quarta-feira , 20 novembro , 2024

Crítica | Vigaristas em Hollywood – Robert De Niro, Tommy Lee Jones e Morgan Freeman HILÁRIOS em comédia trash

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Hollywood é de encher os olhos. Todo mundo que trabalha com cinema sonha em ir para lá e, quem sabe, conseguir trabalhar nesta que é considerada a capital mundial do cinema. Mas o sonho se torna o pesadelo para muita gente que larga tudo para investir numa carreira que, algumas vezes, acaba não dando tão certo lá na Califórnia, até mesmo por conta da grande quantidade de profissionais concorrentes procurando um lugar ao sol. E quando tudo dá errado, chega a hora de apelar – ou é isso que podemos ver em ‘Vigaristas em Hollywood’, nova comédia que chega essa semana aos cinemas brasileiros.



Max Barber (Robert De Niro) é um renomado produtor de cinema que está falido e deve dinheiro à máfia, controlada pelo chefão Reggie Fontaine (Morgan Freeman). A verdade é que Max nunca soube fazer dinheiro, então seu sobrinho e também produtor Walter (Zach Braff) tenta convencê-lo a vender seu roteiro mais valioso para o jovem produtor James Moore (Emile Hirsch). Mas quando um ator morre durante a gravação do filme de James e este ganha uma indenização milionária do seguro de vida, Max tem uma brilhante ideia: produzir seu roteiro mais tosco, elencar Duke Montana (Tommy Lee Jones) para o papel e matá-lo durante as gravações, para ficar com o dinheiro do seguro e, assim, pagar sua dívida com Reggie. Não tem como essa ideia dar errado, certo?

Baseado no filme de 1982 de Harry Hurwitz e dedicado à sua memória, ‘Vigaristas em Hollywood’ é uma ótima comédia zoação que ao mesmo tempo em que faz rir, também presta uma bela homenagem ao próprio cinema. Escrito e dirigido por George Gallo (que também escreveu a comédia de ação ‘Bad Boys’), com a colaboração de Josh Posner, o longa se mantém cômico durante seus uma hora e quarenta e cinco minutos de duração, ainda que por vezes ganhe um tom mais dramático pois, afinal, também faz uma crítica à forma com que Hollywood descarta seus mais velhos e exige uma juventude vitalícia de suas estrelas impossível de atingir.

O grande mérito do filme é reunir três dos maiores atores de todos os tempos e deixá-los tão à vontade em cena que realmente dá para sentir que eles estão se divertindo com o que estão fazendo. Mais do que isso: mostra a versatilidade dos protagonistas e o engajamento profissional que faz com que eles – todos com mais de 75 anos de idade – relembrem ao mundo, uma vez mais, porque são considerados três dos maiores atores de todos os tempos. É realmente muito gostoso vê-los fazendo estripulias num set e falando falas absurdas, mostrando que a zoeira não tem idade nem fim.

Vigaristas em Hollywood’ é um filme delicioso que passeia entre a comédia zoação e o non sense. Com direito a um pós-crédito ainda mais absurdo, o filme é dessas pérolas que chegam espremidas na grade de programação dos cinemas, mas que merece a atenção do espectador mais aficionado não só pelo peso do elenco, mas, acima de tudo, porque diverte e arranca risadas sem fazer esforço.

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Janda Montenegrohttp://cinepop.com.br
Escritora, autora de 6 livros, roteirista, assistente de direção. Doutora em Literatura Brasileira Indígena UFRJ.

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Max Barber (Robert De Niro) é um renomado produtor de cinema que está falido e deve dinheiro à máfia, controlada pelo chefão Reggie Fontaine (Morgan Freeman). A verdade é que Max nunca soube fazer dinheiro, então seu sobrinho e também produtor Walter (Zach Braff) tenta convencê-lo a vender seu roteiro mais valioso para o jovem produtor James Moore (Emile Hirsch). Mas quando um ator morre durante a gravação do filme de James e este ganha uma indenização milionária do seguro de vida, Max tem uma brilhante ideia: produzir seu roteiro mais tosco, elencar Duke Montana (Tommy Lee Jones) para o papel e matá-lo durante as gravações, para ficar com o dinheiro do seguro e, assim, pagar sua dívida com Reggie. Não tem como essa ideia dar errado, certo?

Baseado no filme de 1982 de Harry Hurwitz e dedicado à sua memória, ‘Vigaristas em Hollywood’ é uma ótima comédia zoação que ao mesmo tempo em que faz rir, também presta uma bela homenagem ao próprio cinema. Escrito e dirigido por George Gallo (que também escreveu a comédia de ação ‘Bad Boys’), com a colaboração de Josh Posner, o longa se mantém cômico durante seus uma hora e quarenta e cinco minutos de duração, ainda que por vezes ganhe um tom mais dramático pois, afinal, também faz uma crítica à forma com que Hollywood descarta seus mais velhos e exige uma juventude vitalícia de suas estrelas impossível de atingir.

O grande mérito do filme é reunir três dos maiores atores de todos os tempos e deixá-los tão à vontade em cena que realmente dá para sentir que eles estão se divertindo com o que estão fazendo. Mais do que isso: mostra a versatilidade dos protagonistas e o engajamento profissional que faz com que eles – todos com mais de 75 anos de idade – relembrem ao mundo, uma vez mais, porque são considerados três dos maiores atores de todos os tempos. É realmente muito gostoso vê-los fazendo estripulias num set e falando falas absurdas, mostrando que a zoeira não tem idade nem fim.

Vigaristas em Hollywood’ é um filme delicioso que passeia entre a comédia zoação e o non sense. Com direito a um pós-crédito ainda mais absurdo, o filme é dessas pérolas que chegam espremidas na grade de programação dos cinemas, mas que merece a atenção do espectador mais aficionado não só pelo peso do elenco, mas, acima de tudo, porque diverte e arranca risadas sem fazer esforço.

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