quinta-feira , 21 novembro , 2024

Crítica | Um Crime em Comum – Suspense paranoico argentino estreia na Netflix

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Que o mercado audiovisual argentino nas últimas décadas vem produzindo filmes muitos bons, todo bom cinéfilo sabe. Desde que o país vizinho ganhou o Oscar, em 2010, como Melhor Filme Estrangeiro com ‘O Segredo dos Seus Olhos’, a indústria cinematográfica tem voltado seus olhos para as terras portenhas, atenta aos novos títulos de suspense produzidos por lá. Assim, após duas semanas em cartaz nas salas de exibição brasileiras, chega essa semana à Netflix o thriller argentino ‘Um Crime em Comum’.



Cecilia (Elisa Carricajo) é uma professora de faculdade, mãe solteira, que cuida do filho e tudo vai bem em sua vida graças a ajuda de sua empregada, Nebe (Mecha Martinez), que cuida dos afazeres domésticos. Uma noite, porém, Cecilia acorda assustada com batidas na porta.  Receosa, ela espia entre as frestas e percebe que é Kevin (Eliot Otazo), filho de Nebe. Ele parece agitado, fugindo de algum problema, e, com medo, ela não abre a porta. No dia seguinte, porém, Cecilia descobre que Kevin está desaparecido, e a compreensão do que pode ter acontecido na noite anterior desequilibra sua tão pacata vida.

A história ficcional se passa na Argentina contemporânea, mas a bem da verdade a trama de ‘Um Crime em Comum’ poderia muito bem ser baseada numa história real e se passar em praticamente qualquer cidade da América Latina – e de muitos outros países do mundo. Tudo porque o embate principal do longa, o fio condutor de todas as atitudes da protagonista, é o choque entre o racismo e a branquitude, esses dois elementos que mutuamente veem estabelecendo as relações sociais das populações latino-americanas há muito tempo. A partir daí, a atmosfera de thriller está montada através da paranoia oriunda dessa relação – e, com isso, podemos identificar o longa como um thriller social, ou seja, um suspense baseado em aspectos provenientes das interações entre os seres nas cidades contemporâneas.

Escrito por Tomás Downey e Francisco Márquez, o roteiro, embora simples superficialmente, apoia-se muito mais no que não é dito no filme do que no que é explicitado. Isso demanda que o espectador entenda o que está passando com a protagonista mesmo quando ela mesma ainda não tem total conhecimento do que a envolve. Com uma trama carregada essencialmente por uma única atriz, Elisa Carricajo – que está em todas as cenas –, que interpreta uma protagonista confusa e alheia a tudo, o ritmo do filme acaba ficando um pouco lento, então, é um filme para se assistir com dedicação.

Dirigido por Francisco Márquez, ‘Um Crime em Comum’ é um suspense paranoico que propõe a reflexão, bem estilo ‘Praça Paris’, da brasileira Lucia Murat. E com exclusividade, o diretor e o elenco conversaram com o CinePOP sobre as expectativas da estreia em território brasileiro. Confira!

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Janda Montenegrohttp://cinepop.com.br
Escritora, autora de 6 livros, roteirista, assistente de direção. Doutora em Literatura Brasileira Indígena UFRJ.

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Cecilia (Elisa Carricajo) é uma professora de faculdade, mãe solteira, que cuida do filho e tudo vai bem em sua vida graças a ajuda de sua empregada, Nebe (Mecha Martinez), que cuida dos afazeres domésticos. Uma noite, porém, Cecilia acorda assustada com batidas na porta.  Receosa, ela espia entre as frestas e percebe que é Kevin (Eliot Otazo), filho de Nebe. Ele parece agitado, fugindo de algum problema, e, com medo, ela não abre a porta. No dia seguinte, porém, Cecilia descobre que Kevin está desaparecido, e a compreensão do que pode ter acontecido na noite anterior desequilibra sua tão pacata vida.

A história ficcional se passa na Argentina contemporânea, mas a bem da verdade a trama de ‘Um Crime em Comum’ poderia muito bem ser baseada numa história real e se passar em praticamente qualquer cidade da América Latina – e de muitos outros países do mundo. Tudo porque o embate principal do longa, o fio condutor de todas as atitudes da protagonista, é o choque entre o racismo e a branquitude, esses dois elementos que mutuamente veem estabelecendo as relações sociais das populações latino-americanas há muito tempo. A partir daí, a atmosfera de thriller está montada através da paranoia oriunda dessa relação – e, com isso, podemos identificar o longa como um thriller social, ou seja, um suspense baseado em aspectos provenientes das interações entre os seres nas cidades contemporâneas.

Escrito por Tomás Downey e Francisco Márquez, o roteiro, embora simples superficialmente, apoia-se muito mais no que não é dito no filme do que no que é explicitado. Isso demanda que o espectador entenda o que está passando com a protagonista mesmo quando ela mesma ainda não tem total conhecimento do que a envolve. Com uma trama carregada essencialmente por uma única atriz, Elisa Carricajo – que está em todas as cenas –, que interpreta uma protagonista confusa e alheia a tudo, o ritmo do filme acaba ficando um pouco lento, então, é um filme para se assistir com dedicação.

Dirigido por Francisco Márquez, ‘Um Crime em Comum’ é um suspense paranoico que propõe a reflexão, bem estilo ‘Praça Paris’, da brasileira Lucia Murat. E com exclusividade, o diretor e o elenco conversaram com o CinePOP sobre as expectativas da estreia em território brasileiro. Confira!

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