domingo , 22 dezembro , 2024

Crítica ‘What If…?’ | O que aconteceria se Erik Killmonger fosse o centro do MCU?

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[ANTES DE COMEÇAR A MATÉRIA, FIQUE CIENTE QUE ELA ESTÁ RECHEADA DE SPOILERS]

Se você ainda não assistiu ao sexto episódio de What If…?, evite esta matéria se não quiser receber spoilers.



Ao longo das últimas semanas, What If…? vem reimaginando momentos chave do Universo Cinematográfico Marvel. Alguns bem melhores que outros, mas todos compartilhando de um único elo: O Vigia (Jeffrey Wright). Conforme os novos episódios são lançados, a presença do cabeçudo de toga vem aumentando. Seja aparecendo mais nas paisagens, observando, ou efetivamente fazendo reflexões para com o público, o personagem está sendo mais mostrado.

O comportamento dos vigias é simples: observar sem interferir. Nos quadrinhos, diz-se que os vigias já interferiram, há muito tempo, quando tentaram compartilhar seu conhecimento e tecnologia com civilizações menos avançadas no universo. Porém, as consequências foram desastrosas, o que rendeu esse mantra para a espécie deles de não intervir, só olhar e checar. No entanto, essa crescente de aparições do Vigia dá a entender que ele poderá ter um papel importante no desfecho dessa primeira temporada, talvez até quebrando a regra primordial de sua espécie.

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Fora a questão do Vigia, o sexto episódio é voltado para mostrar como Erik Killmonger (Michael B. Jordan) é um personagem incrível e que, até o momento, com sua suposta morte, foi subutilizado como vilão de uma única produção. Talvez o capítulo de roteiro mais elaborado, ele mistura as tramas de Homem de Ferro (2008) com Pantera Negra (2018) para mostrar uma história de xadrez empresarial que resulta em uma guerra de proporções globais, que provavelmente definirá o século XXI.

Depois de salvar Tony Stark do atentado no Afeganistão, Killmonger vira chefe de segurança das Indústrias Stark e revela todos os planos de homicídio que Obadiah Stane tinha para Tony, fazendo com que o playboy não apenas sobrevivesse, mas também não passasse pelos pontos de reflexão que o transformaram no Homem de Ferro. Sem os traumas, Tony foca em produzir armas e fica praticamente agindo como um vilão.

Sim, sem os eventos na caverna, Tony Stark vira uma versão glamurosa de Justin Hammer, chegando até a reproduzir falar do personagem. E é nesse ponto que o episódio vacila. Parece que toda vez que a Marvel tem a chance de vilanizar a figura de Tony no MCU, ela dá um jeito de redimi-lo ou matá-lo antes de explorar o que seria um dos melhores personagens possíveis desse universo, um Tony Stark do mal. Tudo bem que ele foi a figura central da empresa nos cinemas, mas o herói não voltará mais, e a graça de ter versões alternativas é trabalhar todas as possibilidades. Parece que falta essa coragem.

Já Killmonger segue como um dos maiores estrategistas desse universo, mexendo diretamente com os exércitos dos EUA e de Wakanda para conseguir implementar seu plano de vingança contra a opressão negra sofrida ao redor do mundo. Ele causa umas das maiores guerras de todos os tempos trabalhando como infiltrado e reivindicando seu direito ao trono wakandano, mesmo que isso signifique acabar com todos que entrem em seu caminho. Não importa a versão, Erik é um personagem fantástico que merecia demais ganhar uma segunda chance nos cinemas, mesmo que fosse novamente como vilão.

Sobre o episódio em si, ele segue com um problema crônico dessa série que é o ritmo. Ele é muito apressado em certos pontos e se estende um pouco demais em outros que não acrescentam tanto ao desenvolvimento dele. Só que, como a trama é bem elaborada, acaba prendendo um pouco mais o espectador, que segue na expectativa de ver se vão mostrar o final dessa guerra em algum outro capítulo ou se vão ter que aceitar mais um episódio com final em aberto que jamais terá seu fim mostrado.

Os novos episódios de What If…? estreiam toda quarta no Disney+.

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Pedro Sobreirohttp://cinepop.com.br/
Jornalista apaixonado por entretenimento, com passagens por sites, revistas e emissoras como repórter, crítico e produtor.

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O comportamento dos vigias é simples: observar sem interferir. Nos quadrinhos, diz-se que os vigias já interferiram, há muito tempo, quando tentaram compartilhar seu conhecimento e tecnologia com civilizações menos avançadas no universo. Porém, as consequências foram desastrosas, o que rendeu esse mantra para a espécie deles de não intervir, só olhar e checar. No entanto, essa crescente de aparições do Vigia dá a entender que ele poderá ter um papel importante no desfecho dessa primeira temporada, talvez até quebrando a regra primordial de sua espécie.

Fora a questão do Vigia, o sexto episódio é voltado para mostrar como Erik Killmonger (Michael B. Jordan) é um personagem incrível e que, até o momento, com sua suposta morte, foi subutilizado como vilão de uma única produção. Talvez o capítulo de roteiro mais elaborado, ele mistura as tramas de Homem de Ferro (2008) com Pantera Negra (2018) para mostrar uma história de xadrez empresarial que resulta em uma guerra de proporções globais, que provavelmente definirá o século XXI.

Depois de salvar Tony Stark do atentado no Afeganistão, Killmonger vira chefe de segurança das Indústrias Stark e revela todos os planos de homicídio que Obadiah Stane tinha para Tony, fazendo com que o playboy não apenas sobrevivesse, mas também não passasse pelos pontos de reflexão que o transformaram no Homem de Ferro. Sem os traumas, Tony foca em produzir armas e fica praticamente agindo como um vilão.

Sim, sem os eventos na caverna, Tony Stark vira uma versão glamurosa de Justin Hammer, chegando até a reproduzir falar do personagem. E é nesse ponto que o episódio vacila. Parece que toda vez que a Marvel tem a chance de vilanizar a figura de Tony no MCU, ela dá um jeito de redimi-lo ou matá-lo antes de explorar o que seria um dos melhores personagens possíveis desse universo, um Tony Stark do mal. Tudo bem que ele foi a figura central da empresa nos cinemas, mas o herói não voltará mais, e a graça de ter versões alternativas é trabalhar todas as possibilidades. Parece que falta essa coragem.

Já Killmonger segue como um dos maiores estrategistas desse universo, mexendo diretamente com os exércitos dos EUA e de Wakanda para conseguir implementar seu plano de vingança contra a opressão negra sofrida ao redor do mundo. Ele causa umas das maiores guerras de todos os tempos trabalhando como infiltrado e reivindicando seu direito ao trono wakandano, mesmo que isso signifique acabar com todos que entrem em seu caminho. Não importa a versão, Erik é um personagem fantástico que merecia demais ganhar uma segunda chance nos cinemas, mesmo que fosse novamente como vilão.

Sobre o episódio em si, ele segue com um problema crônico dessa série que é o ritmo. Ele é muito apressado em certos pontos e se estende um pouco demais em outros que não acrescentam tanto ao desenvolvimento dele. Só que, como a trama é bem elaborada, acaba prendendo um pouco mais o espectador, que segue na expectativa de ver se vão mostrar o final dessa guerra em algum outro capítulo ou se vão ter que aceitar mais um episódio com final em aberto que jamais terá seu fim mostrado.

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