesmo e ao longo desta segunda temporada é possível vê-lo crescer ainda mais diante das câmeras – metaforicamente falando, é claro – e ganhar mais confiança.

No quesito química, os dois estão mais sincronizados do que nunca, tanto na amizade quanto no combate ao crime e até mesmo na hora de serem pais temporários de alguns filhotes (sério, que plot espetacular). E por falar em duplas ou trios dinâmicos, Overkill (Scott Speiser), Dot (Valorie Curry) e Dangerboat (Alan Tudyk) conquistam facilmente a todos com sua união para combater o crime de forma justiceira. Importante demarcar o crescimento do personagem de Speiser que, claramente, foi afetado por The Tick e decide aceitar trabalhar em equipe com a Everest (Curry). A história de ambos e também de DB ganha um histórico, dando mais camadas a eles e os tornando ainda mais reais diante os telespectadores.

Importante acrescentar que até os secundários dos secundários, como é o caso de Kevin (Devin Ratray) e Walter (François Chau), recebem um background e se tornam ainda mais intrigantes. A série buscou não só investir nos protagonistas e coadjuvantes importantes, mas também naqueles que possuem menos tempo de tela. Joan (Patricia Kalember), mãe dos irmãos Everest, foi mais explorada durante esta etapa e consegue despertar a simpatia de todos. Outro que passou por toda uma etapa de reflexão sobre suas atitudes e sobre quem é, por mais errôneas e egocêntricas na maioria das vezes, foi Superian (Brendan Hines) que, após ganhar uma quantidade significativa de haters, busca Arthur para ser seu conselheiro e encontrar um rumo para sua vida.

Ms. Lint (Yara Martinez) tem um arco interessante durante essa segunda temporada e passa de vilã à heroína sob o pseudônimo de Joan D’Arc, confundindo a mente de todos, inclusive de quem está assistindo, em relação a qual caminho de fato está seguindo. Válido destacar a presença de novos personagens que marcam esta etapa da série, como é o caso dos heróis Flexon (Steven Ogg), Bronze Star (Adam Henry Harcia) e Sage (Clé Bennett), e também os criadores da A.E.G.I.S. Ty Rathbone (Marc Kudisch) e Dr. Hobbes (John Hodgman).

No quesito direção, a produção mantém a qualidade da primeira temporada e faz algumas belas cenas graças ao trabalho dos diretores e também da arte que, inclusive, permanece no mesmo patamar do ano anterior. As trilhas seguem o padrão de antes, exceto pelas cenas dos filhotes – já disse, prepare-se, porque o arco é excelente –, onde conseguem modificar de acordo com o desejado pelo momento em questão.

É correto afirmar que The Tick superou as expectativas nesta segunda etapa e fez uma espetacular temporada para quem acompanhou a primeira. Se a série de Edlund já era boa antes, agora então ficou muito melhor. Uma pena, de fato, que algumas perguntas e cliffhangers deixados possam não ser respondidos, afinal, a Prime Video cancelou a série e não se sabe se algum outro serviço de streaming e/ou canal aceitará comprá-la.

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Existe certa expectativa criada em torno das segundas temporadas das séries que realizam uma primeira etapa exemplar: a positiva e a negativa. A precipitação parte da ideia de esperar por algo tão bom quanto – e, às vezes, até mesmo melhor – ou por algo que não chega nem perto da excelência da primeira. A dúvida, portanto, paira no ar e só é sanada quando finalmente os executores nos entregam a produção finalizada.

Crítica | The Tick – sátira de super-heróis é tudo que você precisa assistir

A segunda temporada da excelente The Tick teve sua estreia na Prime Video recentemente e provocou tais sentimentos dentro dos espectadores para, então, mostrar que se é possível fazer uma excelente primeira parte, nada como se superar na segunda e fazer todos desejarem uma terceira. A produção criada por Ben Edlund (também criador da série de mesmo nome de 2001) retornou sem um salto temporal muito longo. Aparentemente, a história se inicia alguns dias ou semanas após os eventos do primeiro ano.

