Antes de ganhar o Oscar por ‘La La Land: Cantando Estações’ e de ter participado de obras como ‘Birdman’ e ‘A Favorita’, Emma Stone ganhou reconhecimento internacional com a aclamada rom-com adolescente ‘A Mentira’.
Lançada em 2010, a produção, dirigida por Will Gluck, reviveu um gênero já cansado e imediatamente entrou para a lista de clássicos ao lado de ‘As Patricinhas de Beverly Hills’ e ‘Meninas Malvadas’. Aqui, Stone dá vida a Olive Penderghast, uma jovem de dezessete anos arrastada para um turbilhão de acontecimentos que vira sua vida de cabeça para baixo. Depois de ter mentido para sua melhor amiga (Aly Michalka) sobre ter perdido a virgindade, Olive se torna a “prostituta” da escola e começa a fingir transar com os alunos do colégio que frequenta – atraindo a ira dos professores e de um culto cristão que domina a escola.
Além de elogiosas críticas e um elenco de ponta que inclui Stanley Tucci, Amanda Bynes, Patricia Clarkson, Lisa Kudrow e Thomas Haden Church, a produção arrecadou incríveis US$75 milhões (contra um orçamento de apenas US$8 milhões).
Para celebrar o 12º aniversário do longa-metragem, separamos uma breve lista com algumas curiosidades de bastidores, que você confere abaixo:
- O filme parte da perspectiva de Olive, que reconta os eventos através de uma apresentação ao vivo em seu quarto. Stone, para conseguir o papel, reproduziu a mesma sequência através da webcam de seu próprio computador.
- Antes de ser escalada para o filme, Stone foi considerada para viver uma das protagonistas da ação fantástica cyberpunk ‘Sucker Punch: Mundo Surreal’. Entretanto, quando conseguiu o papel, resolveu migrar de um projeto para o outro.
- Todas as cenas narradas e em frente à webcam foram rodadas em um dia. Stone tinha teve uma diária de 14 horas de duração em que simplesmente olhava para a câmera e falava seu monólogo. De vez em quando, andava pelo set de filmagens para alongar os músculos de tanto ficar sentada.
- O roteiro é parcialmente inspirado no clássico romance ‘A Letra Escarlate’, de Nathaniel Hawthorne. Lançada em 1850, a história é centrada em Hester Prynne, que tem uma filha através de um caso romântico e luta para recomeçar uma vida de penitência e dignidade. Marginalizada pelo povoado em que morava, ela passou a usar uma letra A vermelha (aludindo ao adultério que cometera) para lembrar a todos do que ela havia feito – o que Olive espontaneamente passa a fazer depois de ter sua reputação “manchada”.
- Olive diz que seu nome é um anagrama para “I love” (“eu amo”). Entretanto, seu sobrenome, Penderghast, também é um anagrama para a frase “pretend shag” (“fingir transar”), que é o mote principal do longa-metragem.
- Bynes interpretou a antagonista Marianne Bryant, uma fanática religiosa que se torna a principal inimiga de Olive. Apesar de ser elogiada pela atuação, ela disse que decidiu se afastar da atuação depois de se ver no filme (segundo uma entrevista dada em 2018).
- No roteiro original, Olive teria uma irmã mais nova chamada Ginger, e não um irmão adotado chamado Chip.
- Dois estudantes que pagaram a Olive para dizer que transaram com ela são chamado Phil Lord e Christopher Miller. Soa familiar? É porque os nomes dos personagens foram baseados na icônica dupla de realizadores que ficaria responsável pela animação vencedora do Oscar ‘Homem-Aranha no Aranhaverso’.
- Na Espanha, o partido socialista da cidade de Valladolid (PSOE) queria censurar e proibir a divulgação dos cartazes do longa-metragem, com a justificativa de que eram ofensivos para com as mulheres.
- Nas primeiras versões do roteiro, Olive não cantaria a música “Knock on Wood” na sequência do pep rally na quadra do colégio. Na verdade, ela performaria uma versão de “Nobody Does It Better”, música-tema de ‘007: O Espião que me Amava’, de 1977.