Adaptações de aclamados musicais da Broadway costumam seguir por dois caminhos: ou dão muito certo, ou se tornam um desastre de proporções catastróficas.
Temos, por exemplo, ‘Chicago’, cuja versão fílmica foi lançada em 2002 e conquistou o coração do público, a crítica e levou seis estatuetas do Oscar para casa, incluindo Melhor Filme; de outro lado, temos a péssima investida ‘Nine’, cuja produção falhou em capturar a essência da peça e até mesmo do clássico ‘8 1/2’, de Federico Fellini, e desperdiçou um elenco grandioso que contou com Daniel Day-Lewis, Sophia Loren, Penélope Cruz e vários outros.
Felizmente, a releitura cinematográfica de ‘Hairspray’ optou pelo caminho do sucesso, tanto comercial quanto crítico. Lançado em 2007, a produção, comandada por Adam Shankman, trouxe elementos tanto do longa original de John Waters quanto da versão teatral de Mark O’Donnell e Thomas Meehan.
A trama é ambientada nos anos 1960 e acompanha Tracy Turnblad, uma adolescente de Baltimore apaixonada por dança que se inscreve para participar de um programa local, chamado The Corny Collins Show, e é aceita. Da noite para o dia, torna-se uma celebridade e eleva seu estilo irreverente de dança no show. O fato de ser popular é suficiente para terminar o reinado de Corny e provocar uma integração racial.
Trazendo nomes como John Travolta, Michelle Pfeiffer, Amanda Bynes, Queen Latifah, Christopher Walken e a estreante Nikki Blonsky, o filme foi ovacionado e arrecadou mais de US$203 milhões mundialmente, tornando-se uma das adaptações musicais mais bem-sucedidas do século.
Em 2022, o filme completa 15 anos desde seu lançamento e, para celebrá-lo, preparamos uma breve matéria separando algumas curiosidades de bastidores.
Confira:
- A personagem de Bynes, Penny, é vista constantemente chupando pirulitos. O pai de Bynes, que é dentista, ficou muito preocupado pela saúde dental dela, visto que ela chupava aproximadamente 40 pirulitos por dia. Bynes disse a ele que não estava chupando-os por completo quando, na realidade, estava.
- Boa parte do elenco brincava ao chamar a canção “You Can’t Stop the Beat” de “you can’t stop to breathe” (você não pode parar para respirar, em tradução livre), por causa do ritmo e dos versos frenéticos. Latifah disse que não teve problemas em cantar a música, em virtude de sua experiência como rapper.
- A lendária musicista Aretha Franklin fez audição para interpretar Motormouth Maybelle, mas perdeu o papel para Latifah.
- Travolta levava quatro horas para colocar o traje de Edna Turnblad, bem como as próteses de silicone faciais para se transformar na personagem.
- Blonsky revelou em uma entrevista em meio de 2007, para a The Oprah Winfrey Show, que, quando entrou no estúdio de filmagens pela primeira vez, Travolta disse para ela: “venha para a mamãe”.
- O vestido de Penny Pingleton em “You Can’t Stop the Beat” foi feito a partir de cortinas em seu quarto. Esta é uma homenagem ao icônico ‘A Noviça Rebelde’, de 1965.
- Não foi até a metade das gravações que Pfeiffer percebeu que a personagem que interpretava era racista. Ela ficou preocupada sobre o que as pessoas iriam pensar dela, mas Shankman a tranquilizou.
- Pfeiffer e Walken foram ambos escalados a pedido de Travolta.
- Shankman ofereceu o papel de Link Larkin a Zac Efron depois de vê-lo em ‘High School Musical’.
- De acordo com os produtores, o “spray de cabelo” nas latinhas Ultra Clutch era, na verdade, desodorante. De várias possibilidades, essa foi a única que pegava luz e aparecia nas câmeras da forma que eles queriam.