Poucos filmes são tão icônicos e importantes para a história do cinema quanto ‘Blade Runner: O Caçador de Androides’ – e, até hoje, é quase impossível que alguém o desconheça, ainda que nunca o tenha assistido.
Dirigido por Ridley Scott e baseado no romance ‘Androides Sonham com Ovelhas Elétricas?’, de Philip K. Dick, a história é ambientada no século XXI, em 2019, em que uma grande corporação desenvolve um robô que é mais forte e ágil que o ser humano e equiparado em inteligência. São conhecidos como replicantes e utilizados como escravos na colonização e exploração de outros planetas. Mas, quando um grupo dos robôs mais evoluídos provoca um motim, em uma colônia fora da Terra, este incidente faz os replicantes serem considerados ilegais na Terra, sob pena de morte. A partir de então, policiais de um esquadrão de elite, conhecidos como Blade Runner, têm ordem de atirar para matar em replicantes encontrados na Terra, mas tal ato não é chamado de execução e sim de remoção. Até que, em novembro de 2019, em Los Angeles, quando cinco replicantes chegam à Terra, um ex-Blade Runner (Harrison Ford) é encarregado de caçá-los.
Apesar de não ter feito um sucesso tão gigantesco de bilheteria, o longa foi aclamado pela crítica especializada e é considerado um dos divisores de água do gênero sci-fi – além de ter trazido nomes como Rutger Hauer, Sean Young e Edward James Olmos ao elenco e ter rendido uma sequência lançada em 2019.
Em 2022, a produção comemora 40 anos e, para celebrar seu aniversário, o CinePOP montou uma breve lista com algumas curiosidades de bastidores, que você confere abaixo:
- Scott e o diretor de fotografia Jordan Cronenweth conseguiu o famoso efeito dos “olhos brilhantes” através de uma técnica inventada por Fritz Lang conhecida como o Processo Schüfftan: a luz é jogada nos olhos dos atores e das atrizes através de um pedaço de espelho colocado em um ângulo de 45º em relação à câmera.
- Scott revelou que este filme é, provavelmente, seu mais pessoal e mais completo.
- Joanna Cassidy, que interpretou Zhora, estava tranquila com a cobra em volta de seu pescoço, porque era seu animal de estimação – uma píton chamada Darling.
- Dick pessoalmente aprovou a contratação de Hauer para interpretar Roy Batty, descrevendo-o como “perfeito” e “sem falhas”.
- A cena final foi rodada horas antes dos produtores tomarem controle das decisões criativas das mãos de Scott.
- Dick viu Ford como Rick Deckard no set de filmagens e disse: “ele tem sido um Deckard maior do que imaginei. Foi incrível. Deckard existe!”.
- Hauer trouxe várias ideias criativas para a caracterização de seu personagem, como o momento em que pega uma pomba branca e a acaricia. Ele também improvisou a icônica frase: “todos estes momentos ficarão perdidos no tempo… Como lágrimas na chuva”.
- Algumas telas de computador dentro dos veículos foram trazidos do set de ‘Alien – O 8º Passageiro’, mais especificamente de dentro da nave Nostromo e do bote salva-vidas. ‘Alien’ também foi dirigido por Scott.
- Deckard não diz uma palavra sequer para Batty durante o confronto final da dupla, na conclusão do longa-metragem.
- Scott se inspirou no cenário industrial de Teesside, Inglaterra, para criar a cena de abertura futurista de Los Angeles, enquanto dirigia para sua cidade natal, Stockton-on-Tees. Os dois arranha-céus, por exemplo, são muito similares.