Com os personagens já estabilizados, a série aproveitou para construir um roteiro ainda mais robusto e elaborado. Mantendo o humor satírico, a trama se desenvolve a partir do retorno da A.E.G.I.S. para a cidade dos protagonistas e o recrutamento dos heróis favoritos, The Tick (Peter Serafinowicz) e Arthur (Griffin Newman), para fazerem parte da seleção dos novos SuperFive. Entretanto, assim como nas histórias de super-heróis que o público está acostumado a acompanhar, algumas surpresas começam a surgir pelo caminho.

Detalhes que são necessários salientar é como a dramaturgia entrega diferentes plot twists, não permitindo ao espectador respirar um segundo sem que haja um novo desdobramento na história, o que só acrescenta na hora de prender a atenção e instigar para que queiram saber mais e mais. O desenvolvimento de The Tick e Arthur mostra mais uma camada em torno dos mesmos e salienta o porquê do grandalhão azul despertar tanta simpatia em todos. Ademais, o personagem de Newman precisa passar por descobertas sobre si mesmo e ao longo desta segunda temporada é possível vê-lo crescer ainda mais diante das câmeras – metaforicamente falando, é claro – e ganhar mais confiança.

No quesito química, os dois estão mais sincronizados do que nunca, tanto na amizade quanto no combate ao crime e até mesmo na hora de serem pais temporários de alguns filhotes (sério, que plot espetacular). E por falar em duplas ou trios dinâmicos, Overkill (Scott Speiser), Dot (Valorie Curry) e Dangerboat (Alan Tudyk) conquistam facilmente a todos com sua união para combater o crime de forma justiceira. Importante demarcar o crescimento do personagem de Speiser que, claramente, foi afetado por The Tick e decide aceitar trabalhar em equipe com a Everest (Curry). A história de ambos e também de DB ganha um histórico, dando mais camadas a eles e os tornando ainda mais reais diante os telespectadores.

Importante acrescentar que até os secundários dos secundários, como é o caso de Kevin (Devin Ratray) e Walter (François Chau), recebem um background e se tornam ainda mais intrigantes. A série buscou não só investir nos protagonistas e coadjuvantes importantes, mas também naqueles que possuem menos tempo de tela. Joan (Patricia Kalember), mãe dos irmãos Everest, foi mais explorada durante esta etapa e consegue despertar a simpatia de todos. Outro que passou por toda uma etapa de reflexão sobre suas atitudes e sobre quem é, por mais errôneas e egocêntricas na maioria das vezes, foi Superian (Brendan Hines) que, após ganhar uma quantidade significativa de haters, busca Arthur para ser seu conselheiro e encontrar um rumo para sua vida.

Ms. Lint (Yara Martinez) tem um arco interessante durante essa segunda temporada e passa de vilã à heroína sob o pseudônimo de Joan D’Arc, confundindo a mente de todos, inclusive de quem está assistindo, em relação a qual caminho de fato está seguindo. Válido destacar a presença de novos personagens que marcam esta etapa da série, como é o caso dos heróis Flexon (Steven Ogg), Bronze Star (Adam Henry Harcia) e Sage (Clé Bennett), e também os criadores da A.E.G.I.S. Ty Rathbone (Marc Kudisch) e Dr. Hobbes (John Hodgman).

No quesito direção, a produção mantém a qualidade da primeira temporada e faz algumas belas cenas graças ao trabalho dos diretores e também da arte que, inclusive, permanece no mesmo patamar do ano anterior. As trilhas seguem o padrão de antes, exceto pelas cenas dos filhotes – já disse, prepare-se, porque o arco é excelente –, onde conseguem modificar de acordo com o desejado pelo momento em questão.

É correto afirmar que The Tick superou as expectativas nesta segunda etapa e fez uma espetacular temporada para quem acompanhou a primeira. Se a série de Edlund já era boa antes, agora então ficou muito melhor. Uma pena, de fato, que algumas perguntas e cliffhangers deixados possam não ser respondidos, afinal, a Prime Video cancelou a série e não se sabe se algum outro serviço de streaming e/ou canal aceitará comprá-la.

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