domingo , 22 dezembro , 2024

Crítica | Xtremo – Filme de ação da Netflix tem ÓTIMAS cenas de luta e até diverte!

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Você é o tipo de pessoa que a-do-ra um filme de ação, com um bocado de pancadaria e cenas meio mirabolantes que elevam o nível de adrenalina? Então não perca mais tempo e corra assistir a ‘Xtremo’, lançamento da Netflix que não sai da lista dos mais assistidos da plataforma.



Tudo começa com Lucero (Óscar Jaenada), que está de volta à Barcelona e quer tomar conta dos negócios escusos do pai. Para isso, ele inicia uma enorme matança aos inimigos, o que acua seu irmão postiço, Max (Teo García), e sua irmã María (Andrea Duro), que são obrigados a se esconder. Dois anos se passam e agora Max e María estão prontos para executar seu plano de vingança contra Lucero e retomar o controle dos negócios, mas estranhamente seus caminhos se cruzam com Leo (Óscar Casas), um jovem traficante de drogas.

Se formos ser bem sinceros, a história de ‘Xtremo’ é beeeem fraquinha. Não só fraca, mas calcada no clichê, com direito a inimigos russos e briga entre irmãos pela herança do pai. Até aí, tudo bem, afinal, ninguém (ou quase ninguém) busca um filme de ação pela história, portanto, a ideia original do protagonista Teo García, roteirizada por Ivan Ledesma e Genaro Rodriguez, enquanto enredo dramatizado deixa a desejar.

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Mas como o que importa mesmo em um filme de ação é justamente a ação propriamente dita, ‘Xtremo’ traz isso aos montes. As cenas de luta são extremamente coreografadas, com direito a certa poesia na fotografia – com fundos esfumaçados, palco, luzes para dar clima, etc. Teo García bate pra valer nos seus adversários e não mede esforços para entreter o espectador, nem que para isso seja necessária uma luta com ferramentas de uma oficina de carros, com direito a matar um inimigo usando um parafuso da parede! Tem como não se divertir com uma cena assim?

Para rechear o enredo de seu filme o diretor Daniel Benmayor faz uso de diversos elementos para prestar homenagem àqueles que trilharam o caminho dos filmes de ação ao longo dos anos, e não esconde isso em sua produção. Assim, é facilmente identificável – seja porque os próprios personagens mencionam isso, seja pela inserção de objetos em cena – as referências utilizadas no longa, como as artes marciais japonesas (com o tatame de luta, a katana e o estilo estético do antagonista Lucero), a semelhança física dos atores com algumas referências do gênero (Luis Zahera, o Urquiza, tem um estilo bem Steven Seagal, e o herói Max, meio estilo Wolverine) e as referências diretas a Bruce Lee, Chuck Norris e companhia.

Em suma, ‘Xtremo’ é um ótimo filme de ação com tudo que os fãs do gênero querem encontrar: lutas convincentes, pouco uso de armas, homens brucutus desprovidos de emoções, um protagonista gente-como-a-gente com quem podemos nos relacionar e até mesmo um vilão divertido que ri da cara do perigo. Puro entretenimento!

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Janda Montenegrohttp://cinepop.com.br
Escritora, autora de 6 livros, roteirista, assistente de direção. Doutora em Literatura Brasileira Indígena UFRJ.

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Se formos ser bem sinceros, a história de ‘Xtremo’ é beeeem fraquinha. Não só fraca, mas calcada no clichê, com direito a inimigos russos e briga entre irmãos pela herança do pai. Até aí, tudo bem, afinal, ninguém (ou quase ninguém) busca um filme de ação pela história, portanto, a ideia original do protagonista Teo García, roteirizada por Ivan Ledesma e Genaro Rodriguez, enquanto enredo dramatizado deixa a desejar.

Mas como o que importa mesmo em um filme de ação é justamente a ação propriamente dita, ‘Xtremo’ traz isso aos montes. As cenas de luta são extremamente coreografadas, com direito a certa poesia na fotografia – com fundos esfumaçados, palco, luzes para dar clima, etc. Teo García bate pra valer nos seus adversários e não mede esforços para entreter o espectador, nem que para isso seja necessária uma luta com ferramentas de uma oficina de carros, com direito a matar um inimigo usando um parafuso da parede! Tem como não se divertir com uma cena assim?

Para rechear o enredo de seu filme o diretor Daniel Benmayor faz uso de diversos elementos para prestar homenagem àqueles que trilharam o caminho dos filmes de ação ao longo dos anos, e não esconde isso em sua produção. Assim, é facilmente identificável – seja porque os próprios personagens mencionam isso, seja pela inserção de objetos em cena – as referências utilizadas no longa, como as artes marciais japonesas (com o tatame de luta, a katana e o estilo estético do antagonista Lucero), a semelhança física dos atores com algumas referências do gênero (Luis Zahera, o Urquiza, tem um estilo bem Steven Seagal, e o herói Max, meio estilo Wolverine) e as referências diretas a Bruce Lee, Chuck Norris e companhia.

Em suma, ‘Xtremo’ é um ótimo filme de ação com tudo que os fãs do gênero querem encontrar: lutas convincentes, pouco uso de armas, homens brucutus desprovidos de emoções, um protagonista gente-como-a-gente com quem podemos nos relacionar e até mesmo um vilão divertido que ri da cara do perigo. Puro entretenimento!

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