sábado , 21 dezembro , 2024

Crítica | Warrior Nun – 2ª Temporada é Confusa, Cansativa e Se Afasta do que foi Proposto na Série

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Ainda estávamos vivendo o confinamento da pandemia causada pelo coronavírus quando uma série simpática arrebatou os espectadores da Netflix. Tratava-se da aventura baseada em HQWarrior Nun’, que nada mais era do que uma história que contava sobre a inacreditável existência de um grupo de freiras guerreiras que literalmente quebravam tudo em prol de defender os princípios da fé católica e manter a paz na Terra. Entretanto, justamente por causa da pandemia, um hiato longuíssimo de dois anos separou o sucesso da primeira temporada da estreia da segunda parte, e talvez esse tenha sido o fator mais prejudicial a essa produção. E nesse fim de ano, a Netflix finalmente ofertou a segunda temporada de ‘Warrior Nun’ aos seus assinantes, porém, o resultado foi bem abaixo da recepção da primeira parte.



Após descobrir-se a escolhida para carregar o fardo do Halo, Ava (Alba Baptista) foi se esconder em uma pequena cidade da Espanha junto com sua fiel amiga, a Irmã Beatrice (Kristina Tonteri-Young), onde busca esconder sua verdadeira identidade agindo como uma jovem normal e, nas horas vagas, treina com afinco sob a supervisão de Bea. Porém, algo anda errado com o Halo, falhando nas horas cruciais. Quando um misterioso rapaz, Miguel (Jack Mullarkey), se aproxima e começa a fazer perguntas sobre se elas são a favor ou contra a adoração que as pessoas estão tendo por um autodenominado profeta, de nome Adriel (William Miller), Ava passa a desconfiar de que não são as únicas a querer barrar a ascensão do falso profeta. Porém, tudo fica consideravelmente difícil quando as Irmãs Guerreiras sofrem ataques mortais e Adriel começa a reproduzir as pragas da Bíblia no mundo.

Dessa vez com apenas oito episódios, a segunda temporada de ‘Warrior Nun’ apresenta uma história complexa com vertentes para todos os lados, introduzindo novos núcleos e personagens que, até começarem a fazer sentido, já estamos quase na metade da trama. Essa é a principal problemática do roteiro de Simon Barry, que também dirigiu a maioria dos episódios. Parece que a coisa toda fazia sentido na cabeça dele apenas, e o resultado para o espectador foi um enredo confuso que exigia por demasiado para uma produção que visava apenas o entretenimento.

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É claro que estamos falando de uma série com protagonismo jovem, e que, pelo acaso ficcional, também são freiras, mas, nesta segunda temporada todo o caráter construído tanto da protagonista quanto das personagens de apoio foi drasticamente modificado, dando a sensação de serem outras pessoas, agindo de maneira diferente. O fato de serem freiras ficou tão à escanteio na história, que o roteiro se deu a liberdade de introduzir um romance platônico lésbico do nadão na trama, e ainda fez com que seus personagens agissem com naturalidade sobre o assunto, como se freiras se apaixonando uma pelas outras fosse algo bastante trivial para a igreja católica.

Mesmo que com uma história sobrenatural que causa dispersão no espectador, os efeitos especiais melhoraram bastante, as cenas de ação e de luta continuam entregando um nível de qualidade acima das produções do gênero e as locações justificaram o orçamento caro, incluindo cenários previamente vistos no recente ‘House of the Dragon’. Apesar desta segunda temporada ficar bem abaixo da primeira, ‘Warrior Nun’ não merecia ser cancelada. Para quem quiser ainda saber mais sobre a produção, recomendamos ver apenas a primeira temporada, cuja crítica pode ser lida aqui.

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Janda Montenegrohttp://cinepop.com.br
Escritora, autora de 6 livros, roteirista, assistente de direção. Doutora em Literatura Brasileira Indígena UFRJ.

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Ainda estávamos vivendo o confinamento da pandemia causada pelo coronavírus quando uma série simpática arrebatou os espectadores da Netflix. Tratava-se da aventura baseada em HQWarrior Nun’, que nada mais era do que uma história que contava sobre a inacreditável existência de um grupo de freiras guerreiras que literalmente quebravam tudo em prol de defender os princípios da fé católica e manter a paz na Terra. Entretanto, justamente por causa da pandemia, um hiato longuíssimo de dois anos separou o sucesso da primeira temporada da estreia da segunda parte, e talvez esse tenha sido o fator mais prejudicial a essa produção. E nesse fim de ano, a Netflix finalmente ofertou a segunda temporada de ‘Warrior Nun’ aos seus assinantes, porém, o resultado foi bem abaixo da recepção da primeira parte.

Após descobrir-se a escolhida para carregar o fardo do Halo, Ava (Alba Baptista) foi se esconder em uma pequena cidade da Espanha junto com sua fiel amiga, a Irmã Beatrice (Kristina Tonteri-Young), onde busca esconder sua verdadeira identidade agindo como uma jovem normal e, nas horas vagas, treina com afinco sob a supervisão de Bea. Porém, algo anda errado com o Halo, falhando nas horas cruciais. Quando um misterioso rapaz, Miguel (Jack Mullarkey), se aproxima e começa a fazer perguntas sobre se elas são a favor ou contra a adoração que as pessoas estão tendo por um autodenominado profeta, de nome Adriel (William Miller), Ava passa a desconfiar de que não são as únicas a querer barrar a ascensão do falso profeta. Porém, tudo fica consideravelmente difícil quando as Irmãs Guerreiras sofrem ataques mortais e Adriel começa a reproduzir as pragas da Bíblia no mundo.

Dessa vez com apenas oito episódios, a segunda temporada de ‘Warrior Nun’ apresenta uma história complexa com vertentes para todos os lados, introduzindo novos núcleos e personagens que, até começarem a fazer sentido, já estamos quase na metade da trama. Essa é a principal problemática do roteiro de Simon Barry, que também dirigiu a maioria dos episódios. Parece que a coisa toda fazia sentido na cabeça dele apenas, e o resultado para o espectador foi um enredo confuso que exigia por demasiado para uma produção que visava apenas o entretenimento.

É claro que estamos falando de uma série com protagonismo jovem, e que, pelo acaso ficcional, também são freiras, mas, nesta segunda temporada todo o caráter construído tanto da protagonista quanto das personagens de apoio foi drasticamente modificado, dando a sensação de serem outras pessoas, agindo de maneira diferente. O fato de serem freiras ficou tão à escanteio na história, que o roteiro se deu a liberdade de introduzir um romance platônico lésbico do nadão na trama, e ainda fez com que seus personagens agissem com naturalidade sobre o assunto, como se freiras se apaixonando uma pelas outras fosse algo bastante trivial para a igreja católica.

Mesmo que com uma história sobrenatural que causa dispersão no espectador, os efeitos especiais melhoraram bastante, as cenas de ação e de luta continuam entregando um nível de qualidade acima das produções do gênero e as locações justificaram o orçamento caro, incluindo cenários previamente vistos no recente ‘House of the Dragon’. Apesar desta segunda temporada ficar bem abaixo da primeira, ‘Warrior Nun’ não merecia ser cancelada. Para quem quiser ainda saber mais sobre a produção, recomendamos ver apenas a primeira temporada, cuja crítica pode ser lida aqui.

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