domingo , 22 dezembro , 2024

Crítica | This is Us 3×2 – A Philadelphia Story: A solidão em meio à multidão

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Entre personalidades diferentes, traços faciais distintos e origens das mais diversas, existe uma coisa inerente à vida humana: o desejo de pertencer. Encontrar o seu lugar e – naturalmente – se encontrar ali, é uma das principais buscas que há. Aparentemente simples, saber que você possui um lar – não físico, não genético, mas sim sócio emocional – é na verdade aquela pergunta de um milhão de dólares, tantas vezes sem resposta. E para não perder o costume, This is Us vai nas profundezas da nossa psique e expõe uma das feridas abertas mais antigas da sociedade, por meio de um dos personagens mais cativantes da TV contemporânea.



A Philadelphia Story’ possui vários arcos dramáticos, que passeiam no passado e no presente – como é de se esperar. Os fragmentos apresentados, sejam eles atuais ou hiatos que restam apenas na memória dos nossos protagonistas, parecem alheios, como a série sempre gosta de aparentar. No entanto, suas tênues linhas que conectam a espalhada narrativa contradizem nossa superficial percepção e mostram o âmago do episódio, definido em uma única palavra: pertencimento. Entre o aftermath da morte de Jack e o entusiasmo (quase) incansável de Randall (Sterling K. Brown) – para fazer Deja alguém que encontre o seu lar, o capítulo traz diversas perspectivas que definem o famigerado desejo de pertencer a algum lugar. Ter raízes consolidadas que remetam à uma história e que demonstrem – sem palavras – sua origem, essência e descendência é o aspecto chave que promove uma reflexão profunda na audiência.

Por meio do comportamento dos personagens às circunstâncias e o apego que possuem às suas próprias origens, o terceiro capítulo de This is Us segue com sua progressiva narrativa, retirando novas camadas dos já conhecidos anseios e medos que norteiam a família Pearson. Como símbolos sociais representativos, suas complexidades são retratos fiéis do pavor a alguns dos sentimentos mais dolorosos, como a solidão, a sensação de jamais ser o bastante e a insatisfação plena consigo mesmo. Buscando tentar encontrar o equilíbrio ideal que garanta mentes mais sãs, eles tantas vezes fracassam em meio à palavras dolorosas que ferem e atitudes alheias. A Philadelphia Story é justamente essa história sobre a inesgotável busca por si mesmo. Tanto em si, como nos outros.

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Pausando o fast-forward, como quem o resguarda para um futuro capítulo, Thi is Us segue sua jornada emocional pelos complexos dos personagens, retomando os traumas pessoais apresentados no passado em uma nova escala. E embora às vezes pareça que estamos diante das mesmas inconstâncias traumáticas, uma reflexão é essencial: não estamos todos enfrentando os mesmos conflitos de outrora? Talvez seja essa resposta aquela que, à medida que fundamenta a construção dos protagonistas, pode também nos ajudar a vencer alguns limbos que nos impedem de observar o mundo ao nosso redor com menos temor e mais fervor.

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A Philadelphia Story’ possui vários arcos dramáticos, que passeiam no passado e no presente – como é de se esperar. Os fragmentos apresentados, sejam eles atuais ou hiatos que restam apenas na memória dos nossos protagonistas, parecem alheios, como a série sempre gosta de aparentar. No entanto, suas tênues linhas que conectam a espalhada narrativa contradizem nossa superficial percepção e mostram o âmago do episódio, definido em uma única palavra: pertencimento. Entre o aftermath da morte de Jack e o entusiasmo (quase) incansável de Randall (Sterling K. Brown) – para fazer Deja alguém que encontre o seu lar, o capítulo traz diversas perspectivas que definem o famigerado desejo de pertencer a algum lugar. Ter raízes consolidadas que remetam à uma história e que demonstrem – sem palavras – sua origem, essência e descendência é o aspecto chave que promove uma reflexão profunda na audiência.

Por meio do comportamento dos personagens às circunstâncias e o apego que possuem às suas próprias origens, o terceiro capítulo de This is Us segue com sua progressiva narrativa, retirando novas camadas dos já conhecidos anseios e medos que norteiam a família Pearson. Como símbolos sociais representativos, suas complexidades são retratos fiéis do pavor a alguns dos sentimentos mais dolorosos, como a solidão, a sensação de jamais ser o bastante e a insatisfação plena consigo mesmo. Buscando tentar encontrar o equilíbrio ideal que garanta mentes mais sãs, eles tantas vezes fracassam em meio à palavras dolorosas que ferem e atitudes alheias. A Philadelphia Story é justamente essa história sobre a inesgotável busca por si mesmo. Tanto em si, como nos outros.

Pausando o fast-forward, como quem o resguarda para um futuro capítulo, Thi is Us segue sua jornada emocional pelos complexos dos personagens, retomando os traumas pessoais apresentados no passado em uma nova escala. E embora às vezes pareça que estamos diante das mesmas inconstâncias traumáticas, uma reflexão é essencial: não estamos todos enfrentando os mesmos conflitos de outrora? Talvez seja essa resposta aquela que, à medida que fundamenta a construção dos protagonistas, pode também nos ajudar a vencer alguns limbos que nos impedem de observar o mundo ao nosso redor com menos temor e mais fervor.

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