domingo , 22 dezembro , 2024

Crítica | The Wilds: Com novos personagens, série renova sua trama em sua 2ª temporada

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A perspicácia narrativa de Sarah Streicher fez da aclamada série The Wilds muito mais do que um drama teen. Ainda que sua premissa seja calcada nos dilemas de um grupo de oito adolescentes, a original da Prime Video mostrou sua complexidade ao digladiar suas personagens com seus próprios traumas e pressões, sob um caótico cenário. Expandindo essa mesma dialética, a 2ª temporada se abre com novos protagonistas, renovando sua trama de forma hábil – sem fugir muito da fórmula de sucesso que lhe garantiu uma enorme popularidade ao redor do mundo.



Intercalando sua trama entre as protagonistas originais e um novo grupo de garotos introduzidos nos segundos finais do ciclo inaugural, The Wilds ganha um frescor diferenciado ao apresentar os conflitos de uma peculiar seleção de garotos – também vítimas do mesmo bizarro e misterioso experimento humano. Explorando alguns estereótipos masculinos bem típicos, Streicher aborda questões profundas como o instinto de sobrevivência, a necessidade de aceitação e a masculinidade tóxica, sempre fazendo contrastes interessantes entre homens e mulheres presos em uma “selva” sem lei.

E com episódios dinâmicos e um elenco jovem cheio de novatos que impressionam a audiência, a série se mostra atual, discute questões bem delicadas como o abuso no seio masculino e o seu instinto de autoproteção e autopreservação em situações de risco bem inusitadas. Nos levando a uma conexão natural com as novas histórias introduzidas, The Wilds consegue nos manter presos nos loops infindáveis vividos por seus personagens, à medida em que prepara sua narrativa para um outro patamar, que fuja do contexto experimento humano/vida selvagem.

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Mas ainda sem um norte bem definido para a sua 3ª temporada, a série de thriller dramático corre o risco de patinar no futuro. Com um final de temporada intrigante, mas um tanto evasivo, toda a construção de seus mais recentes (e ótimos!) episódios pode acabar perdendo os seus alicerces – principalmente se o possível vindouro ciclo não for extremamente esclarecedor. Com muitas pontas soltas que seguem vagando em meio ao principal mistério, The Wilds hoje é uma excelente produção, mas que precisa correr contra o tempo para entregar um clímax genuíno que verdadeiramente compense toda essa curiosa e intrigante jornada.

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Crítica | The Wilds: Com novos personagens, série renova sua trama em sua 2ª temporada

A perspicácia narrativa de Sarah Streicher fez da aclamada série The Wilds muito mais do que um drama teen. Ainda que sua premissa seja calcada nos dilemas de um grupo de oito adolescentes, a original da Prime Video mostrou sua complexidade ao digladiar suas personagens com seus próprios traumas e pressões, sob um caótico cenário. Expandindo essa mesma dialética, a 2ª temporada se abre com novos protagonistas, renovando sua trama de forma hábil – sem fugir muito da fórmula de sucesso que lhe garantiu uma enorme popularidade ao redor do mundo.

Intercalando sua trama entre as protagonistas originais e um novo grupo de garotos introduzidos nos segundos finais do ciclo inaugural, The Wilds ganha um frescor diferenciado ao apresentar os conflitos de uma peculiar seleção de garotos – também vítimas do mesmo bizarro e misterioso experimento humano. Explorando alguns estereótipos masculinos bem típicos, Streicher aborda questões profundas como o instinto de sobrevivência, a necessidade de aceitação e a masculinidade tóxica, sempre fazendo contrastes interessantes entre homens e mulheres presos em uma “selva” sem lei.

E com episódios dinâmicos e um elenco jovem cheio de novatos que impressionam a audiência, a série se mostra atual, discute questões bem delicadas como o abuso no seio masculino e o seu instinto de autoproteção e autopreservação em situações de risco bem inusitadas. Nos levando a uma conexão natural com as novas histórias introduzidas, The Wilds consegue nos manter presos nos loops infindáveis vividos por seus personagens, à medida em que prepara sua narrativa para um outro patamar, que fuja do contexto experimento humano/vida selvagem.

Mas ainda sem um norte bem definido para a sua 3ª temporada, a série de thriller dramático corre o risco de patinar no futuro. Com um final de temporada intrigante, mas um tanto evasivo, toda a construção de seus mais recentes (e ótimos!) episódios pode acabar perdendo os seus alicerces – principalmente se o possível vindouro ciclo não for extremamente esclarecedor. Com muitas pontas soltas que seguem vagando em meio ao principal mistério, The Wilds hoje é uma excelente produção, mas que precisa correr contra o tempo para entregar um clímax genuíno que verdadeiramente compense toda essa curiosa e intrigante jornada.

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